O filme “
Ela”, de 2013, trouxe algo muito explorado por ficções científicas: a relação entre máquinas e seres humanos. Com direção de
Spike Jonze, o longa conta a história de Theodore (Joaquin Phoenix), um recém-divorciado, e Samantha (Scarlett Johansson), um novo
sistema operacional com inteligência artificial, que acabam se apaixonando. O visual incrível é só uma das características marcantes do filme que trouxe, de forma tocante, um romance inesperado.
Como as cinco nomeações ao Oscar - levando a estatueta por Melhor Roteiro - , e o elenco de peso não são novidades para ninguém, nós trouxemos para vocês algumas curiosidades que tornam o longa ainda mais surpreendente. Confira:
O longa se passa em uma
Los Angeles de um futuro próximo, portanto era preciso encontrar a medida certa entre as cidades do presente e a modernidade da ficção científica. Para criar a metrópole, o diretor contou com a ajuda do designer de produção
K.K. Barrett e misturou elementos de Los Angeles atualmente com o distrito de Pudong, em
Xangai. A combinação resultou em ruas tomadas por arranha-céus interligados por passarelas.
2) A voz de Samantha
 |
| A atriz Samantha Morton recentemente esteve no elenco de "Animais Fantásticos e Onde Habitam" |
Inicialmente, a atriz Samantha Morton (Minority Report) iria dublar o sistema operacional Samantha. Ela chegou a gravar as falas da personagem e estava presente no set com Joaquin Phoenix todos os dias. Depois que as gravações finalizaram e o diretor começou a editar o filme, ele sentiu que algo não estava certo. Assim, com o consentimento de Morton, Jonze convidou Scarlett Johansson para refazer os diálogos e substituir a atriz.
3) Criando o sistema operacional
Criar o sistema operacional que mudaria a vida do personagem Theodore foi um grande desafio.
K.K. Barrett afirmou que levou algum tempo para eles perceberem que, se ninguém conseguia pensar em um
design bom para o programa então é porque ele não deveria ter nenhum. Para Barrett e Jonze, esse foi o melhor modo que a
voz de Samantha ficasse em evidência.
Para criar uma familiaridade e não se concentrar em aspectos do futuro que poderiam tirar a atenção do público do roteiro, Jonze decidiu utilizar elementos do passado para compor o cenário. As
roupas de Theodore são referências dos anos 20 e 40, enquanto os
móveis remetem aos anos 50, 60 e 80.
O smartphone que o protagonista usa teve uma inspiração inusitada: um isqueiro vintage que a produção e Jonze encontraram em uma loja de antiguidades de Los Angeles.
No roteiro original haveria uma cena onde Theo sonharia com Samantha, como se ela fosse um ser humano. Uma atriz chegou a ser contratada para interpretar o sistema operacional, no entanto eles perceberam que não havia necessidade de ter uma
representação física de Samantha.
Em uma
entrevista para o jornal L.A. Times, o editor Eric Zumbrunnen revelou como seria a cena: “Haveria cenas em que seriam mostradas a parte de trás da cabeça da atriz, ou ela desaparecendo no fundo da cena ou a câmera seguindo ela. Você nunca conseguiria ver o seu rosto. A ideia era
mostrar como Theodore imaginava Samantha, uma pessoa que você não consegue ver seu rosto, não consegue alcançar”.
Amy Adams, que interpreta a amiga Amy de Theodore, pediu para o diretor que ela e Joaquin Phoenix fossem
trancados em um quarto pelo menos uma hora por dia, para que assim eles demonstrassem mais intimidade na tela. O plano deu certo e eles são amigos até hoje.
7) O jogo
O designer David OReilley foi o criador do jogo Alien Child, que Theodore joga várias vezes durante o longa. Jonze foi responsável pela concepção e caracterização do game, ainda quando escrevia o roteiro, e coube ao designer criar um jogo crível com isso. O diretor ainda emprestou a voz para o alienígena tridimensional que interage com Theodore - ou xinga, na maior parte do tempo -.
Conhece outras curiosidades do filme? Compartilhe com a gente!
--
