tag:blogger.com,1999:blog-76718610437136765662024-03-06T02:41:12.093-03:00Blog 365 Filmes - Cinema além dos créditos finaisNotícias, matérias, bastidores, indicações, listas e demais conteúdo dedicado aos amantes do cinema.Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comBlogger414125tag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-57114505047996047692023-03-12T19:09:00.001-03:002023-03-12T19:09:46.373-03:00[Download] Checklist dos Indicados ao Oscar 2023 - Baixe e imprima<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2hZvTUhTgbs1KzF9mm0Fz_lGSjNBvPklNsXZolCnThqST0UrryWCnJTSSOKNVPElFouXY_r41D0_PkbhCRagPnkYzlu5SO5_QSY56nQQruQJ0YysjWyh7Io7mGEuOpD2CbwsBX-K0BzdxxJ7e3NipvDamtw_VDkmHG5yKBZtzOVPA1I6Cv0Jo_gMo/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Banner-Indicados-Oscar-2023.jpg" /></div><p></p><div style="text-align: justify;">Chegou a temporada de premiações do Oscar!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para facilitar a vida dos cinéfilos que gostam de assistir aos filmes indicados, a 365 Filmes organizou um Checklist com todos os longa-metragens indicados. Ideal para impressão, <b>o arquivo já está adaptado para as dimensões de uma folha A4</b>. Além de marcar os filmes assistidos, você também pode aproveitar para fazer suas apostas dos vencedores e conferir quantos consegue acertar.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">A cerimônia mais aguardada de Hollywood acontece no dia 12 de março.<br /><br /><div>Se você prefere a versão digital, em <b><span style="color: #f1c232;">Planilha de Excel</span></b>, também preparamos uma exclusiva. É só acessar aqui:</div><div><span style="color: blue;"><a href="https://bit.ly/PlanilhaOscar2023" target="_blank">Planilha Interativa dos Indicados ao Oscar 2023</a></span>.</div><br /><span style="text-align: left;">Para </span><b style="text-align: left;">baixar</b><span style="text-align: left;"> a arte, é só </span><b style="text-align: left;">clicar na imagem abaixo</b><span style="text-align: left;">.</span><br style="text-align: left;" /></div><p><b>Para a <span style="color: #f1c232;">versão em PDF</span>, <a href="https://drive.google.com/file/d/1EgMeaIuyXRaWMSF67EewCGdv66WCxGNw/view?usp=sharing" target="_blank"><span style="color: blue;">clique aqui</span></a>.</b> </p><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLEMXY2NFY1Vbu0nIe91TJ1korrSPxYN_AfPAP8gqFod-9rOjYlNdWGYlMDcpr-1MOt3HmBJQsmlHJP616kbNTJgQQ-s3l-46Ck7fNIdNux_itvIL98IuRMHyGCX4Wj2GGXcjl1V312E5COyqSCaB_kMZsibR7CX26uY1htNAEN4V2p-TkWPrBRVBB/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2023-Baixar-Download-Excel-Arte.jpg" /></div>Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-12782954862879349492022-02-26T22:18:00.006-03:002022-03-11T21:54:01.482-03:00[Download] Checklist dos Indicados ao Oscar 2022 - Baixe e imprima<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjO478pb0dlrKkFvyYznjH1qn0QTovAY4aBsKtXRui2Qa8tK7xvYfho4bOw0VaxVvNLMZw3AXvTGnw15M5tXwc8sMcPICmM4sXKR7zIz26_K1bUJEqNvne0MfTqimnTVG3Cf8audqb8u5gI7J1SAfdP_1AKyI9X-N1okMCH9Ji1guNoMc5muuManVOT=s16000" /><br /><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegou mais uma temporada de premiações do Cinema! No último dia 08 de fevereiro, a <b>Academia de Artes e Ciências Cinematográficas </b>anunciou os indicados de sua 94ª edição (<a href="https://www.omelete.com.br/oscar/oscar-2022-indicados" target="_blank">confira eles aqui</a>). A cerimônia mais aguardada de Hollywood acontece no dia 27 de março.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para facilitar a vida dos cinéfilos maratonistas que pretendem assistir ao máximo de filmes possíveis até o dia da cerimônia, organizamos um Checklist com todos os longa-metragens indicados. Ideal para impressão, <b>o arquivo já está adaptado para as dimensões de uma folha A4</b>. Além de marcar os filmes vistos, você também pode aproveitar para fazer suas apostas dos vencedores e conferir quantos consegue acertar.<br /><br /><div>Se você prefere a versão digital, em <b><span style="color: #f1c232;">Planilha de Excel</span></b>, também preparamos uma exclusiva. É só acessar aqui:</div><div><span style="color: blue;"><a href="https://bit.ly/PlanilhaDoOscar2022" target="_blank">Planilha Interativa dos Indicados ao Oscar 2022</a></span>.</div><br /><span style="text-align: left;">Para </span><b style="text-align: left;">baixar</b><span style="text-align: left;"> a arte, é só </span><b style="text-align: left;">clicar na imagem abaixo</b><span style="text-align: left;">.</span><br style="text-align: left;" /><b style="text-align: left;">Para a <span style="color: #f1c232;">versão em PDF</span>, <a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bolao-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2022-Baixar-Download-Excel-Arte.jpg" target="_blank"><span style="color: blue;">clique aqui</span></a>.</b></div><div style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><br /></b></div><a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bolao-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2022-Baixar-Download-Excel-Arte.jpg" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgR10jIHKtymmgxQ0M1uTMlgUXVVxmetRHsSmoyt3QaCnkTh_wIa98fZ--GeOSoHM9jj19Q0ZBXUIzGhMKXfBJlTAkPEpFbBBzusToV5a48HSO1t5UO2TR51EG0hhnlHViH0sc8Dg4-w5xnkdNh7k3zeJT0Ca3mml1lJXzaA82bnmBYfTLUS2rUd53S=s16000" /></a>Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-15962822846849571382022-02-26T21:00:00.010-03:002022-02-26T21:57:21.513-03:00[Em breve] Bolão do Oscar 2022 - 8ª edição<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh5olkOXgcsRSdc5b7_hCxn09IalWoWnrSxBT0SUyu1AWVdjYCtzGiKtNX4-HeWobM-mRXsz_p30BBylnt3kfq0Ns0N6m5GGcdU_op3xTniJdGPMveLl0XHb-3bBLc0ldeqkcindGs7tSbwcXBH8gD-QqAO1FhDCQX2_ynSVG-lWM36OdJ1GdZE6Ld1=s16000" /><br /> <p></p><div style="text-align: justify;">Chegou a temporada 2022 das grandes premiações do cinema! Neste ano, a cerimônia do Oscar ocorrerá no dia 27 de março. Já estamos na contagem regressiva maratonando os filmes indicados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="text-align: justify;">Em breve a <b>8ª edição</b> do tradicional <b>BOLÃO DO OSCAR</b> da 365 estará disponível aqui para você fazer suas apostas. Fique ligado e acompanhe nossas redes para saber do lançamento.</span><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Enquanto isso, dá só uma olhada em nossa lojinha com produtos exclusivos e temáticos de cinema: <b><a href="http://www.365filmes.com.br">www.365filmes.com.br</a></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Até já!</div><p></p>Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-1970616536873931702021-03-22T20:19:00.000-03:002021-03-22T20:19:30.704-03:00Nova Hollywood: o movimento de renovação no Cinema Americano<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb5_FEWiPW0nbKiSWt09sEcS6h0LEudMBG9Gxi4bbV8YN1QC1rD1NkFKLmJL-i_ez6kXmfTFYgdPy4Wggq26VJCaMt53McB_oWQgH-MtAa1e8YyaksNEQ1r_xWjpMqbvCnh_BeEEp2Ci8/s16000/%255Bbanner%255D365-Filmes-Nova-Hollywood.png" /><div style="text-align: justify;">Na segunda metade da década de 1960, o cinema americano passava por uma transformação. A essa altura, chegava com força o movimento que ficou conhecido como <b>Nova Hollywood</b>, uma revolução cinematográfica que chegou para abordar temas polêmicos e desafiar tabus de sua época. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Naquela altura, a temática da segregação racial já começava a ser explorada no cinema norte-americano. Destaquemos alguns exemplos: em <b>Doze Homens e uma Sentença</b> (1957), primeiro filme de Sidney Lumet, doze jurados discutem o destino de um homem negro acusado de matar o pai; Em <b>Acorretandos</b> (1958), dois prisioneiros fugitivos, um negro (Sidney Poitier) e um branco (Tony Curtis), se veem obrigados a passar toda a fuga juntos, uma vez que estão acorrentados pelo pulso; Em <b>Anatomia de um Crime</b> (1959), o advogado interpretado por James Stewart tem a função de defender um tenente do exército branco acusado de matar um homem negro que, supostamente, teria violentado sua esposa. Uma das obras mais notáveis da época, <b>O Sol é para Todos</b> (1963), apresenta Gregory Peck como um advogado que defendia um negro acusado de estupro em uma cidade do Sul dos Estados Unidos. Porém, foi em 1967, um ano após o lançamento de <b>Caçada Humana</b>, que o tema do racismo deixaria uma real marca no cinema norte-americano, e isso se deve ao lançamento de três filmes em específico: <b>Ao Mestre com Carinho</b>, <b>Adivinhe Quem Vem para Jantar</b> e <b>No Calor da Noite</b>, todos estrelados por <b>Sidney Poitier</b>, um dos primeiros atores negros a gozar de certa popularidade em Hollywood.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o autor Mark Harris em seu livro <b>Cenas de uma Revolução: o Nascimento da Nova Hollywood</b>, “mais de uma década depois de a lista negra do senador McCarthy ter feito com que boa parte da produção cinematográfica se afastasse das questões políticas, o movimento pelos direitos civis vinha se tornando a oportunidade ideal para que muita gente em Hollywood adquirisse o direito de se manifestar nesse sentido”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbcj6WA6aOuQzfpoGJmYXJoQkUGkTwphy1KJ8CsQ-ufqu7NA7l5ilDtp_mkfC5XNpnApA8174-Wj5g-mOrEY6xs6DTA4ca7JhnB7gkaRlNiUff57JoHK8R54lNQTksKsgaE8_U1pkuDM/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nova-Hollywood-easy-rider-sem-destino.jpg" /></div><div><div style="text-align: justify;">Vale destacar que grandes nomes do cinema adotaram o ativismo político paralelamente a sua profissão, como Marlon Brando, Paul Newman, Gregory Peck, Robert Wise, Jane Fonda e Barbra Streisand. Newman, por exemplo, chegou a marchar ao lado de Brando na capital Washington, em agosto de 1963, em um famoso ato pelos direitos civis. “A marcha pelos direitos civis foi um momento de renascimento da politização em Hollywood, que, segundo o colunista do <i>The New York Times</i> Murray Schumach, decidiu reunificar o país depois de quase dezesseis anos de secessão espitirual", explica Mark Harris. Como ator e ativista, <b>Gregory Peck</b> rejeitava o status de “benfeitor”, no entanto não escondia suas posições político-sociais a ponto delas inteferirem em seu trabalho como ator, o que ocorreu no filme O Sol é para Todos, "Não sou um benfeitor. Me envergonharia ser classificado como humanitário. Eu simplesmente participo de atividades em que acredito", afirma Peck.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os anos 60 chegavam ao fim e ficaram pelo caminho seus grandes símbolos: Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Martin Luther King, Robert Kennedy, Sharon Tate, dentre outros. Marlon Brando, para o bem ou para o mal, ainda era um dos poucos símbolos dos anos 50 e 60 na ativa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0FbMHairkc6KylP10sDSX5TxFjKe32upMbNQ0G9JoP-EICsEba7BlC5RWLgqIzOjn45aSW_xwegN0HBW-gf7_f1joSS4e3CmhsKqVtJgSD3rIiEHOfIZDn3fCLXrLl6zta8E97bKmwH8/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nova-Hollywood-a-primeira-noite-de-um-homem.jpg" /><br /><div style="text-align: justify;">Juntamente a tudo isso, os anos 60 levavam consigo uma década extremamente atípica para o cinema. O grande sucesso <b>Se Meu Apartamento Falasse </b>(1960) abordou temas polêmicos como adultério, <b>Adivinha Quem Vem para Jantar </b>(1967) tocou na delicada questão racial, <b>Perdidos na Noite </b>(1969) abordou o tema da prostituição masculina. Outro filme decisivo foi o clássico de Mike Nichols, <b>A Primeira Noite de um Homem </b>(1967). “Se a maior parte do cinema americano fora até então convencional, esse filme de Nichols conecta o velho mundo com o novo apontando para o cinema mais experimental que viria na década de 70”, conclui a escritora e editora Carol King. O cineasta Michelangelo Antonioni lança <b>Blow-up</b> (1966), com cenas explicitas de sexo e consumo de drogas, já o surrealista Luis Buñuel chocou a todos ao contar a história de uma tímida dona de casa que, por livre iniciativa, adentra o mundo da prostituição, em <b>A Bela da Tarde </b>(1967). John Cassavetes introduziu o cinema independente em plena Hollywood. Alguns diretores de sucesso da televisão como Arthur Penn, Norman Jewison, Mike Nichols e Sidney Pollack migraram para o cinema, diretores americanos de sucesso como Stanley Kubrick e Richard Lester optaram por se estabelecer na Grã-Betanha, por outro lado cineastas estrangeiros como John Schlesinger, John Boorman e Roman Polanski partem para Hollywood.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Níveis até então nunca vistos de violência são mostrados explicitamente em <b>Os Doze Condenados</b> e <b>Bonnie e Clyde </b>(ambos de 1967), e <b>Meu Ódio Será tua Herança </b>(1969). O <i>Western</i>, gênero tipicamente americano, começa a ser produzido na Itália – um movimento que ficou conhecido como <i>Spaghetti Western</i> – revelando três grandes nomes, o ator Clint Eastwood, o diretor Sergio Leone e o compositor Ennio Morricone. “A história dos filmes de Hollywood da década de 60 também pode ser considerada pelo viés da mudança dos padrões de censura e das atitudes político-sociais. Aquela foi uma época de transição entre o Rat Pack e Woodstock, entre a camelot idealista de John Kennedy e as mobilizações fervorosas a favor dos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã”, analisa o romancista, crítico e locutor Kim Newman.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre os gêneros que também marcaram presença nos anos 60, vale destacar os filmes de espionagem, como os da série <b>James Bond</b>, revolucionárias ficções científicas, como <b>O Planeta dos Macacos </b>e <b>2001: Uma Odisseia no Espaço</b> (ambos de 1968), além de novos terrores como <b>A Aldeia Amaldiçoada</b> (1960), <b>A Noite dos Mortos Vivos </b>e <b>O Bebê de Rosemary </b>(ambos de 1968).</div><span><div style="font-size: 14px; text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><div style="text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlmN075pZp4UmZLdDAUtARsJJ9MbaJqcR0GvkepmyIhyphenhyphenq7o9vmSdpA1oIA1c6ggfZNCsrFlPaiXnWjj3AHtS8OYP540bqY2NrTTYQWGrQh_DrpyWA3yxG0ojHgDHWYd2LiHeDsMnj6T1g/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nova-Hollywood-french-conection-operacao-franca-william-friedkin.jpg" />Vale destacar também que, a esta altura, Hollywood recebeu influência direta da <i>Nouvelle Vague </i>francesa, movimento cinematográfico liderado por Jean Luc-Godard e François Truffaut cujos filmes apresentaram uma abordagem mais ambiciosa, autoral e liberal do ponto de vista formal narrativo, em comparação com os filmes comerciais produzidos pelos grandes estúdios na época. A vanguarda e contracultura da Nouvelle Vague fez surgir novos atores, diretores, gêneros e subgêneros de filmes, deixando muitos outros ultrapassados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todo o movimento cinematográfico americano visto nos anos 60 – principalmente o da segunda metade da década – também sob influência do cinema mundial, ficou conhecido como “Nova Hollywood”. A essa altura, cineastas como William Wyler, Billy Wilder e Elia Kazan representavam o que havia de mais antiquado. Nas palavras de Sidney Pollack, a velha Hollywood simbolizava “as mesmas pessoas fazendo as mesmas coisas que vêm fazendo nos últimos 25 anos”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os anos 70 chegavam trazendo notoriedade a uma nova geração formidável de cineastas, que incluía Martin Scorsese, Woody Allen, Steven Spielberg, George Luccas, Michael Cimino, Brian de Palma, Peter Bogdanovich, Paul Schrader, Paul Mazursky, John Milius, John Carpenter, William Friedkin e Francis Ford Coppola. Surgiria também uma nova leva de atores brilhantes, com Al Pacino, De Niro, Gene Hackman, Robert Duvall, Diane Keaton, Dustin Hoffman, Jack Nicholson, Robert Redford, Jane Fonda, Barbra Streisand, Elliott Gould, Richard Dreyfuss e Meryl Streep.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A história do cinema e de sua linguagem está devidamente organizada e catalogada por movimentos como "expressionismo alemão", "neorrealismo italiano", "nouvelle vague", entre outros. A "nova hollywood", com sua novas formas de expressão e personagens, foi certamente um dos mais decisivos na construção e consolidação do que compreendemos hojr por "cinema contemporâneo". Seu legado é sentido mesmo após mais de cinquenta anos de seu surgimento.</div><p></p><p>
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_210308_193830_832.sdocx--><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_210306_162648_898.sdocx--></p></div>Vitor Grane Dinizhttp://www.blogger.com/profile/11667897962495880115noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-26369967074471552582021-03-16T17:31:00.001-03:002021-03-16T17:31:14.022-03:00[Download] Checklist dos Indicados ao Oscar 2021 - Baixe e imprima<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdGhGE5TJ0P-I8I0hPfRtVWQH-CgGg84GM3lz8O5BPcpbff3h01bWsAd6aiN0U6i39tBweOgiu3LInTD5UNca0kSOO9Y02mvaRkDuCDGjZBEU-khQFmOXt3yUjVEgJzxJkSSr90GUwb3s/s16000/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bolao-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2021-Baixar-Download-Excel-.png" /><div style="text-align: justify;">Chegou mais uma temporada de premiações do Cinema e a cerimônia mais aguardada de Hollywood este ano terá muitas novidades, em adequação a pandemia do novo coronavirus. A <b>Academia de Artes e Ciências Cinematográficas</b> anunciou, nesta segunda-feira (15), os indicados de sua 93ª edição (<a href="https://www.omelete.com.br/oscar/oscar-2021-indicados" target="_blank">confira eles aqui</a>), que acontece no dia 25 de abril.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para facilitar a vida dos cinéfilos maratonistas que pretendem assistir ao máximo de filmes possíveis até o dia da cerimônia, organizamos um Checklist com todos os longa-metragens indicados. Ideal para impressão, <b>o arquivo já está adaptado para as dimensões de uma folha A4</b>. Além de marcar os filmes vistos, você também pode aproveitar para fazer suas apostas dos vencedores e conferir quantos consegue acertar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se você prefere a versão digital, em <b><span style="color: #f1c232;">Planilha de Excel</span></b>, também preparamos uma exclusiva. É só acessar aqui:</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><a href="http://bit.ly/PlanilhaOscar2021" target="_blank">Planilha Interativa dos Indicados ao Oscar 2021</a></span>.</div><p><br />Para <b>baixar</b> a arte, é só <b>clicar na imagem abaixo</b>.<br /><b>Para a <span style="color: #f1c232;">versão em PDF</span>, <a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/Checklist-Indicados-Oscar-2021-365-Filmes.pdf?v=1615925972" target="_blank"><span style="color: blue;">clique aqui</span></a>.</b></p><a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/Checklist-Indicados-Oscar-2021-365-Filmes.jpg?v=1615925850" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ZU7NrGBhnA1IFzPiZ3mJyi8k-4E7jwtCOq1lEE87gdYOrpF-x0Jm1yDUt1vfkKNrsZVifKaW8yilhOKg0eHB0pzSIfWAarBV3PxqscBewEJ3gniMLTezYunntIBGG3sRzOl_S_zkdmI/s16000/Checklist-Indicados-Oscar-2021-365-Filmes.jpg" /></a><div><br /></div><div><a href="http://www.365filmes.com.br/"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipEC_arvWjoagJwcBnttwrezlSUBdYmYi1MIIh6HIvVH2i3G059geLBqB3K3LLRkTpKfYpQMRQUPj-whkDKSZt5mLDzv-ITJsESjRRYc5Z_5ZQFpEzSoZEyjzSlldDNOGr_JmeOs4TIQQ/s1600/Banner-Loja-365-Tres-Meia-Cinco-Filmes.png" /></a></div>Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-15009744137995314902020-05-04T20:17:00.002-03:002020-05-04T20:19:10.440-03:00A desolação de Lunar (2009)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Jpox4fLRMHnuuCQs2wREI9n2Ro9lND6bbj-rfLh66fEfIPRM5VxvpU_fk3QRNKYN3qRNZPI-S6N4dAe2KpUS3PHiSZN5Yf_t8-ofub0jvEdDO1448RAvIg4X3kZK-qVpFioXCOFpK6oG/s1600/03.png" /><br />
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- I’m sorry, Sam. </div>
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- I’m afraid I cannot do that.</div>
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O que há no filme que você considera ser seu favorito? Tecnicamente, um filme é o mesmo para aqueles que o assistem. Todos assistimos à mesma cena, protagonizada pelos mesmos atores e construída a partir dos mesmos elementos que a linguagem cinematográfica se apropria para dar sentido à narrativa. Mas um mesmo filme pode conversar com diferentes espectadores de maneiras diversas. Isso dependerá, dentre outros fatores, de quem está do lado de cá da tela. Os livros que você leu, os outros filmes que você viu, as pessoas com quem conversou, as viagens que fez, as experiências que viveu etc. são os pilares nos quais os inúmeros aspectos de sua personalidade, suas opiniões, valores etc. são constituídos.</div>
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Nem sempre conseguimos identificar o motivo de gostarmos tanto de um filme. Às vezes sabemos mesmo que o filme é bom. Outras vezes, sabemos que o filme é ruim, mas gostamos dele mesmo assim. Eu, por exemplo, adoro os filmes do <i>Godzilla </i>produzidos pela <i>Legendary</i>, mas no fundo os considero bem ruins, tecnicamente. Quando era criança, tive um <i>Godzilla </i>de brinquedo. Era enorme. Não sei o que houve com ele, quando me dei conta não o tinha mais. Provavelmente o afeto que tinha pelo brinquedo que me proporcionou tardes de diversão foi transferido aos filmes que agora podem gozar de efeitos especiais convincentes – embora a <i>Legendary </i>não use isso a seu favor: mal dá pra ver o bicho.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas esse texto não é sobre <i>Godzilla </i>e nem sobre o que nos faz gostar de um filme. É sobre Moon (Lunar, 2009), uma ficção científica dirigida por <b>Duncan Jones </b>(uma curiosidade: Duncan é filho do astro David Bowie) que se passa integralmente na superfície gélida e cinzenta da Lua, película da qual gosto muito e a considero igualmente competente. A narrativa se passa em um futuro próximo, no qual a mineradora <i>Lunar Industries</i> tornou-se uma das principais e mais valiosas empresas do mundo ao fornecer uma alternativa para uma crise de combustível construindo uma estação de mineração denominada Sarang Station no lado escuro de nosso satélite natural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfOq_ZN85qBT6Yfojjo2bsmAYFRKgd460AGRNCIFIy84oK7G4aHYz7i9-cUi4PD1ZbwiIApLw-ZM24vKqsdGQgFbV1Ns86WeO8i00eSNcIRfTGPZ90qdao-9_l5euJxbOq5GbOzAjcQTQB/s1600/05.jpg" /><br />
<div style="text-align: justify;">
A função da <i>Sarang Station</i> é basicamente a extração de Hélio-3, uma substância presente no solo rochoso da Lua que serve como combustível alternativo ao petróleo. Para operar toda a estação – que conta com tecnologia e automação de ponta – um único humano é necessário. Essa pessoa é <b>Sam Bell</b> (<b>Sam Rockwell</b>), um astronauta que vive os últimos momentos de seu contrato de três anos. Um problema nos satélites de comunicação impossibilita Sam de se comunicar com a central da empresa na Terra e o limita a assistir mensagens ocasionais gravadas por sua esposa, <b>Tess </b>(<b>Dominique McElligott</b>), e sua pequena filha Eve – a qual ele não chegou a conhecer pessoalmente. Sua única companhia é uma inteligência artificial chamada <b>GERTY </b>(<b>Kevin Spacey</b>), que o auxilia e eventualmente lhe conforta com nada mais que palavras cuja voz sintética denuncia sua origem eletrônica. Em certo momento, Sam sofre um acidente enquanto realizava uma das etapas de seu trabalho. Ao acordar, percebe que existe um clone de si próprio na instalação. A partir daí, Sam – não o personagem, mas Rockwell, o ator que o interpreta – demonstra sua flexibilidade e sensibilidade ao dar vida ao que parece ser a mesma pessoa, superficialmente, mas que numa análise mais cuidadosa, trata-se de personagens muito diferentes.</div>
<br />
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWNQ-H-U1wdob2HFUdqIuwCe8WAmPcsuh0t5sMbI0uZEkRRbenqBm498_puVusVyw8jnhyphenhyphenMifyLyggvbahwtJRZZRDqHFFZhK90-AYA9FXDC3lghtAU4naBKyC0udLzmWL_xF7nLQob2Eq/s1600/02.jpg" /><br />
<div style="text-align: justify;">
O primeiro Sam que nos é apresentado demonstra muito cansaço e anseio para voltar para casa. De fato, a partir do instante no qual este personagem descobre seu clone, aparece sempre moribundo, sangrando, caindo aos pedaços física e mentalmente. Exausto, para resumir. O segundo Sam, por outro lado, demonstra disposição e força física, gozando de uma aparência sadia e rija. A convivência é inevitável: impossibilitados de contatar a Terra, os dois confabulam sobre a natureza ou do outro. Quem será o clone de quem? Quem os clonou e por quê? Existem mais clones? <i>GERTY</i>, após uma discussão que chegou às vias de fato entre os dois Sams, lhes conta que ambos são clones de um Sam original. Suas memórias foram implantadas. Seus sentidos e sentimentos são sintéticos. O segundo Sam foi despertado quando o primeiro se acidentou e foi dado como morto. De fato, os clones têm no máximo três anos de duração. Após esse tempo, recebem ordens para hibernar numa espécie de cápsula que supostamente os trará à Terra. Se um clone vier a perecer antes disso, outro é despertado – daí o vigor do segundo Sam em contraste com o primeiro, desvanecido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Dessa forma, a <i>Lunar Industries</i> poupa recursos que seriam manejados para o treinamento de novos agentes, mão de obra humana, salários, seguros e enfim, toda a burocracia de contratar seres humanos e se apropriar de sua mais-valia. Assim, a central da empresa deve apenas assegurar que os clones não descubram sobre nada e continuem seu trabalho. Apesar de terreno fértil para discussões acerca da natureza das grandes corporações numa perspectiva trabalhista, Lunar decide ir por outro caminho, brincando com nossa empatia de uma maneira curiosa. Há um momento no qual o primeiro Sam tenta entrar em contato com sua esposa, Tess. Uma adolescente (<b>Kaya Scodelario</b>) atende e responde que Tess morreu há certo tempo. É <b>Eve</b>, filha de Sam. Não do clone, mas do Sam verdadeiro. O pode nos fazer perguntar: e se fôssemos nós os clones? Teríamos direito às nossas memórias e entes queridos? Lembraríamos de episódios não vividos por nós e amaríamos pessoas que não conhecemos, pois somos clones. Mais que isso: existem mais de nós. Sabemos que são clones e, ainda assim, nos solidarizamos por sua causa. Queremos que saiam dali. Que sejam felizes. Que revejam sua filha e esposa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpgp4BETO89Ei_fsxvsxMF989wi5v4gLuH-GMoH9hgLZDb1xmlQU62G9cjBGDRUL56oRBJ7mhKGXcQAESAjggT8q99Ihj8Tzm6iHGXBI3W0XWhJMWeF5nhHRzqtNvCl0_sMir9VDOL5j3r/s1600/01.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpgp4BETO89Ei_fsxvsxMF989wi5v4gLuH-GMoH9hgLZDb1xmlQU62G9cjBGDRUL56oRBJ7mhKGXcQAESAjggT8q99Ihj8Tzm6iHGXBI3W0XWhJMWeF5nhHRzqtNvCl0_sMir9VDOL5j3r/s1600/01.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
As circunstâncias da trama os levam, os Sams, a conjecturar um plano: sabendo que Eliza, uma nave que tem como propósito remover o corpo do primeiro Sam sem que o segundo saiba – e obviamente isso não é dito para os protagonistas: a chegada da nave é disfarçada por meio de outro pretexto – os astronautas decidem que o primeiro Sam, extremamente injuriado devido ao fato de estar perto de sua data de validade, por assim dizer, deve ser encontrado pela tripulação de Eliza, morto, enquanto o segundo será levado à Terra no transportador de hélio-3 sem que ninguém saiba. Para isso, devem acordar um terceiro Sam para manter as aparências. O segundo Sam, portanto, deve levar o primeiro ao local no qual Eliza espera encontrá-lo. Os dois sobem no veículo e, melancólicos, divertem-se com as lembranças de Tess, mulher que amam sem sequer conhecê-la. A atuação impecável de Rockwell aliada à trilha sonora de <b>Clint Mansell</b> – responsável <b>apenas </b>pela composição de <i>Lux Aetera</i> para o filme <b>Requiem for a Dream</b> – faz com que nos sintamos ao mesmo tempo tristes por sua condição e agoniados pela atmosfera fria do local no qual se encontram - mérito da fotografia do excelente <b>Gary Shaw</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E não me refiro apenas à temperatura da Lua e à falta de calor humano, mas à frieza com a qual os protagonistas são tratados. A superfície lunar, desolada, configura um eco para a solidão dos personagens, não apenas por estarem fisicamente isolados, mas por sua existência ser inerentemente solitária. Essa característica encontra seu maior veículo em <i>GERTY</i>, inteligência artificial que num primeiro momento pensei que seria uma espécie de <i>HAL-9000</i> de <b>Uma Odisseia no Espaço</b>, mas que demonstrou ser um personagem ao mesmo tempo afável e impotente. Afável por sua preocupação para com Sam, chegando a desrespeitar ordens da central para ajudar o astronauta. Mas sua indiferença – ainda que não proposital – é escancarada quando mostra ter conhecimento sobre os clones e, impotente, de certa forma, continua exercendo sua função de três em três anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é essa a principal característica de Lunar: a narrativa é construída de tal forma que a existência de clones, por exemplo, é revelada ainda na primeira hora de filme. Não se configura num plot-twist e nem se pretende como tal. É um filme menos sobre ficção científica do que acerca da natureza da existência e suas implicações. Um de meus favoritos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><i>- I’m Sam Bell.</i></i></div>
<i>
</i>
<div style="text-align: justify;">
<i><i>- I’m Sam Bell, too.</i></i></div>
<i>
</i></div>
Joãohttp://www.blogger.com/profile/15148219476611743443noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-8685339451289392602020-02-08T16:24:00.000-03:002020-02-08T16:24:05.806-03:00Adoráveis Mulheres é um filme sobre Força, Afeto e a Força do afeto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNeSWQX38XGE0ZcINBBkLHGCp2P-4HrxsZuYGIC8E3N9Rl9HMVYw7LBilUZWI-5EV2whMoUcM04opM7Yt9_7eQnASMKOp4E3XjTr1rr7sAybPlGPt6Le9I-EAgqz4T6OVmvZzU4wFSmJc/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Adoraveis-Mulheres1.jpg" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Como o afeto se faz presente em
nossas vidas? Essa a pergunta que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Greta
Gerwig</b> tenta responder com seu novo trabalho. Adoráveis Mulheres começa
apontando uma citação de <span style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Louisa May
Alcott</b></span>, autora do romance que originou sua quarta adaptação para o cinema: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eu tive muitos problemas, então escrevo
contos alegres”.</i> É isso que câmera procura insistentemente em cada quadro
do filme, por amor, carinho e bons momentos que passam desapercebidos mediante
a todo caos e conflito que nos são impostos pela vida. Adoráveis Mulheres é uma
mensagem de infinita sensibilidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Jo</b> (Saoirse Ronan)</i> é a primeira das quatro irmãs que compõem a
família March a quem o filme nos apresenta. Ela vive numa pensão em Nova Iorque
e ganha a vida tentando publicar os contos e novelas que escreve para
periódicos, nota-se sua vontade e natureza sonhadora no olhar e no primeiro
diálogo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amy (Florence Pugh),</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meg (Emma Watson) </i>e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beth (Eliza Scanlen)</i> são mostradas logo em seguidas, junto de sua
mãe, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mary March (Laura Dern).</i> É aí
então que a montagem de Adoráveis Mulheres começa a surpreender com uma
narrativa não-linear para contar como cada uma das irmãs chegou até o presente.
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amy</i> vive na França, é pintora e ‘parece’
a melhor sucedida da família, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meg</i> se
casou e já tem filhos, enquanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beth</i>
sofre acamada com escarlatina.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitW68reFlKXC5Y9w9tgdj7PvufaasCH432KssHa_HELE9E7ah9LKan81Ob6RzsGedDj_fMKQcG9dd9REAe0BOzNIHL4PiqoJqIHsL9NFWw-EVwcUUDJ5iHbs9yjbbq1baVCdcRmq6dzJo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Adoraveis-Mulheres2.jpg" /></div>
O passado revela que cada uma das
irmãs <i style="mso-bidi-font-style: normal;">March</i>, e não apenas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jo</i>, tem uma veia artística pulsante, algumas mais que das outras. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meg</i> é
uma belíssima atriz, enquanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amy</i> faz
desenhos e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beth</i> sabe tocar piano.
Elas passam por dificuldades, da ausência do pai que luta na guerra civil e
também da falta de recursos para se manter uma família com tanta gente, mas usam
desses talentos para aquecer a casa, confraternizando entre si e criando
momentos harmoniosos. Isso chama a atenção da família rica e bem educada que
vive ali por perto... os Laurence.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por retratar o período da <b>Guerra
Civil Americana</b>, mediante todas as dificuldades e situações, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Adoráveis Mulheres</i> não poderia deixar de
ser um drama de época, mas também sabe balancear sua história com o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">coming of age</i> (gênero literário que
conta histórias de amadurecimento e transição da juventude para a idade adulta - é o que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lady Bird</i> é, por exemplo). <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Greta</i> encontra o equilíbrio perfeito
entre esses mundos ao buscar tomadas ensolaradas mesmo quando tudo está escuro.
Ao filmar sorrisos e alegria genuínas quando as coisas parecem perdidas... E
valorizar como os sonhos de cada uma das irmãs tem muito valor para o filme,
que cobre as aspirações artísticas e sentimentais delas, e também a diversão
íntima que cada uma sente enquanto faz sua própria arte ou simplesmente estão
juntas umas das outras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A relação entre as irmãs mostra
como em algum momento elas se separaram e foram viver suas vidas, mas que são
unidas pelas lembranças e que por serem que são, podem buscar melhor usufruto
do que tem em sua melhor maturidade. A narrativa não-linear exerce um papel
importante. A medida em que as <i style="mso-bidi-font-style: normal;">March</i>
vão crescendo, sua concepção de vida e ideias também vão se transformando. Então,
fica perfeitamente compreensível o porquê de Greta intercalar presente e
passado não de maneira paralela, mas fazendo uma “costura” que favorece a
construção de cada uma das protagonistas, para que se entenda sua jornada até
os momento onde todas se encontram no final. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWHoROIegfnVe_Z4vhlStLIMUk92N3EZY4FJ4pWl-LgZA3MSvlB3uT_9O63wt3722PJIuztyOtagg_Cy-aUkEawFfceKpm50RxS0_V5gAwp9LZVRoHN_i20Gn9R7X50JVepZ3A2PO36ZY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Adoraveis-Mulheres3.jpg" /></div>
O que faz de Adoráveis Mulheres
um filme verdadeiramente, hmm... adorável, é o fato de ele modernizar sua história
prima de época sem se fazer explícito ou vulgar demais. Faz isso estabelecendo
laços com alguns dos desejos e vontades próprias do público dessa geração, com
um discurso doce. Isso inspira e mexe com quem, de alguma forma, procura esse
aconchego e otimismo. Antes de se casar, Meg profere uma sentença que ao mesmo coloca
em contraste o perfil de cada uma das irmãs e revela como essas diferenças
também são um elo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Não é porque meus
sonhos são diferentes dos seus que isso significa que eles não importam”.</i> Meg
March é obrigada a fazer escolhas entre destinos bem distintos, ela escolhe o
sonho do casamento por amor. Jo se mantém fiel ao que acredita e persiste, luta
e faz com que sua vontade se realize, Amy quando menos espera também é
surpreendida positivamente e passa a viver seu sonho; Apenas Beth é abatida
pela força da vida, o que acontece também na vida real... Deixando cicatrizes e
lembranças em cada uma das outras adoráveis mulheres.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Greta Gerwig encontra o amor nas
raízes de quem somos em nossa mais profunda intimidade, na companhia de quem
queremos por perto e na realização de nossos diferentes sonhos. Seu filme
acolhe e dá colo para quem precisa, isso é um feito enorme. Fazendo assim uma
adaptação profundamente autoral e perspicaz sobre como a vida pode insistir em
ser dura, especialmente para mulheres tão ambiciosas (no melhor sentido que a
palavra tem), mas mostrando que é possível vencer através do coração.</div>
Gabriel Caetanohttp://www.blogger.com/profile/15526826140511483765noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-82396615022886291242020-01-14T22:09:00.001-03:002021-03-16T17:32:49.631-03:00[Download] Checklist dos Indicados ao Oscar 2020 - Baixe e imprima<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyKEtOZlR_Dx3VL1DyqhegIfQW3pOWiE1o3AlxLqU78oZB6T2waMi4luCoeRNcchlCBXSActYWEz5PQiIPZvDLwSgL-Zfn90_9b0otcF6X-hmok8R6elauzDd2yP3TGm53GYgXEGbad84/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bolao-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2020-Baixar-Download-Excel-.png" /></div>
Chegou mais uma temporada de premiações do Cinema e a cerimônia mais aguardada de Hollywood já está batendo na porta. A <b>Academia de Artes e Ciências Cinematográficas</b> anunciou, nesta segunda-feira (13), os indicados de sua 92ª edição (<a href="https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/oscar/2020/noticia/2020/01/13/oscar-2020-veja-os-indicados.ghtml" target="_blank">confira eles aqui</a>), que acontece no dia 09 de fevereiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para facilitar a vida dos cinéfilos maratonistas que pretendem assistir ao máximo de filmes possíveis até o dia da cerimônia, organizamos um Checklist com todos os longa-metragens indicados. Ideal para impressão, <b>o arquivo já está adaptado para as dimensões de uma folha A4</b>. Além de marcar os filmes vistos, você também pode aproveitar para fazer suas apostas dos vencedores e conferir quantos consegue acertar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você prefere a versão digital, em <b><span style="color: #f1c232;">Planilha de Excel</span></b>, também preparamos uma exclusiva. É só acessar aqui:</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><a href="http://bit.ly/PlanilhaOscar2020" target="_blank">Planilha Interativa dos Indicados ao Oscar 2020</a></span>.</div>
<br />
Para <b>baixar</b> a arte, é só <b>clicar na imagem abaixo</b>.<br />
<b>Para a <span style="color: #f1c232;">versão em PDF</span>, <a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/Checklist-Indicados-Oscar-2020-365-Filmes.pdf?16" target="_blank"><span style="color: blue;">clique aqui</span></a>.</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/Checklist-Indicados-Oscar-2020-365-Filmes.jpg" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8-sSQabcuVvpXRQPny_GYSvNVtvXUbFxFsDKSfBTCm821XKCBhHH9LGN4FGz8a5QXb5gKCdJ4KyElurU95pF2p0rtYsSJao2nZ0je8NX2F8FxQjKVob8zFlFh1BLGEeyKtNBgQ5Hn9zk/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bolao-Lista-Planilha-Checklist-Indicados-Oscar-2020-Baixar-Download-Excel-Arte.jpg" /></a></div>
<b><br /></b>
<a href="http://www.365filmes.com.br/" target="_blank"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipEC_arvWjoagJwcBnttwrezlSUBdYmYi1MIIh6HIvVH2i3G059geLBqB3K3LLRkTpKfYpQMRQUPj-whkDKSZt5mLDzv-ITJsESjRRYc5Z_5ZQFpEzSoZEyjzSlldDNOGr_JmeOs4TIQQ/s1600/Banner-Loja-365-Tres-Meia-Cinco-Filmes.png" /></a>Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-66408642611972910462020-01-14T21:31:00.000-03:002020-02-02T15:46:16.843-03:00Bolão do Oscar 2020 - 7ª edição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwzJQoKuD-KUAx_Iyc_7AHyKouCrKTavCQ1EHl7-fmiB6Z0nFtGeXGqrfp68VGW-PcAms9emLTYFve2DWOaTPhliwHzZrXFAgcE2O5aPCgSjagq2AhAFwkSs_2CLQny0Kuij61B05wZa8/s1600/Bolao-do-Oscar-2020-365-Filmes-Cinema-.jpg" /></div>
<span style="text-align: justify;">O BOLÃO DO OSCAR chegou em sua </span><b style="text-align: justify;">7ª edição</b><span style="text-align: justify;">! Uma parceria </span><a href="https://www.facebook.com/365filmes/" style="text-align: justify;">365 Filmes</a><span style="text-align: justify;"> e </span><a href="https://ombrelo.com.br/" style="text-align: justify;" target="_blank">Ombrelo</a><span style="text-align: justify;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div style="text-align: start;">
Faça suas apostas e concorra a diversos prêmios. E o melhor: você não tem apenas uma chance de ganhar. <b>Premiaremos dois jogadores</b>, um pelo maior número de acertos e um por sorteio - realizado entre todos participantes. Se você acredita que será difícil acertar nas apostas, não desanime, pois ainda sim tem chances de sair premiado pelo sorteio. Mas capriche para conquistar o maior dos prêmios!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
PARA PARTICIPAR, basta <b>curtir as páginas</b> <a href="http://www.facebook.com/365filmes" target="_blank">365 Filmes</a> e <a href="https://www.facebook.com/ombrelodigital" target="_blank">Ombrelo</a> (no Facebook ou Instagram), <b>preencher o formulário</b> (abaixo do regulamento) e <b>ficar na torcida</b>!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3YnqRBZ0yhfF6vgSYhikL9b_aneLVPtvFRDLz6VnyhvtNbpywK1erMgzMFiNH2bxZ7S7moOhw84O1Uv0kfKMikZxlFwI4P2ZB0fNZQXb-_LAtQIX5XMokBR6ys6zTjDH99v04nPpuFKo/s1600/Bolao+2020.jpg" /></div>
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Compartilhe com seus amigos e convide-os a jogarem com você.<br />
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Acompanhe o Oscar com a gente no <a href="http://www.facebook.com/365filmes" target="_blank">Facebook</a> e <a href="http://instagram.com/365filmes" target="_blank">Instagram</a>. Cobertura em tempo real da cerimônia, tapete vermelho e bastidores. Utilize a hashtag #OscarNa365.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="2" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtgFEzFWCqyjsb_T4tiN1xXn9RyuNCyL2vr86yUuZI01w2lQO1lPPQiJiXs5YEZoFehnBzKDjJNbCY8DvC7BQV2mq0DA-IsJD7JTAaQwtpQSy5cbQaVdPtF_7roLzkaRaHaLS54073kgI/s1600/Barra-Postagem-Blog-365-Filmes.jpg" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>REGULAMENTO</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O participante deve</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Curtir as páginas <a href="https://www.facebook.com/365filmes/" target="_blank">365 Filmes</a> e <a href="https://www.facebook.com/ombrelodigital" target="_blank">Ombrelo</a> no Facebook ou Instagram.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Residir em território nacional.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Preencher corretamente o formulário abaixo, votando em todas as categorias, até a etapa final com a mensagem de confirmação.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Utilizar um endereço de e-mail válido, que será utilizado para confirmação da autenticidade do participante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O vencedor do Prêmio 1 (1º lugar / Bolão) está automaticamente impossibilitado de concorrer ao Prêmio 2 (Sorteio).</div>
<div style="text-align: justify;">
Cada participante só poderá votar uma única vez. Caso contrário, será automaticamente eliminado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer tentativa de fraude acarretará imediata eliminação do participante.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao se inscrever, o participante autoriza a eventual divulgação de seu nome em material publicitário nos meios parceiros.</div>
<div style="text-align: justify;">
A votação encerra-se às 23:59 do dia 08 de Fevereiro de 2020.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>PROCESSO</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>- Bolão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O vencedor do 'Prêmio 1' será o participante que mais pontuar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Todas as categorias têm pontuação igual a 01.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em caso de empate, o método de desempate será por peso* das categorias, na ordem presente no formulário:</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Filme - 05 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Diretor - 04 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Ator - 03 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Atriz - 03 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Ator Coadjuvante - 02 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor Atriz Coadjuvante - 02 pontos</div>
<div style="text-align: justify;">
As demais tem peso igual a 01.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* - as pontuações acima só serão consideradas em caso de empate.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se mais de uma pessoa acertar todas as 21 categorias, o vencedor será definido por sorteio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>- Sorteio</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O vencedor do 'Prêmio 2' será aquele que for sorteado entre todos os participantes, independente da pontuação que fizer no Bolão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Cada participante terá um cupom, igual ao número respectivo à ordem de participação. Ex: o cupom da 15º pessoa a se inscrever será o de nº 15.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>RESULTADO</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resultado será divulgado no dia 10 de Fevereiro (segunda-feira), aqui no blog e nas redes sociais da 365 Filmes e Ombrelo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os vencedores serão também comunicados por e-mail e deverão informar endereço brasileiro válido para envio dos prêmios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>PRÊMIOS</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Prêmio 1 - 1º lugar no Bolão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: start;">
Camiseta 365 (escolhida pelo vencedor)</div>
<div style="text-align: start;">
Caderninho 365 - Amélie Poulain<br />
Pote de Pipoca 365</div>
<div style="text-align: start;">
BOX - Coringa (Piada Mortal + Coringa de Brian Azzarello)</div>
<div style="text-align: start;">
LIVRO - Mulherzinhas<br />
LIVRO - O Livro do Cinema<br />
DVD - Cidadão Kane (Premium)</div>
<div style="text-align: start;">
DVD - Vingadores: Ultimato</div>
<div style="text-align: start;">
BLU-RAY - Toy Story 4</div>
<br /><b>Prêmio 2 - Vencedor do Sorteio</b><br /><br />PÔSTER A3 - Tarantino's Fighter<br />Caderninho 365 - Lady Bird<br />Pote de Pipoca 365<br />LIVRO - O Rei Leão (Livro oficial do filme)<br />LIVRO - Dois Papas<br />BLU-RAY - O Mágico de Oz<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="2" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-2fk5XmpKB4SaZYVrO04NEwLNfVfc_RfqDPU8XMxGtS8nzKQ0Jm-okPtTnFjxnvVWvkWTTLDDCRtHW2o_ZI2pBrhozGxL2AmxjIjI-4Wr0FUZ_hbQW7SkbUzKoaaBjUCr81WlsxWnRi8/s1600/Barra-Postagem-Blog-365-Filmes.jpg" /></div>
<br /></div>
<iframe frameborder="0" height="1000" marginheight="0" marginwidth="0" src="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeToRv-qrY2Iv_cMKxjX0eeT5mMqN645d682VfVp0Rek7zbXA/viewform?embedded=true" width="723">Loading…</iframe>
</div>
Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-79950329085523194042019-12-02T19:28:00.001-03:002019-12-02T19:28:17.697-03:00Festival Primeiro Plano chega a sua 18ª edição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="315" data-original-width="548" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgymicc9-dfjCOiDB3TM_-KF7TABkIa8ehqz5YoEdcECE1EgIR2oFMEUFsqXuOnT7l5rr98RiqdufEC-JCkpXavp78C29lPFmS6SejE8QX4slU46ymqcCEg8XAYybyNgX4V8AX_kQ2eQ8Y/s640/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Primeiro-Plano-2019.jpg" width="640" /></div>
<br />
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O Festival de Cinema mais aguardado de Juiz de Fora e região chegou! Em sua 18ª edição, o Primeiro Plano 2019 acontecerá entre os dias 02 e 07 de dezembro, com abertura no <b>Teatro Paschoal Carlos Magno Juiz </b>e os demais dias da programação no <b>Cinemais do Shopping Alameda</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além da exibição de dezenas de curtas nas mostras competitivas Regional e Mercocidades, o Festival ainda oferece oficinas e organiza debates com os realizadores. Toda programação é gratuita - é só retirar o ingresso na bilheteria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Incentivando e dando visibilidade a diretores estreantes da Zona da Mata mineira e de toda a América do Sul, o Primeiro Plano realiza um importante trabalho de fomento cultural, fortalecendo produções cinematográficas e aproximando-as do público.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sessão de abertura acontece às <b>20h</b> e traz o curta "<b>Cinesia</b>", de Pedro Soares - produção apoiada pelo prêmio <b>Incentivo Primeiro Plano </b>da edição 2018, e o premiado longa "<b>Pacarrete</b>", de Allan Deberton.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para conferir a <a href="http://primeiroplano.art.br/2019/programacao/" target="_blank">programação completa</a>, é só <a href="http://primeiroplano.art.br/2019/programacao/" target="_blank">acessar aqui</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O <b>Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades</b> é uma realização do “<b>Luzes da Cidade</b> – Grupo de Cinéfilos e de Produtores Culturais”.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="473" data-original-width="1172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMW2Rkb6s7a7yz8FEoZwoH-GLgyOQ0ciPHZ5_17ovCPRKrTLx7IIyCAzoiMCb4t6qfWtKGBluYoUXk_il6P3v8eDxLYkBRYB_f4mNAl2c3sYa8dqWJJxH-L80aCxAneqrdNYsOYsSp6D4/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Primeiro-Plano-2019-2.jpg" /></div>
Mateus Guimarães Borgeshttp://www.blogger.com/profile/01225033559718890141noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-23947648932434986112019-11-21T14:23:00.001-03:002019-11-24T19:29:10.191-03:00A Vida Invisível (2019) - Melodrama à brasileira<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxdiz8ZLldi7GQxYK0rtoJYibqzc1rUXFtkjPxxNpp0BFXSrG8zj2jKPgHKzrD6KLY_DjLT77kypZQuaJoY_sujgpFNUeWFYsOTmazvvBTtr2PFfenJkAJdS-fzlLFUxkOUBM4GsXuztY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-A-Vida-Invisivel-Karim-Ainouz-Carol-Duarte-Fernanda-Montenegro-Gregorio-Duvivier-2.jpg" /></div>
O diretor, roteirista e artista visual cearense <b>Karim Aïnouz</b> é um dos cineastas mais prolíficos do cinema brasileiro atual, reconhecido e premiado internacionalmente por filmes como <b>Madame Satã</b> (2002), <b>O Céu de Suely</b> (2006) e <b>Praia do Futuro</b> (2014). Seu novo filme, <b>A Vida Invisível</b> (2019) é uma adaptação do romance ''A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", escrito por <b>Martha Batalha</b>. O filme ganhou o prêmio <b>Un Certain Regard</b> no<b> Festival de Cannes</b> de 2019, e foi o escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no <b>Oscar</b>.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
No Rio de Janeiro da década de 1940, Eurídice (<b>Carol Duarte</b>) e Guida (<b>Julia Stockler</b>) vivem sob um rígido regime patriarcal que as coloca em caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado,
enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo
tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um
casamento sem amor com Antenor (<b>Gregório Duvivier</b>).
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Após um prólogo com ares oníricos, que funciona como um presságio e sutilmente sintetiza o que sucederá os créditos iniciais, <b>A Vida Invisível</b> rapidamente se reconfigura em torno de uma de suas características mais evidentes - o seu formato de melodrama. É interessante observar a disposição do filme ao risco de se inserir tão intensamente dentro das "regras" de um gênero cujos elementos narrativos e estéticos são tão identificáveis. O que poderia resultar em um filme absolutamente previsível oportuniza que Karim Aïnouz conjure um "melodrama perfeito", ao mesmo tempo em que revisita e diversos elementos que compõem a sua assinatura autoral, como seu interesse por personagens complexos e angustiados, diálogos crus e uma paleta de cores saturada e com alto contraste.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgltEJtONfyZQFdSwSqgNVHd-ROsYqMFbqmqDZ1dqhuixzHJh3p5MrPmazjdFKZq4xq0kriWp3n7A7A-L4zWa1MV9XCm8FWJSYcm5H2Ng4uWKy44j3T_3SqIaLG9mfY-HSVxqwe-qWtLhU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-A-Vida-Invisivel-Karim-Ainouz-Carol-Duarte-Fernanda-Montenegro-Gregorio-Duvivier-4.jpg" /></div>
O filme cria uma relação muito interessante com seus espectadores ao direcionar um olhar
contemporâneo para o passado sem descaracterizá-lo ou reinterpretá-lo,
mas construindo um recorte discursivo guiado por sensibilidades e interesses
presentes no imaginário atual, como a representação da mulher e uma visão crítica do machismo. Não restrito apenas à questões de costumes, o interesse pela reconstituição de época é palpável e reminiscente da abordagem estética utilizada em <b>Madame Satã</b> e aqui construída a partir do trabalho sensível e sofisticado da direção de fotografia de <b>Hélène Louvart</b> e da direção de arte e design de produção de <b>Rodrigo Martirena</b>, bastante interessados em dar textura às vivências e ambientes por onde se desencontram as irmãs.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Essenciais para dar forma e potência às histórias invisíveis da dupla de protagonistas, as atrizes <b>Carol Duarte </b>e <b>Julia Stockler</b> adotam em suas interpretações um tom impecável, em perfeita sintonia tanto com a proposta do gênero quanto com o estilo da direção; criando personagens opostos e complementares cuja sintonia se percebe mesmo após serem separadas pela trama. Grandiosa, a presença de <b>Fernanda Montenegro</b> é exemplar em relação à excelência e o equilíbrio da obra, que consegue evitar as armadilhas do sentimentalismo exagerado sem perder sua potência emocional. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>A Vida Invisível</b> é um caso raro de filme que consegue dois grandes feitos - se apresentar como uma síntese inequívoca da estética e estilo do seu diretor, ao mesmo tempo em que compreende e explora o
gênero muito particular no qual se insere de maneira absolutamente precisa. O resultado inevitavelmente eleva o filme ao patamar de obras que
se cristalizam como referenciais de qualidade que transcende as especificidades de um "cinema nacional" para se afirmar como uma obra de relevância e alcance universal.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV0ZUFkE7rLWlZ1CMYH4PLhS62k8GV-ehJnlCi6MrbEkvRYyOskJratu7b_U6Zu9Z4bj0lhhAXGLb6guX74Yur-dO74HKSxrtU5hCi7_KTdoqMU6yxhWDHXNdtv6DfIwbh3xBuUpdzDZo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-A-Vida-Invisivel-Karim-Ainouz-Carol-Duarte-Fernanda-Montenegro-Gregorio-Duvivier-3.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-20918949397168520722019-10-03T18:08:00.000-03:002019-10-03T23:56:45.839-03:00Coringa (2019) - A Vilania Multifacetada<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtkkWDhAOmKpAfcwsLfh0rr6wpal-utvRbACrYbp3hbGPOgliA8egGRYnUx28KiKWwaZqPP4K8SX0biEixMz5dqBPMzN6ILn6DmEysetrwm-wzbVggH7GhyphenhyphenSmI5mRBVTgbF0AdF48u4DM/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Todd-Phillips-Arthur-Fleck-Joaquin-Phoenix-Coringa-Joker.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
A origem do Coringa, o vilão mais famoso do universo dos quadrinhos, sempre esteve intimamente ligada ao cinema. O personagem, criado por <b>Jerry Robinson</b>, <b>Bill Finger</b> e <b>Bob Kane</b>, estreou em Batman #1 (1940), com um visual inspirado no ator <b>Conrad Veidt</b>, intérprete de Gwynplaine no filme <b>O Homem que Ri</b> (1928), dirigido pelo cineasta expressionista <b>Paul Leni</b>.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Tal como Gwynplaine era atormentado por sua expressão desfigurada por um sorriso permanente, o palhaço/aspirante a comediante Arthur Fleck (<b>Joaquin Phoenix</b>) é atormentado por uma condição que faz com que ele ria descontroladamente. É a primeira de muitas apropriações - ou referências - utilizadas pelo diretor <b>Todd Phillips</b> - mais conhecido pela trilogia de comédia “Se Beber Não Case” - para construir uma história de origem para um personagem marcado pelo mistério em torno de si.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O grande risco assumido por <b>Coringa</b> (2019) é o de contextualizar as motivações da vilania do personagem - algo habilmente evitado em <b>O Cavaleiro das Trevas</b> (2008) e ignorado em <b>Esquadrão Suicida</b> (2016) - , especialmente sem contar com o contraponto filosófico do seu arqui-inimigo, o Batman. O esforço em criar uma interpretação do personagem bastante distinta das que a precederam é louvável, e seus acertos derivam da magistral atuação de Joaquin Phoenix, em uma das melhores interpretações de sua versátil carreira, que conta com obras-primas como <b>O Mestre </b>(2012) e <b>Ela</b> (2013). O seu Coringa é multifacetado e dispõe de uma fisicalidade intensa, de ares <i>kafkianos,</i> e se desenvolve por caminhos pouco explorados pelas versões anteriores que não tinham um filme inteiro dedicado a si, criando um personagem complexo que constantemente flerta com a empatia do público enquanto sucumbe gradualmente à crueldade e a violência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMSKJa0uRiOLluwcZJGijilAVs_NWzh9SKoyyHYizgH5PzkAAm5g5w0gWoahnmDj-1_7Chh4kwhwqzTwA3B1hYtWH7XKly5PTYrdWUNka7UbrQlYm1m6o5nDlY-EDIOq_auVfzTBfnTmY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Todd-Phillips-Arthur-Fleck-Joaquin-Phoenix-Coringa-Joker-2.jpg" /></div>
O magnetismo e a intensidade da interpretação de Phoenix e o foco no seu personagem ao longo do filme são tão grandes que podem ser capazes de distrair a atenção do público para os demais elementos da produção. O próprio diretor Todd Phillips parece ser vítima deste encanto em determinados momentos, falhando em aprofundar as reflexões que propõe dentro da trama relativamente simples que constrói, especialmente no âmbito da discussão sobre saúde mental e vulnerabilidade social. Ainda que seja reverente à elementos narrativos de histórias clássicas dos quadrinhos, como <b>A Piada Mortal</b><span class="LrzXr kno-fv"> (Alan Moore, 1988), um</span> ponto problemático do filme é a frequência e a obviedade das referências cinematográficas que utiliza, ganhando um caráter pouco original e expondo as fraquezas da visão de Phillips, bastante dependente da absorção de obras melhores. Sua Gotham, por exemplo, é reminiscente da Nova York de <b>Martin Scorsese</b>, do qual se apropria também de uma série de elementos narrativos presentes em filmes como <b>Taxi Driver</b> (1976) e <b>O Rei da Comédia </b>(1982).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também sinais da insegurança ou falta de tato de Phillips com o filme são a onipresença da trilha reforçando o “clima” de praticamente todas as cenas com maior carga dramática e a insistência do seu roteiro (co-escrito com <b>Scott Silver</b>) em determinadas situações que “explicam” demais a origem de certos elementos que compõem a vilania do seu protagonista, esvaziando uma potencial ambiguidade apresentada em diversos momentos do filme, especialmente no que tange suas relação com sua mãe, Penny Fleck (<b>Frances Conroy</b>) e Thomas Wayne (<b>Brett Cullen</b>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de suas deficiências, <b>Coringa </b>é um filme que suscita emoções fortes e demonstra uma percepção certeira do porquê um personagem como este é capaz de ser tão sedutor e influente, criando uma narrativa em torno desta visão, que apesar de datada por sua ambientação oitentista, dialoga com tensões e problemáticas bastante contemporâneas. Apresentando uma interessante, mas irregular reinvenção da mitologia clássica do vilão, o filme propõe uma abordagem inegavelmente diferenciada dentro do nicho de adaptações de histórias em quadrinhos, que respeita o legado do personagem e o <span class="LrzXr kno-fv">direciona por caminhos surpreendentes que podem causar grande impacto nos projetos vindouros da Warner/DC nos cinemas.</span><br />
<span class="LrzXr kno-fv"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtcG5qg8rrEW1FChoLes6DxwYYgiZv6KsDCmXqh6yG5Qv1l2PYNuQ2GZ7IGKmgeZPEPqUkNDzU6Dvy4d2rSaTX6LoPqStdGQCu753CO1sQVBvW-vW1V255QsO53xL-V_H3oBIJeViyTJI/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Todd-Phillips-Arthur-Fleck-Joaquin-Phoenix-Coringa-Joker-3.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-87649380875187149852019-09-18T22:21:00.000-03:002019-09-18T22:21:07.054-03:00Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019)<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7e_dzkS9iC5irRH0JxCdtT9Iv9GaSoMRdqnLgP58unTdFvOVv6e7mQHGw1f7I6N7ChyaAZIPdB9pGe-P_2QvqEiNrK51_FyvKxu6jDSORVxkRYtkCrHre6e0Di-N0rw2iikyudl-_28s/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Midsommar-Ari-Aster-2.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
O horror vive uma de suas melhores épocas no cinema, graças à produções que fogem de uma série de convenções estabelecidas pelos “ciclos” mais famosos e influentes do gênero, como os <i>giallo </i>setentistas, os <i>slashers</i> dos anos 80 e os <i>torture porn</i> franceses da década passada. Talvez mais do que qualquer outro gênero ou rótulo cinematográfico, o horror se tornou refém de uma série de clichês estéticos e narrativos, e é neste âmbito que, como uma reação natural à saturação destes códigos, se situa o trabalho de cineastas como <b>Robert Eggers</b>, diretor de <b>A Bruxa</b> (2015) e <b>Ari Aster</b>, alçado à fama por seu primeiro longa-metragem, <b>Hereditário</b> (2017).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Após o sucesso de sua estreia, Aster se permitiu voos mais altos, como dispensar a clássica ambientação predominantemente noturna dos filmes do gênero para experimentar o horror à luz do dia. O resultado está em <b>Midsommar - O Mal não espera a Noite </b>(2019), no qual Dani (<b>Florence Pugh</b>), após vivenciar uma tragédia pessoal vai com o namorado Christian (<b>Jack Reynor</b>) e um grupo de amigos até uma remota vila na Suécia. O que começa como férias despreocupadas de verão toma um rumo sinistro quando os moradores do vilarejo convidam o grupo a participar de rituais pagãos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7nmhlAKHDhH3RMq9GxqZyjKVHysvG5_GNtrAM7gQkVGcPR5uwhL0ZTy4GHBwDsMHqw_x2g9fghXFoorxnI8yvMKs4b1TN4DqCbXje8CImwmD-wZWaX-Cqyzq-dG1FoQOkiTSF6Rj1Y0A/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Midsommar-Ari-Aster-3.jpg" /></div>
Desde seu princípio, Midsommar se mostra como uma continuidade bastante natural da assinatura visual de Aster, cujo evidente rigor estético desenvolve uma interessante dinâmica de antecipação e administração de expectativas em relação à sucessão de elementos e situações apresentadas. A tensão, sem o artíficio da oclusão pela escuridão, se dá justamente pela relação com o que está extremamente visível, e ainda assim causa desconforto sem razão aparente. Tão fugaz quanto a noite no vilarejo de <b>Harga</b>, o mal em Midsommar se dá por vislumbres - ora travestidos de rituais macabros relativizados como mera expressão cultural, ora presente em interações aparentemente inofensivas com um subtexto manipulativo perverso.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é a toa que Aster é tão fascinado com a ideia de “representação” - a mímese do que seria o humano, o natural, é a porta de entrada para o mal na sua filmografia. Seus personagens frequentemente reproduzem ou projetam a artificilidade como sublimação, agindo como “bonecos”, corpos passivos de manipulação ou receptáculos de singificado que possuem uma relação de ironia dramática com a inércia, seja ela física ou psicológica.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS-oZJLm7qGZJkVplS0dKdNIy_OKiSpyH2i-U4Zxj-wOxGELPpLmUe_0Ca_XRYQhZlmGTw7-pBr33gdMjo5qaErXCCVfg8ueE4evDIArtUGVO9ZqgPv8-F5pbVPIMvPb2gLiS2Z4euWDU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Midsommar-Ari-Aster.jpg" /></div>
Mesmo quando os ânimos dos personagens estão à flor da pele, o filme mantém um inabalável senso de ritmo, que transita entre o banal e o horror de maneira às vezes imperceptível. O chocante não se dá com o repentino, mas com o extendido. Aster pune o espectador por “ânsiar” pelo mal e a violência típicos de filmes de horror, explorando os momentos grotescos com uma câmera fria e tão inexoravelmente explícita que interrompe o transe provocado pelo ritmo lento e onírico da montagem. Há também uma eficiente correspondência sensorial entre os personagens e a câmera, que frequentemente transpõe as interioridades e pontos de vista para o plano objetivo do que se vê em quadro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Entregue e intensa, Florence Pugh é o grande destaque do filme, e constroi sua personagem como alguém cuja sensibilidade a torna mais consciente do horror que a cerca, e por isso mesmo, é mais vulnerável a ele, sendo justamente o seu arco de emancipação sentimental, a chave para entender o discurso do filme. O caminho até o desfecho é relativamente previsível em sua estrutura, mas se torna interessante na medida em que culmina em uma experiência catártica dotada de ambiguidade e levanta questionamentos sobre a condição da personagem e seu estado de espírito frente aos acontecimentos, criando uma conclusão subjetiva que mostra o enorme potencial do horror como catarse e como cinema.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc-iPHLa5wCJXBJqOCP_MFeFLWEMau6GpS70xo01hulKyI8QHDF1r6DdtvwTVEEwlMj_jUTSYuKoqGkx2KcBo_mJBBSkBM5Kj4bU6QedJ6jTF8ZQOpuE0wJfFxivqyDozfGKPkJ_7EPuY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Midsommar-Ari-Aster-4.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-8497837894088356532019-09-05T12:19:00.000-03:002019-09-05T14:27:37.164-03:00It - Capítulo 2 (2019) - O Terror do Trauma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinJjcNT-C6uZtHcx9v24cbdcRWK60Y5_XKbPI1_1sMvryhUHLgc6g2lN48WTvhXgpmS6FITvakANZHNn9r2Oc226WtToHn3HoQfc-AtPumoivmOgJLlO0S_CAiV_bHuA94hRVXVQAZFJQ/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-it-capitulo-2-ii.jpg" /></div>
<span style="text-align: justify;"><b>O terror do trauma.</b></span><br />
<div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta poderia ser a síntese de <b>It</b>, uma das obras mais cultuadas do aclamado escritor estadunidense <b>Stephen King</b>. A obra, escrita em 1986, acompanha sete pré-adolescentes da cidade fictícia de Derry, que são aterrorizadas por uma entidade sobrenatural maligna que eles conhecem apenas como "It". A criatura tem a capacidade de mudar de forma e usa os maiores medos de suas presas contra elas, embora tenha preferência por se disfarçar como um palhaço de circo chamado <b>Pennywise </b>(<b>Bill Skarsgård</b>). O romance alterna entre dois períodos de tempo, entrelaçando a história das crianças com a dos adultos que eventualmente se tornarão. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A gigantesca obra literária, que se estende por mais de mil páginas, foi primeiramente adaptada como uma minissérie para a televisão em 1990, marcada por cortes no orçamento e restrições na sua duração, resultando em uma adaptação enxuta, com cerca de 3 horas. Na transposição da obra para o cinema, optou-se por dividi-la em dois capítulos, separando as duas temporalidades. No primeiro capítulo, a decisão funciona, pois dá mais espaço para explorar os personagens e ambientação da trama, que substitui os anos 50 do livro pelos anos
80, uma calculada aproximação com <b>Stranger Things</b>, a série saudosista do momento, e o clássico <b>Os Goonies</b> (1985).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O sucesso do primeiro capítulo garantiu a produção de <b>It - Capítulo 2</b> (2019), e o retorno do diretor <b>Andy Muschietti</b>, que assinou o longa anterior. Situada nos dias atuais, a história reúne os personagens após o ressurgimento de It, que para alguns dos membros do “Clube dos Otários” - como os personagens intitulam o grupo - não passa de uma lembrança esmorecida. É no primeiro ato deste segundo capítulo que o filme melhor funciona, reencontrando seus protagonistas repetindo os erros do passado e ainda marcados por seus traumas, explicando o porquê a mera menção de algo que acreditavam ter esquecido é suficiente para desestabilizar o grupo e reuní-los novamente na cidade que deixaram para trás.</div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRuNc8s-2mXKpE_4uwL4Fp-rC7ZW92Pb4hyphenhyphenhq8BkadOStLs5ggC1k1xhV2l-ntM0but0bSU8ubJlfFQpbYDe5qinPvzIb45_QuIk8LnVxy0cBokezw-aWi0_0wJHoPVfFvfNXe_P3_0Y8/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-it-capitulo-2.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRuNc8s-2mXKpE_4uwL4Fp-rC7ZW92Pb4hyphenhyphenhq8BkadOStLs5ggC1k1xhV2l-ntM0but0bSU8ubJlfFQpbYDe5qinPvzIb45_QuIk8LnVxy0cBokezw-aWi0_0wJHoPVfFvfNXe_P3_0Y8/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-it-capitulo-2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de qualquer outro aspecto, o acerto mais evidente desta sequência como um todo é a escalação do elenco adulto, escolhidos a dedo pelo produtor de elenco Rich Delia para refletir suas contrapartes adolescentes. <b>Bill Hader</b> e <b>James Ransone</b> roubam a cena como Mike Hanlon e Eddie Kaspbrak, capturando perfeitamente os maneirismos que os atores mirins deram aos personagens no capítulo anterior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Com personagens cativantes e um vilão já conhecido, <b>It - Capítulo 2</b> perde força ao povoar sua longa minutagem - são 2 horas e 49 minutos de filme! - com uma certa previsibilidade em torno das obrigatórias “sequências de terror”, onde cada um dos personagens enfrenta individualmente a corporificação de seus - já conhecidos - medos. Além disso, há a questão do retorno ao período retratado no filme anterior. Se no livro o paralelo entre o enfrentamento dos traumas no passado e presente se dá por tanto por questões temáticas quanto estruturais, no filme, a revisitação do período da da adolescência dos personagens parece pouco acrescentar à história como um todo e se mostra mais preocupada em encaixar mais sequências de terror e “sustos”.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL1kM0MwOU77uy916WEjB2LfK_MD5pJSB9ZHb6EwwWGlW_4Y4xIry46CzekWsxyLFnZFqcOiE7Vujh_HwBaJOfu8sOtFDmg0uwaQEF8Dcf3SNJP11Eq_XEJFGTVYOOv4ai5zdGqJl-ck0/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-it-capitulo-2-ii-.jpg" /></div>
No primeiro filme, o terror, ainda que intenso, estava adequadamente nivelado com seus
jovens protagonistas e servia para contar uma história de amadurecimento
através do enfrentamento de seus traumas corporificados. Já na sequência, este elemento se mostra mais desconexo com o desenvolvimento dos personagens e
temas do filme, alternando desajeitadamente entre o tom de situações de violência realista, como
um brutal ataque homofóbico ou uma cena de violência doméstica
envolvendo Beverly (<b>Jessica Chastain</b>), com o transformismo fantasioso e ligeiramente cômico de Pennywise, lamentavelmente diluído em meio às sequências repletas de efeitos especiais.<br />
<br />
São decisões estranhas, que atrapalham o andamento da narrativa e sinalizam posições contraditórias enquanto adaptação coesa, ao se preocupar em tornar a narrativa mais "palatável" e se mostrar mais dependente da estrutura narrativa relacional que havia habilmente descartado no capítulo anterior. No terceiro ato, o filme recupera um certo fôlego em termos dramáticos, especialmente quando “resolve” os arcos de seus personagens, mas se perde ao dar espaço para uma estranha explicação da “mitologia” em torno de It e prova que a históra funciona melhor quando foca mais nos efeitos causados pelo monstro do que no monstro em si.<br />
<br />
Seguindo a cartilha das sequências que entregam mais de tudo aquilo que deu certo na primeira vez, <b>It - Capítulo 2 </b>prova que "muito de uma coisa boa pode ser demais". Como Pennywise aprende, não se pode ter sucesso repetindo os mesmos truques.</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-18496607754695091562019-08-18T21:14:00.000-03:002019-08-18T21:14:41.368-03:00Bacurau (2019) - Familiaridade e Ineditismo<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPN0d8eXGmD_dbMWGSiQI4-jGzJWA-PoHEN44Bg8LuooK9MBIGb7eyGugYqtJhSbaDC2cBeZxRsJ1wgCqGCXoTlR7AKeMS1WULwrh62924qDXQpk2jeYB7ym_iKOCxj6ftigPo4ja_jak/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bacura-Kleber-Mendonca-Filho-Juliano-Dornelles-Sonia-Braga.jpg" /></div>
<b>Bacurau</b> (2019) é o novo filme do aclamado diretor pernambucano <b>Kleber Mendonça Filho</b>, que co-dirige com <b>Juliano Dornelles</b>, designer de produção de <b>O Som Ao Redor </b>(2012) e <b>Aquarius</b> (2016). O filme chega ao circuito brasileiro com grandes expectativas e o aval de prêmios importantes, como o <b>Prêmio do Júri</b> da última edição do <b>Festival de Cannes</b>.<br />
<br />
A morte de dona Carmelita, aos 94 anos, é o estopim para uma série de acontecimentos estranhos em Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro: os moradores descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa, drones passeiam pelos céus e misteriosos estrangeiros chegam à cidade. Porém, quando cadáveres começam a aparecer, a comunidade, liderada por Domingas (<b>Sônia Braga</b>), Acácio (<b>Thomas Aquino)</b>, Teresa (<b>Bárbara Colen</b>) e Lunga (<b>Silvero Pereira</b>) chega à conclusão de que estão sendo atacados e se une para identificar e se defender do misterioso inimigo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ainda que estabeleça uma evidente ligação temática com os filmes anteriores do diretor, marcados por seus discursos carregados e uma precisão estética e narrativa, Bacurau se diferencia por sua grandiloquente ambição de misturar faroeste e ficção científica, gêneros típicamente percebidos como “estrangeiros” por nosso cinema, com mitologias locais e uma forte crítica política que aproximam o filme de referenciais tipicamente brasileiros. O resultado é uma distopia que, nas suas próprias palavras, está "apenas no começo", mas apresenta uma sintonia inquestionável com o imaginário social brasileiro atual, algo esperado, mas sempre bem-vindo como marca autoral da filmografia de Kleber Mendonça Filho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4TLg-GIOSAUyciYIpF5ihJew8yXPsWgUWE6FjEFXr8zxPHSiLw85HXJ0RBIUvwgawly7talO3g7X2MYjaFpQrccO2Y64gaSjJLmboTsNQnbqgwhfcWo-mIeBqHhkLYfetMnEFHeX1oTY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bacura-Kleber-Mendonca-Filho-Juliano-Dornelles-Sonia-Braga-Barbara-Colen.jpg" /></div>
Nesse sentido, Bacurau tanto se beneficia, quanto sofre por conta do ineditismo de certos aspectos que explora enquanto linguagem cinematográfica, trazendo os conflitos que permeiam a trama para o universo da sua execução narrativa e tonal, especialmente após a inesperada reviravolta de acontecimentos ao final do seu primeiro ato, que funciona melhor em conceito do que em execução.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O drama intimista sugerido até então é deixado de lado em favor de uma sátira pesada, marcada por uma violência exagerada, porém catártica, e alguns momentos cômicos quase bobos; aspectos estes que por vezes dominam a narrativa do filme em seu detrimento, especialmente quando esta tenta dar conta da narrativa dualista que pouco aprofunda o conflito apresentado para além de metáforas óbvias e um tanto reducionistas.<br />
<br />
Com Gal Costa cantando no espaço e seu antagonista (<b>Udo Kier</b>) sendo caçado por um fantasma, Bacurau, é um filme maior do que qualquer defeito de ordem subjetiva, pois é um filme, acima de tudo, <b>necessário</b>. E este rótulo, poucos filmes podem verdadeiramente clamar para si. Inegavelmente irregular, mas divertido e contundente na sua "tese<span class="tlid-translation translation" lang="pt"><span class="" title="">" contra o colonialismo ocidental,</span></span><span class="tlid-translation-gender-indicator translation-gender-indicator"></span> é uma obra que que deve abrir portas para que outros cineastas e realizadores aprendam com seus equívocos e se inspirem com originalidade e inegável bravura.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7cA33LmQyCgtao5j5VbSLxPHkhM3NHd5tesGJSGoC7ryZskg6HUEblFl80JGMiMzKZljVwMy2-JYhBkVzyGOIy8_lMy48a73hBizno4UPJ_aCmkoD9isrIuHFaYH1Z7W6W1GMlTRmiak/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Bacura-Kleber-Mendonca-Filho-Juliano-Dornelles-Sonia-Braga-2.jpg" /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-58218525135487013472019-07-04T01:06:00.000-03:002019-07-04T18:29:12.025-03:00Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) - Nem tão longe, nem tão perto<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju1kJEiYydqruVz45AOthyphenhyphenxi8LEc5kpXlTsxVOnrbfYTUtr0ds1Zf094U2xVROH6yDNheR_erDXJdNl2f-G6SXcTr4ZSQeu3pFmGNsyTc-yvQXRKY_UmnfYa1psksNSqxcl-1RCPD1y5k/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Homem-Aranha-Longe-de-Casa-Tom-Holland.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como já havia feito anteriormente, lançando filmes “menores” após o clímax das suas “fases” anteriores, a Marvel aposta em <b>Homem-Aranha: Longe de Casa</b> para lidar com os desdobramentos dos acontecimentos grandiosos de <b>Vingadores: Ultimato</b>, e Peter Parker (Tom Holland) é o personagem perfeito para isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Seu olhar adolescente e sua relação íntima com o <b>Homem de Ferro</b> (Robert Downey Jr.) oportuniza um recorte mais particular e sentimental na examinação das consequências dos eventos do filme anterior. Para Peter, a perda da figura paterna de Tony Stark e o vácuo deixado por ele se apresenta como uma oportunidade de ser uma espécie de sucessor - uma boa metáfora para o amadurecimento necessário na passagem para a vida adulta.<br />
<br />
Contudo, após os eventos traumáticos que viveu, Peter está muito mais interessado em viajar pela Europa com seus amigos de colégio e tentar conquistar MJ (Zendaya). Tudo muda quando ele é surpreendido por uma visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson), que o convoca para uma missão onde ele se unirá ao enigmático <b>Mysterio </b>(Jake Gyllenhaal) para enfrentar os Elementais, monstros que podem destruir a Terra.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh235nUr54TDZUTDjQCcW0cQBkSg5oktau0-OWzC_6ytdv_HlQfujmeuF-71SXxn_jhd7_JpuU34o0W_RHovQq64c6JQbv8FS72M1EYsOPGFWh2DjveM2Qpw8SG8B-yvc_E9Y-N0ohcOJE/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Homem-Aranha-Longe-de-Casa-Jake-Gyllenhaal.jpg" /></div>
A decisão da Marvel de introduzir Peter Parker em seu universo cinematográfico a partir de uma ligação com o Homem de Ferro, o herói mais popular da franquia até aquele momento, foi uma aposta de marketing segura e até mesmo inspirada, mas se tornou um alvo de críticas por parte dos fãs por se afastar de alguns elementos basilares do personagem, e o próprio diretor <b>Jon Watts</b> foi comparado desfavoravelmente em relação à <b>Sam Raimi</b> e <b>Marc Webb</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O que diferencia a visão de Watts em relação a seus antecessores é a mescla de gêneros cinematográficos, que rendeu a <b>Homem-Aranha: De Volta ao Lar</b> (2016) um necessário frescor narrativo ao combinar o gênero de filmes de super-heróis com os filmes escolares “coming of age”. Em Longe de Casa, Watts segue a “regra de ouro” das sequências ao aumentar o escopo da trama e repetir os acertos, mas tenta morder mais do que pode mastigar, ao incluir ainda mais gêneros na mistura - filme de espionagem, comédia romântica e road movie. <br />
<br />
O resultado é um filme que tem uma montagem atrapalhada e um ritmo ruim em sua primeira metade, pontuada também por personagens descartáveis, um humor excessivo e pouco eficiente, além de uma trama que recicla vários elementos do filme anterior. Apesar de suas ambientações diferenciadas, o filme pouco as explora, relegando os países estrangeiros que visita a meros panos de fundo para as cenas de ação, sendo duas delas bastante repetitivas. O que segura esta primeira porção do filme é a relação de Peter com MJ, personagem que ganha mais espaço nesta sequência e funciona bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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</div>
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<br />
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<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL_UzEdrkTyDDrIHvRa1xdtm3G_EgzHJ__bDaUbrsHVnUn2fiT_uIt4QyFi_b9E54gHKcCbExmFQiSpZc8YV8gNuarPAH1FSW8i8F_U27eMvT-7aAyF3u-6zxT0YreQlj8Q0pg01WQnFA/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Homem-Aranha-Longe-de-Casa-Jake-Gyllenhaal-Tom-Holland.jpg" /></div>
Já em sua segunda porção, após uma grande revelação sobre o personagem Mysterio - interpretado por um Jake Gyllenhaal entregue e carismático - o filme ganha ritmo e entrega sequências de ação que estão entre as melhores da franquia e bons momentos de interação entre os personagens.<br />
<br />
Ao final de um filme irregular que nunca atinge os pontos altos de outros da franquia, como <b>Homem-Aranha 2</b> (2004) e <b>Homem-Aranha no Aranhaverso</b> (2018), a jornada de amadurecimento e formação do personagem aparentemente se conclui. Não mais à sombra de seu mentor, o herói pode ser, de fato, ele mesmo e, a depender da bombástica cena pós-créditos do filme, o futuro de suas histórias é promissor, mas não pode relutar, assim como Peter Parker, em ser o mesmo de antes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLQdSTbOEqa80veePep8BPgShTE5wc1k3Yeyobw0Qh5RjMQhPYplhfrrj3yMCb0eH9sFo_qWGXSXe0kKwUGNhOQmVFxmdm8cPlrfkTu2s0nKp3ujL3_o6Dz2tUo0pia5wl3g9hvWOgARU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Homem-Aranha-Longe-de-Casa-Tom-Holland-Zendaya.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-66595487294314846582019-06-06T15:02:00.002-03:002019-09-16T16:00:00.673-03:00X-Men: Fênix Negra (2019) - As cinzas de uma franquia<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhStrxudfscyz_tQlhHJO08z3H7Nxsf8gIMri7wuQV8fbVlJNzlbC8k6cgW5fbEkgneuKhXBtrUUitqLH9zXRTqInJb5q67tsOePW4ossD9motlvcxMvs61d1DMP5zx1UzV8cD7ltrcrpA/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Dark-Phoenix-X-Men-Fenix-Negra-Jean-Grey-Simon-Kinberg-Sophie-Turner-Jessica-Chastain-2.jpg" style="text-align: center;" /><br />
<div style="text-align: justify;">
Nos quadrinhos, os <b>X-Men</b> já foram o grupo de super-heróis mais famoso e popular da Marvel. Escolhê-los como a primeira equipe de super-heróis a ser adaptada para o cinema seria, portanto, natural. A estreia dos X-Men nas telas aconteceu no primeiro ano da década de 2000, na qual o cinema e o universo dos super-heróis ainda não haviam descoberto seu potencial conjunto. De lá para cá, como dizem, o resto é história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Para a franquia X-Men, isso significa dezenove anos e doze filmes, dentre eles, duas trilogias e cinco filmes derivados com seus personagens mais populares. Uma trajetória marcada pela inconsistência, tendo entregado ao público filmes que se tornaram referência no gênero, como <b>X2</b> (2003), <b>Deadpool</b> (2016) e <b>Logan </b>(2017), mas também cometido equívocos como <b>X-Men Origens: Wolverine</b> (2009) e <b>X-Men: Apocalypse</b> (2016). Isso nos leva, finalmente, à <b>X-Men: Fênix Negra</b> (2019), filme que se tornou o encerramento da franquia após a notória aquisição da FOX pela Disney.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6kvNUpgYx635AoRTsUQIp0J3wsWz1NacDOteNr8u7yvQoFFR8ltEYswrmEV7WLKvCBa_0qtTsLQ61m2kj2RCJLy5zca5HxYI1npkcjVI9FHSZLaG4_UbnEAlpHOMb9WTLhXe9P-y7rdo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Dark-Phoenix-X-Men-Fenix-Negra-Jean-Grey-Simon-Kinberg-Sophie-Turner-Jessica-Chastain-.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
A conclusão da franquia optou por revisitar o passado e, essencialmente, "readaptar" <b>Fênix Negra</b>, uma das histórias mais famosas dos universo dos quadrinhos. Uma primeira tentativa, execrada pelos fãs e a crítica, foi feita em <b>X-Men: O Confronto Final</b> (2006), onde a emblemática história foi essencialmente relegada à uma subtrama do filme. Desta vez, coube a <b>Simon Kinberg</b>, produtor de sete dos doze filmes da franquia, ascender à cadeira de diretor para comandar a nova versão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Kinberg, apesar de pouco experiente como diretor, mostra interesse em seus personagens ao dedicar boa parte do filme à exploração de seus conflitos, mas se perde com a pressa em resolvê-los, conduzindo os personagens por grandes mudanças de
perspectiva em questão de segundos, entre poucos cortes. É uma escolha claramente guiada pela
necessidade de "equilibrar" os dramas humanos com as esperadas e
grandiosas sequências de ação, mas que surge em detrimento de ambos os elementos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDE_iSM_szWgnmwPwC11118P5Ja9447BFT6b8UDvzDn9gfMKzYJquC8k07aHJVX-Jig3wkMCB6GF8aeo5lUgbmpcGHP4f24YJXbEOtnUMlhZgYjgwGLuW1oSQJA-Q-k53gmLeoaCX5jBU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Dark-Phoenix-X-Men-Fenix-Negra-Jean-Grey-Simon-Kinberg-Sophie-Turner-James-McAvoy.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme é centrado em Jean Grey (<b>Sophie Turner</b>), personagem cuja nova versão foi apresentada em um papel menor em <b>X-Men: Apocalypse</b> (enquanto a versão original de <b>Famke Jansenn</b> foi uma das protagonistas da primeira trilogia). Apesar da interpretação de Sophie Turner ter melhorado consideravelmente em relação à sua estreia na franquia, a curta duração do filme se mostra insuficiente para desenvolver de forma satisfatória a jornada da personagem e criar uma relação de empatia com o público. Outro equívoco familiar à franquia é a insistência em focar nos
mesmos personagens coadjuvantes, como o Professor Xavier e Magneto. Seus intérpretes,<b> James McAvoy</b> e <b>Michael Fassbender </b> fazem o possível para elevar o material que recebem, mas conseguem apenas se destacar em meio a um
elenco de personagens desperdiçados cujos atores parecem oscilar entre a
desorientação e o tédio, em especial a a vilã periférica de <b>Jessica Chastain</b> (em uma interpretação inexplicavelmente insossa).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem mesmo suas qualidades, como a trilha do sempre confiável <b>Hans Zimmer</b>, são suficientes para redimir o filme, que apesar de bem intencionado, é vítima de suas pretensões e falha em justificar a revisitação da história, resultando em um filme apenas um pouco superior à sua primeira versão e uma conclusão surpreendentemente anticlimática para a franquia. Contudo, com o encerramento desta franquia pioneira e a certeza da sua eventual e promissora retomada dentro do universo cinematográfico da Marvel, me permito uma digressão para citar uma apropriada e célebre frase de Winston Churchill: <i>“Isto não é o fim. Não é sequer o princípio do fim. Mas é, talvez, o fim do princípio.”. </i>Adeus, X-Men. Vida longa aos X-Men!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcBZBjgJuY0EzCr57bz5gQXyAZoVrW8ObOohv-y_l8oFhqovfhGb3tFZB5QKOakFw4RouC52nUug-x7rb-HTESvCkNDoXo4qHT8-1g8ZvOe3qR5RurSzz4v8C8Q6cXvmOpQzhpSeZtibQ/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Dark-Phoenix-X-Men-Fenix-Negra-Jean-Grey-Simon-Kinberg-Sophie-Turner-Jessica-Chastain.jpg" /></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.365filmes.com.br/" target="_blank"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5KxKsITItfpxMpzBqSrvpbDlczNitSP9O0094SchsrBwWlbKM9bmboXafSTApTG123IYBvxGs9sGlzRT-p6Oqu-mpuYWdMcpQC_FVWI0iblLhwZllc_aZfunOpfSYigF_a03aC0BWhI/s1600/Banner-Loja-365-Tres-Meia-Cinco-Filmes.png" /></a></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-59764253398766761052019-05-23T00:38:00.000-03:002019-05-23T00:39:37.126-03:00Brightburn: O Filho das Trevas (2019) - Potencial desperdiçado<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9BgXZszJI2NM5utlouNzYDqgC_VKhbSCPm1j3egeblQ1JmEAdQmxeSSHOZ9hWqTzffK4jGKlMUsjXnaA71znpt1wT8o2P6uTm65IfViR05CYbhFOceE_kyHm__B3nKjry_SVWejpqbws/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Brightburn-Filho-das-Trevas-David-Yarovesky.jpg" /><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Brightburn: Filho das Trevas</b> (2019) foi vendido como uma inovadora mescla de dois gêneros bastante populares no cinema atual: “<b>filmes de super herói</b>” e<b> terror</b>. Produzido por <b>James Gunn</b>, é o segundo longa-metragem do pouco conhecido diretor <b>David Yarovesky</b> e tem um argumento promissor, ainda que derivado de um questionamento não tão original: <i>“E se o Super-Homem usasse seus poderes para o mal?”</i>. <br />
<br />
A resposta vem na forma de Brandon Bryer (<b>Jackson A. Dunn</b>), um bebê alienígena que cai no terreno de um casal que não conseguia ter filhos. Por conta disso, o casal decide criá-lo, mas ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um
herói, o garoto passa a aterrorizar a pequena cidade onde
vive.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O argumento em si já sugere certos rumos para a narrativa, mas <b>Brightburn</b> infelizmente executa toda sua história da forma mais previsível possível, tanto na narrativa quanto na estética. Há uma incômoda sensação de familiaridade que transforma a sua modesta duração em um estranho <i><span data-dobid="hdw">déjà-vu.</span></i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3p-4LmQZwbQBPNfu-hlyPnGgDuLa4IL14dp2fYxss3p6ZPiW3pQF5zJTUPG5QWxuq1hhV_Bq6iOTWwtDRGchTivOrBFgIMvxIrgCVLZwTJpGk2-fdV1cpiAKHIXALcKil2_M-p84Wjk8/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Brightburn-Filho-das-Trevas-David-Yarovesky-elizabeth-banks.jpg" /></div>
<span data-dobid="hdw">Em meio a uma péssima montagem (especialmente no primeiro ato), momentos que parecem se repetir ao longo da trama e as pouco inspiradas</span> referências à iconografia do Super-Homem, o filme deixa claro a pobreza do que tem a oferecer. Mesmo seus elementos diferenciais mais óbvios, como a possibilidade de explorar os super poderes do protagonista nos momentos de terror e tensão, falham em suscitar qualquer emoção no espectador que não seja um previsível "choque" com os momentos de violência gráfica, típicos do estilo <b>gore</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O produto final é um tanto estranho, pois mesmo o envolvimento de alguém com a experiência de James Gunn, reconhecido por seu trabalho em ambos os gêneros explorados no filme, é incapaz de elevar o material e oferecer rumos mais interessantes à trama. Assim como seu protagonista, o filme desperdiça seu potencial ao ambicionar tão superficialmente, desperdiçando boas atuações - com destaque para <b>Elizabeth Banks</b> como Tori, a mãe de Brandon - e perdendo chances de aprofundar a carga dramática do filme e explorar seus potenciais temas, que parecem estar escondidos à plena vista.<br />
<br />
Todo herói tem um ponto fraco, mas <b>Brightburn</b> tem vários. A isto, não há super poder que resista.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-DkoJk41VgeuLnq4ay_i9HMXvzpO_bM50N7ThWe8B5rQzIKaydhDdi9FQOacs7a_R70O_fPu0RAAG7aDfpx9rto8GMvfIaLioUh1Vz8Jpoo987VBp-NV3Fk_AD_ZGSsfFuJE0hrVBAY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Brightburn-Filho-das-Trevas-David-Yarovesky-elizabeth-banks-2.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-68290649397510482682019-04-18T02:59:00.000-03:002019-04-20T14:04:00.368-03:00Magnólia – Revisitando o passado, encarando Medos e o Absurdo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnhKicGo-89rS2-AH56GUdGnjChdhXIX247kbSVXBTaYnvwyKmMv6X40kfe8PPJ7yi04US-sne1sVAWm_FDrPMrR6CmzS3aEApD-MCoCL7WelQtBjWQIdydcB-H-bctno53qAQbyRiAgU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Paul+Thomas+Anderson+Magnolia+Tom+Cruise.jpg" /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify;">O terceiro filme de Paul
Thomas Anderson chega a seu vigésimo aniversário em 2019 ainda promovendo
debates e conquistando novos e velhos cinéfilos.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fazem vinte anos que uma safra incrível de filmes tomou as salas de cinema
em todo o mundo. À beira da virada do milênio, alguns dos títulos mais
significativos para a atual geração de cinéfilos vinha à tona com temáticas mais
introspectivas e reflexivas – para o mundo e para a condição humana. Entre
eles, temos Magnólia. Um dos filmes mais abundantes já realizados pela indústria
de cinema norte-americana. E quando a palavra abundante é usada dessa maneira,
é para representar toda a vida contida neste filme. A obra ainda proporciona uma
enorme variedade de possíveis leituras e surpreende por sua ambição, por sua
quantidade de camadas e por trazer impressões artísticas tão fortes de Paul
Thomas Anderson, que mira na graça do acaso para sentenciar que <b>a falta de
sentido em nossa existência é o próprio sentido da existência em si</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;">Magnólia é um mosaico de histórias, formato comumente chamado de “painel”.
Esse tipo de narrativa apresenta diversos personagens que podem se entrelaçar
ou não - cada um deles se desenvolve paralelamente para de alguma forma se acolherem
no final. No caso deste filme específico, os personagens têm marcas passadas e
anseios comuns que giram em volta de suas relações humanas e a busca por algo
que lhes traga conforto.<o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQImZPlVpDF_8VC9U8dyUOY7mjiWnhZvl-yjmCqKQ5cCA649RIZy1iFOI_46qiY5H0vKuX0t5uPVZSn-AislQnIq_VSdfsIYZ3EiNikzgCgxSCtBvBYVt2BareY_tdCufisA_4oQsqoQc/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Paul-Thomas-Anderson-Magnolia-philip-seymour-hoffman.jpg" /></div>
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;">São oito histórias particulares, duas de personagens que confrontam a
própria morte. </span>Elas<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"> trazem
chagas parecidas e buscam preencher suas vidas com algo mais, enquanto uma nona
pessoa, <b>Phil Parma</b>, enfermeiro vivido por <b>Philip Seymour Hoffman</b>, se
apresenta como contraste aos demais. Phil parece ter consciência de quem é e
demonstra satisfação com seu lugar no mundo ao mesmo tempo em que uma
correnteza de conflitos atinge a todos naquela chuvosa noite em Los Angeles. O
filme também trata disso: de insegurança, incertezas e de como existem pessoas
perdidas e insatisfeitas sob o disfarce da sociedade de aparências.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;">Nas palavras do próprio diretor em entrevista para o Charlie Rose Show,
Magnólia é um filme sobre pais e filhos, sobre quem somos, como crescemos e
somos afetados por nossas experiências em torno de tudo isso. Não atoa, PTA
pega emprestada uma referência d’<b>O Mercador de Veneza</b>, peça de <b>Shakespeare</b>, que
por sua vez é tomada da Bíblia: uma menção de que os filhos estão condenados a
pagar pelos pecados dos pais. Assim, o diretor faz questão de apresentar todas
as relações entre pais e filhos, sejam elas diretas ou indiretas, da maneiras
mais asfixiante o possível, abusa de uma trilha sonora angustiante e uma câmera
imparável para que isso seja feito. <o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW_wghGG3OfbrpazJM8U5_rbZC4B8RK1poXnrMthnKf7dYjJfedlVKOw-Lzga3cRfWNj4i9PDbn2RzX5wX1n9Hj_bjpDR6OxoJmCUWPewCEw5fNuUN_dJLTbl7auAR_db1QQHRl-UVPck/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Paul-Thomas-Anderson-Magnolia-John-C.-Reilly.jpg" /></div>
Na sequência de abertura que já se tornou bastante conhecida, Ricky Jay, como narrador, apresenta três histórias sobre a influência do acaso na
realidade: a primeira é um relato do New York Herald; Na segunda, temos uma
nota do jornal Reno Gazette, de Nevada; Enquanto a terceira e mais conhecida é
um caso contado numa academia forense para estudantes de direito. Essa
sequência é determinante para a cadeia narrativa estabelecida pelo diretor, ela
define as regras que o filme seguirá dali em diante e também determinará o
destino a ser confrontado por cada um dos personagens.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;">As três histórias apresentadas na abertura estruturam o encontro da arte com a vida real no famoso evento inesperado do filme. É quando o acaso prova seu ponto na história: não existe controle sobre a continuidade das coisas e tudo que acontece sobre a Terra está submisso ao acaso. Esse evento e as catarses
provocadas por ele diferenciam Magnólia da maioria absoluta dos filmes de
grande circuito e altos cartazes. É nesse flerte com o absurdo que Paul Thomas Anderson rompe com as doces fórmulas as quais o público está acostumado e faz questão, e ainda nesse ato demonstra que como a vida do outro lado da tela, seu filme está exposto à forças maiores. Muitas vezes a vida
conduz as pessoas pelo acaso, forçando-as a encarar situações que não estavam
dispostas a enxergar. São situações absurdas em todas as escalas, que como dito
no próprio filme, são sempre seguidas de algo como “coisas assim acontecem o
tempo todo”. Pode ser que seja verdade, que coisas assim aconteçam mesmo o
tempo todo, mas Magnólia valoriza a graça de cada um desses momentos. Na
reinvenção pessoal que cada um deles proporciona e como cada um destes sopros
de vida é uma oportunidade para romper com laços e dores, buscar uma vida
condizente com quem se é e quem se deseja ser. <o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1g7Xx750zfwEfb1bGPpUh2irzTLJG7FqoTTwbcE6w7ypnc8J1t_7Lcb3iAzPo09T51h4EdBRu7-Gwyqpnisc669M3y1FY_PCKGIoKrYIR95FrYDjYPd73rBn8W5YnWXBkjYOmrBtacHs/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Paul-Thomas-Anderson-Magnolia-.jpg" /></div>
Completando vinte anos, é fácil cravar Magnólia como uma obra-prima. Há
respaldo público e crítico para isso. Explanar o porquê de tanta aclamação é
que é uma tarefa mais complexa. Por mais que o mundo tenha dado muitas voltas
desde o lançamento do filme até os dias que passamos, ainda vivemos tempos onde
as pessoas se encontram fragilizadas e mal resolvidas com suas próprias questões.
Numa só obra, o autor condensa traição, arrependimento e, sobretudo, perdão e a
dificuldade de se perdoar a alguém e até a si próprio. Faz isso de maneira
frenética e quase que documental para que o espectador também experimente o
filme da mesma maneira que os personagens - à flor da pele - para assim também
sair transformado após os créditos rolarem.</div>
Gabriel Caetanohttp://www.blogger.com/profile/15526826140511483765noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-62808074039758059662019-04-17T23:12:00.000-03:002019-04-18T21:49:43.896-03:00Tati Leite: “Quando 90% da equipe são homens, você tem de estar consciente do seu papel”<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhChnnloe_kO-z9u4mYjL7wf56h7I69PD3XSy01JO9bvuYdw2PBVEgyLX8eAwKby6rYTsawjAlBMomUtGAGfA6OWSGCOJlM3_64jQo37xRkCa2hwAbEl9P4C9QkhGOvemIZstmTtHWAaM4/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-entrevista-Tatiane-Leite-efeitos-especiais-hollywood-.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Profissional de efeitos especiais, a paulista <b>Tatiane Leite</b> trabalha há 6 anos em Los Angeles, é ativa no mercado de trabalho e já participou da equipe técnica de grandes produções, como “Missão Impossível: Efeito Fallout” e filmes do "Universo Cinematográfico da Marvel". Nós da 365 conversamos com ela sobre sua trajetória, mercado de trabalho e adversidades do ofício. Tati dá dicas para quem está começando, comenta sobre a indústria brasileira e revela ser positiva sobre o futuro da área, mas destaca a persistente desigualdade e conta que já chegou a trabalhar em grandes projetos onde era a única mulher do grupo técnico.</div>
<br />
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWRvYnQNULTRewpC4Pa3PU16KQyuj-3y8z5ttUG7gMC9_CRHCid3KaYaiyqMiAc17XbPn2zgFeRiSqNDD4AWF1wAJSh3-cLnslI6eJrHrbCg_0a88Z4XOUflNT3nn73k56OzqGvJPrX1M/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-entrevista-Tatiane-Leite-efeitos-especiais-hollywood-capita-marvel.jpg" />Tatiane sempre foi amante de efeitos gráficos. Se formou em <b>Engenharia da Computação</b> pela <b>Unicamp </b>e, concomitante ao curso, fez iniciação científica onde o objetivo era criar uma animação 3D para dispositivos móveis. Mostrando-se fiel ao campo, seu mestrado foi desenvolver atratividade de rostos em imagem. Tati criou um sistema para deixar os rostos mais atraentes, e foi durante essa época que ela participou do <b>SIGGRAPH</b>, em Los Angeles, uma das maiores conferências de computação gráfica do mundo. Foi a partir daí que Tati viu ser possível unir dois mundos que tanto amava: <b>cinema e tecnologia</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo quando terminou o mestrado, a artista se mudou para os Estados Unidos e foi estudar na <b>UCLA </b>(Universidade da Califórnia) a parte de entretenimento que faltava para que ela conseguisse ingressar na área. A experiência também a ajudou entender o mercado e funcionamento da indústria no exterior e, principalmente, quais os papéis de cada profissional e como se encaixar nesse novo cenário muito distante da realidade brasileira. Seu trabalho mais recente chega aos cinemas ainda esse ano - o tão aguardado live action <b>O Rei Leão</b>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYfTWnJ4mRNSJnq3RziPjhRUXdCgzzLlyNfG3TJINK0k5P3Ogi2Hbi4KfjJhmTXw-yp3Fe_WwOHs_NDGR2UU5qOGabheaHaCvoQeSmdonNO8Bp7azS44UHBsWR5AtQwyD2ZUAO_Dnf9xY/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-entrevista-Tatiane-Leite-efeitos-especiais-hollywood-o-rei-leao.jpg" /></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pergunta</b>: Como propriamente
funciona seu trabalho? Acredito que os efeitos nos filmes chamam a atenção de
muita gente, mas poucos sabem como é o processo para chegar naquele resultado.</div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Resposta</b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">:</span> Meu
trabalho varia de projeto para projeto. Pode ser 3D, composição
digital, embelezamento, envelhecimento ou rejuvenescimento. Têm projetos que o
efeito final da cena só acontece quando finalizo o trabalho, e têm projetos que
meu trabalho vai para as mãos de outros artistas. Por exemplo, numa cena 3D
temos um artista que modela os objetos/personagens, depois esse trabalho vai
para outro artista que coloca os esqueletos, e então segue para outro que vai
animar esses modelos ou esqueletos, um outro que irá iluminar a cena,
renderizar... são muitas camadas de processo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pergunta</b>: Como
ingressou no mercado de trabalho? Qual foi seu primeiro grande projeto?</div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Resposta</b>: No
começo eu fazia muito freelance para cineastas independentes, então por serem
filmes independentes eu trabalhava direto no projeto, conversava com o diretor
e via qual que era a ideia para cada cena, cada shot (plano), e com
isso fui construindo portfólio e apliquei para entrar nos estúdios - comecei no <b>Lola VFX</b>. Meu primeiro filme foi da Marvel, <b>O Homem Formiga e a
Vespa</b>, que saiu ano passado, e para mim foi bem especial porque eu já era uma
grande fã. Agora lançou outro que trabalhei [<b>Capitã Marvel</b>], esse projeto é bem legal por se
tratar de uma super-heroína, e nós fizemos um trabalho incrível com o <b>Samuel L. Jackson</b>, ele está com 70 anos atualmente, e acredito que conseguimos deixá-lo 30 anos mais novo. A parte mais legal desse trabalho de Efeitos (rejuvenescer/envelhecer), é permitir aos atores serem quem eles quiserem ser, sem comprometer em nada suas performances/atuações. O trabalho [da pós produção] é tão meticuloso que passa realidade para quem assiste, sem ferir a performance. É realmente mágico como tudo isso é possível, por isso é muito gratificante quando conseguimos realizar nosso trabalho com maestria. <br />
<span id="docs-internal-guid-07c09977-7fff-f4eb-0c1a-4a7b294a24c6"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKGp34GO782DY1oHFx2Ne1Rp5hIY0xCsgZ_u6W0qCRDUN2-YbXywNiZ_8FDUt7jOILL_tBPYGyReKGtIjJVxepjH_cuev-KH7IGtAoposaNML0kkzaBJVee-lPmXuSaj98rduSYoXMqXM/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-entrevista-Tatiane-Leite-efeitos-especiais-hollywood-Samuel-l-jackson-capita-marvel.jpg" /></div>
<b>Pergunta</b>: Como é
trabalhar em um meio majoritariamente masculino? Isso já interferiu no seu
ofício?</div>
</div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b></b><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Resposta</b>:<b> </b>Eu vim
de Engenharia, então achei que já estava preparada para o que viesse, só que
me surpreendi um pouco, porque a área de efeitos especiais é bem fechada. Eu
ouso dizer que é quase mais do que em engenharia. Cheguei a trabalhar em
projetos que, por exemplo, eu era a única mulher do grupo que trabalhou no
filme, a única técnica - não a única na área geral, porque hoje existem muitas
mulheres ganhando nessa área de produção, assistente de direção, supervisoras
de roteiro, mas alguém trabalhando na parte técnica mesmo, muitas vezes você
pode ser a única. Ainda é bem restrito, eu acho que isso se deve sim a diversos
fatores que o pessoal discute, mas é um pouco triste de ver, porque é uma área
que a gente tem que ir ganhando espaço ainda, sabe? Então tudo é uma batalha,
você tem de provar valor, você cresce de maneira diferente. É um desafio
sempre. Pode ser intimidador se você vislumbra sua carreira e pensa “bom, quem
que eu vou pegar de modelo aqui? ”, e aí você descobre que não tem, não tem uma
modelo. Para você ter uma ideia, existem cada vez mais mulheres abrindo espaço, mas no Oscar apenas uma ganhou em Efeitos Especiais, e se eu se
eu não me engano, só 3 ou 4 nomeações em todos esses anos de premiação. Se você
pegar a lista de homem ali é gigantesca. Pode ser intimidador, mas não podemos
nos apegar a coisas do passado e como foram, precisamos continuar crescendo e continuar
abrindo portas, e acredito que acima de tudo, temos que estar conscientes. Então,
<b>se você entra numa equipe, abre a sala e 90% do que a compõe são homens, você
tem de estar consciente do seu papel, consciente de que você está abrindo
fronteiras, e quando abrimos fronteiras os caminhos são diferentes: você
precisa pensar diferente, tem que mostrar e provar seu talento de formas diferentes,
e isso vai dando abertura não só para você mas para outras mulheres também, que
estão vindo ao lado e que estão vindo atrás, as das novas gerações</b>. Acho que o importante é ter
consciência, saber que não está de igual para igual ainda, mas que é possível,
e temos que trabalhar para alcançar isso. Eu mesma, por exemplo, os melhores
times que já trabalhei foram os que tinham maior diversidade, não só que
tivesse um equilíbrio entre homem e mulher, mas que também tivesse uma boa
mistura, culturalmente falando. Quando se consegue colocar um monte de gente diferente
junta, os resultados que isso proporciona são incríveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Pergunta</b>:<b> </b>O que
você conhece da realidade do mercado brasileiro atual?<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Resposta</b>: Não
estou inserida e nem trabalhando no mercado brasileiro, mas eu venho
acompanhando, e o que eu posso dizer é que cada vez mais está tendo
reconhecimento, e isso é muito importante. Estamos ganhando uma popularidade de
fora também. Temos várias vertentes em que isso está acontecendo, claramente pra mim uma delas é a área que eu tenho interesse, que
minha mão de obra está mais inserida, que é no mercado de animação. Tivemos aí a
Rosana Urbes sendo premiada com a sua animação "<b>Guida</b>" no Annecy, que é o maior
festival de animação do mundo. O Alê Abreu com "<b>O Menino e o Mundo</b>" também, foi indicado ao Oscar. Outra
área que está crescendo é a de videoclipe, isso é bem legal, eles estão usando
técnicas diferentes [no Brasil], tem uns que têm histórias... está se tornando
uma área cada vez mais elaborada, com uma cinematografia melhor, com efeitos. E
a parte de filmes também, é sempre uma batalha, mas cada vez mais o Brasil está
tendo seu valor reconhecido fora e acho que isso alimenta a indústria interna
pela popularidade. Claro, não tanto quanto a gente gostaria, não caminha numa
velocidade rápida, mas sim, é um mercado crescente e promissor. É assim que eu
vejo, a gente tem muito campo para crescer, muito para melhorar, mas o fato de
já ganhar um reconhecimento é um passo enorme.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVrfKcozTz6uedpEVBhYV2tRNtA34XzVfyvCvkWtcDz5gQYOhLfANpup3YgPi4OwbIgXZNo0M4133HIgHdrj0NVmY4MoJQqI0HfoGhNtT0hzcwlK0oZRPuz_GmAjS7m7sKytYZwfOnA8Q/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-entrevista-Tatiane-Leite-efeitos-especiais-hollywood-christopher-robin-pooh.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Outra notória produção da qual Tati participou é o "Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível", de 2018</td></tr>
</tbody></table>
<b>Pergunta</b>: Tati,
qual dica você pode dar para quem está começando e pretende se consolidar na
área de pós-produção?</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Resposta</b>:<b> </b>Para
você se consolidar de fato na área de pós produção tem uma coisa que é
fundamental: você tem de gostar de aprender o tempo inteiro; não um pouco, não
é estudar e só ai começar a fazer, porque tudo se renova e essa é uma área que
muda muito rápido. A tecnologia evolui e é preciso ser versátil, então as vezes
você sabe fazer aquele efeito usando aquele determinado programa, aquele
software específico, e aí você muda para outro estúdio e não é mais aquele
software, eles não têm aquela licença ou simplesmente não gostam daquela
estrutura de trabalho e você tem de fazer a mesma coisa usando outro
programa. Tem de se permitir aprender, precisa saber fazer coisas de diferentes
maneiras, é preciso ter esse jogo de cintura para estar sempre se renovando
para permanecer no mercado. A cada dia surgem novas ferramentas, programas e
maneiras de desenvolver a mesma coisa. É necessário se manter atualizado, senão você tá fora. Por isso acho que esse é o
ponto mais importante, se você está nessa área e se essa é a área que você
quer, você tem de estar sempre se renovando, estudando e aperfeiçoando alguma
coisa, a demanda não para.</div>
</div>
</div>
Talita Saviohttp://www.blogger.com/profile/16443614728744308405noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-31749667991683828602019-04-04T13:15:00.000-03:002019-04-04T13:15:12.847-03:00Shazam! (2019) - O olhar infantil como super-poder<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMEYamf85fCqCkGgY-gwl4tHGrkIMW7S_LdGxSQE7VM8yB1l3wlwJirwOBcY-T4vbJdL1hy2APr-DQmLlJX2w9k_XT3nLW9ZJkORkFaI_JuaNaCyvSMxAt9oJrK7kHsBcjePmr384XKhyphenhyphen/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Shazam-DC-Billy-Batson-Angel-Zachary-Levi-Mark-Strong-David-F-Sandberg-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMEYamf85fCqCkGgY-gwl4tHGrkIMW7S_LdGxSQE7VM8yB1l3wlwJirwOBcY-T4vbJdL1hy2APr-DQmLlJX2w9k_XT3nLW9ZJkORkFaI_JuaNaCyvSMxAt9oJrK7kHsBcjePmr384XKhyphenhyphen/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Shazam-DC-Billy-Batson-Angel-Zachary-Levi-Mark-Strong-David-F-Sandberg-2.jpg" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Com exceção da universalmente aclamada trilogia do <b>Cavaleiro das Trevas</b>, dirigida por <b>Christopher Nolan</b>, as adaptações cinematográficas dos heróis da <b>DC Comics</b> sofrem, em maior ou menor grau, de uma certa dificuldade em acertar o tom das narrativas e personagens que busca adaptar. Nesse sentido, a missão de<b> Shazam!</b> (2019) era familiar. Porém, se contava com uma certa boa-fé do público, oriunda dos recentes sucessos de <b>Mulher Maravilha</b> (2017) e <b>Aquaman</b> (2018), tinha contra si a pouca fama e a mitologia inusitada do seu novo protagonista. Coube ao pouco expressivo <b>David F. Sandberg</b>, diretor até então restrito a filmes de terror, a tarefa de trazer o herói às telas. Poucas vezes o prognóstico desanimador de um filme se provou tão distante do seu resultado de fato. Shazam! é ótimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao reconhecer a mitologia um tanto boba do seu personagem-título, Sandberg constrói uma narrativa alicerçada nas perspectivas atípicas do órfão malandro <b>Billy Batson</b> (Asher Angel), e seu irmão adotivo <b>Freddy</b> (Jack Dylan Grazer), ambos garotos de de 14 anos. A idade do seus protagonistas faz com que o filme se dirija especialmente a um público mais infantil, suavizando complexidades narrativas e apostando em uma mensagem positiva bastante clara.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOjL34FfSZtttxNhfMtRFZG0QobyA4LP43Nd3Fj8H_bCJdF-s_z_Y5AdfKXMSHXdtynHTFqeAD5jo0mJ5BLeVpaT-txldEUKzksK1qE926Lt-lrGS2fEnqttddGv-LN0AGYHdIb8FxElgw/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Shazam-DC-Billy-Batson-Angel-Zachary-Levi-Mark-Strong-David-F-Sandberg.jpg" /></div>
Após receber poderes de um mago moribundo (<b>Djimon Hounsou</b>), Billy pode se transformar em um super-herói com corpo de adulto apenas dizendo uma palavra mágica: Shazam! Seu poderoso alter-ego é interpretado por <b>Zachary Levi</b>, que empresta todo seu carisma à figura deste ridículo (no melhor sentido) super-homem, cujo maior desafio é, justamente, ser uma criança. Utilizando poderes e atitudes heróicas como uma metáfora para o amadurecimento, o roteiro de <b>Henry Gayden</b> e <b>Darren Lemke</b> não esconde seu referencial inspirador nos saudosos filmes<i> coming of age </i>oitentistas - especialmente <b>Quero ser Grande</b> (1988) - nas peripécias do herói e seu fiel companheiro, que fazem o que qualquer criança faria com superpoderes: divertir-se com eles, usando-os para se exibir na internet, fugir da escola e até ganhar uns trocados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnegBZEh63lweDQIgLufxM8A9aKzTrFhHcS9Ae1aNJoftq3yYPk-Bk8hJQu_kU674NsDFpzxyBsaHq_KU4u_hxTHvguSI_Rz4vBRaIYdSWoyDqWBu6lmGPboHuwbqJhw3buQeVvkBq4r5E/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Shazam-DC-Mark-Strong-David-F-Sandberg.jpg" /></div>
O chamado à maturidade, no entanto, vem com a chegada do maligno <b>Dr. Thaddeus Sivana</b> (<b>Mark Strong</b>), que controla representações monstruosas dos Sete Pecados Capitais. O inevitáveis confrontos são envoltos em uma bem-vinda ingenuidade que nunca perde de vista a intenção de tornar acessível aquilo que se vê - até mesmo no sentido literal, com a fotografia limpa e sem floreios de <b>Maxime Alexandre</b>. Não há grandes explicações para a mitologia do herói, porém a simplicidade do filme não deve ser confundida com falta de conteúdo. Há, no centro de tudo, uma bem conduzida e singela jornada de autodescoberta e entendimento de mundo.<br />
<br />
<b>Shazam!</b> confirma os acertos do novo rumo da DC - o investimento em personagens, ideias e linguagens mais plurais, com a pressa em aplicar a hiper utilizada fórmula do “universo compartilhado” dando lugar à preocupação em contar boas histórias, sejam elas quais e como forem.</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-37952356863803813412019-03-21T14:26:00.000-03:002019-03-28T17:45:25.251-03:00Nós (2019) - O horror de olhar para si<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUDDz0ePt9BnhZH5Ef6vpx6X97XWM74EZMyHnBdXv7RZPp98bcdEAzEspHR-xnrJHbbD_5Qqri7nmbTQV4LCHmy0sB4d3Psx0cQqwWa8VvV9jh_q7kCmWnRxEDE6MbBQy-fHIl87SkkpU/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nos-US-Jordan-Peele-Lupita-Nyongo-Winston-Duke-2.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em <b>Corra! </b>(2017), seu primeiro filme como diretor, <b>Jordan Peele</b> sinalizou interesse em um cinema fortemente imbuído de comentário social, mas também nitidamente enraizado em referências de um cinema de gênero e voltado para o entretenimento. A combinação foi um sucesso de público e crítica, e a expectativa para o próximo filme de Peele era grande. Em seu aguardado retorno em <b>Nós</b> (2019), o diretor se mantém fiel aos elementos basilares do seu cinema e se mostra ainda mais confortável com a tarefa de equilibrar e conciliar tais viéses dentro da narrativa que propõe.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b>Após sofrer um trauma na infância, Adelaide (<b>Lupita Nyong'o</b>) retorna ao local do ocorrido com o marido Gabe (<b>Winston Duke</b>) e os filhos Zora (<b>Shahadi Wright Joseph</b>) e Jason (<b>Evan Alex</b>) para passar um fim de semana na praia. Contudo, a chegada de um grupo misterioso muda tudo e a família se torna refém de seus próprios duplos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqQqtP-j85AZlO2yvRa94zQX7ShRECTDMOBOf0KvtD5Vv-mjzSBG-SKFuNUFVPX54ccP3Cpqmf-k28t_Tr8bWm4oehbHNqWpW6xJ6WULt4MX28kpFjnCkCzR_HJ9eH07jfddM5IccRIkw/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nos-US-Jordan-Peele-Lupita-Nyongo-Winston-Duke-3.jpg" /></div>
O fascínio filosófico gerado pela figura do duplo é inegável e surge de forma bastante recorrente ao longo da história das artes, como em <b>O Médico e o Monstro</b>, clássico da literatura gótica escrito por <b>Robert Louis Stevenson</b>. Aqui, a escolha de revisitar o conceito serve à um exercício de reflexão e autocrítica que surge a partir de uma incômoda questão: O que encontramos quando realmente olhamos para nós mesmos? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A preferência pela reflexão mais ampla no lugar da crítica pontual torna o comentário social de <b>Nós </b>muito menos explícito que o de<b> Corra!</b>, criando para si um subtexto mais rico e menos taxativo. Nesse sentido, Peele demonstra ainda mais sua maturidade estética ao dar ao filme uma dimensão irônica que o desloca das expectativas do gênero de terror e
o aproxima da linguagem autoral que está criando para si, disposto a trabalhar com a mescla de ingredientes aparentemente opostos tanto como as inúmeras reviravoltas no roteiro, que não se acanha de ser tão engraçado quanto é violento. Ainda que nem sempre transite entre tais extremos da melhor forma, o comprometimento com tal recurso já é mais do que suficiente para garantir um certo frescor na sua linguagem e sua narrativa.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyy3MTzVMvV09MJSp8P6i9hriBnX4wLsQCJinaGCg70U6AyOSraWMjf1L7zeYxJNU6M-S0BmsTQES2EdGtaG0gJAQ0YomdFyXFw9PE_nCSzHCxNrgs7AER2I0eK3vsQnh0gt_nSnybV6I/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nos-US-Jordan-Peele-LupitaNyongo-WinstonDuke.jpg" /></div>
De certa forma, <b>Nós</b> parece ser especialmente endereçado à parcela do público que encarou o sucesso de <b>Corra!</b> como um indicativo de uma melhora em nossa consciência coletiva. Embora confie no poder do cinema como ferramenta de contemplação, Peele sabe que os problemas que aborda são mais profundos e complexos, mas encontrou em sua afinidade com os "filmes de gênero" uma possibilidade de entregar, mesmo à parcela mais desatenta do público, uma catarse social disfarçada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Embalado por uma potente trilha sonora e amparado por excelentes atuações - com destaque para Lupita Nyong'o -, <b>Nós</b> é a confirmação de que Jordan Peele é uma das vozes mais originais a surgir do cinema americano nesta década. Rotulado como o "próximo Spielberg", o diretor demonstra que, apesar da sua inegável bagagem cinematográfica e seu visível conforto em meio às referências estéticas e narrativas que utiliza, está mais interessado em ser o primeiro Jordan Peele. Quem ganha é o público.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaUs47PDU5aBnPw4uksJsXc00rRPdWyjiuVN6YrK1JOVR0FE2LJGkhnggad79xL4E21L1alm5lCCBz-8pDH0chpB6EjsYspKosT7hOjdPSqdHPKKZid0Yfcv8gj_1KU0PXxNzMqsfWN9Q/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Nos-US-Jordan-Peele-Lupita-Nyongo-Winston-Duke.jpg" /></div>
</div>
Pedro Mendeshttp://www.blogger.com/profile/12571583102909580314noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-49682971403270010582019-02-20T19:14:00.000-03:002019-02-20T20:42:35.983-03:00Roma – as memórias de Cuarón expõem um tecido social delicado e opressor<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFoHWAc0qtuLo5mUnvsL0IJr5RxiYLOJTgno52X2PX9M-N-xxOP1CNcZaQpXdAoCf0rM8OEzLlSkCg_P0pjFMTpPMDw0UKxFLiiz4gggRDGzHAVtfucEuz7UOZhr5xKRdXYpYn9jNOhs0/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Oscar-2019-Alfonso-Cuaron-Roma-Yalitza-Aparicio-Marina-de-Tavira-Mexico-Netflix-3.jpg" /></div>
A arte pode servir à diversas finalidades, consideramos seu contexto para entender qual lugar de uma obra no mundo, para a arte, para a sociedade e para a história. Com a proximidade da principal premiação da temporada, a poeira da polêmica parece finalmente ter baixado sobre <b>Roma</b>, que (assim como <b>Infiltrado na Klan</b>) faz opção pelo confronto, ainda de maneira subjetiva, para desmascarar o falso moralismo que acerca nossos costumes.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme começa com uma câmera estática apontando para o assoalho de uma garagem enquanto é lavada. A medida que água e sabão escorrem pelo piso, são notados reflexos de aviões que voam pelo céu da Cidade do México. Lentamente, essa câmera se move para revelar <b>Cleo</b>, uma moça de raízes indígenas que trabalha como criada na residência de uma família classe média-alta, residindo num pequeno cômodo aos fundos da casa. A partir dali, se desenrola a sua história, que é a mesma de milhares de mulheres do terceiro mundo como numa espécie de manifesto pela igualdade, justiça e fim da exploração no trabalho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIq1Vck5AYqsE0U97c9Gp1X0BsXIlLwW9uiWhfq7elyRYMgER2o5IHsNnPlb89rZStKg49PhMN745rLprrsFwi_LdDkrWtrdoqOTAPs3P_9s-JdXa-psx9-u0qrMN4Cr9t4UyNXwC1EXM/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Oscar-2019-Alfonso-Cuaron-Roma-Yalitza-Aparicio-Marina-de-Tavira-Mexico-Netflix.jpg" /></div>
Cleo trabalha diariamente servindo seus patrões. Acordando cedo, preparando as quatro crianças da casa para a escola e fazendo as obrigações de limpeza e cozinha da família. Todos os dias, só se retira para descansar quando as luzes da casa de seus ‘senhores’ estão apagadas. Entre sorrisos, abraços e beijos daqueles com quem ela partilha seu tempo e se dedica a cuidar, também é repreendida com exaltação e rancor por Dona Sofia, chefe da família que acabara de ser deixada pelo marido que foi viver com a amante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrVbIc7LEZcNvcMsACt05WbLUx8fNw_sEn1xllbioaAjq2mtcgr8yOiSh6bMg02k2PGmxe9FR_oP7x-OWL281ZFrJwDIznWi_zg7ghGDDXOxLMdNq06DA6FneFURHnk0r9FBcjXKPNTaM/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Oscar-2019-Alfonso-Cuaron-Roma-Yalitza-Aparicio-Marina-de-Tavira-Mexico-Netflix-4.jpg" /></div>
Concebido à partir das memórias de <b>Alfonso Cuarón</b> em sua infância, o título do filme é uma referência à <b>Colônia Roma</b>, distrito localizado em Cuauhtémomoc (que, por sua vez, é uma das demarcações territoriais da Cidade do México). O diretor dedicou inclusive, assim como fez nos créditos, o <b>Leão de Ouro</b> que recebeu no <b>Festival de Veneza</b> à <b>Libo </b>(Liboria Rodriguez), a real inspiração para Cleo, que cuidou do diretor em sua infância. O filme se passa na aurora dos anos 70, entre cartazes da Copa do Mundo espalhados, há também uma tensão permanente nas ruas da cidade que culminaria no <b>Massacre de Corpus Christi</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há muito coração em cada tomada do filme, muito disso é transmitido em função da fotografia preto e branco que, além de ambientar a época, acentua a concretude de sua história. As escolhas estéticas do diretor forçam, primeiramente, a imersão no universo daquela família. Não demora muito até que o espectador comece a se familiarizar com todos os cômodos da casa e com cada indivíduo que vive ali. Então, <b>o longa faz crescer o desconforto no espectador ao expor Cleo a takes longos e lentos</b>, sempre afastada da câmera que está em constante movimento para acompanhar seu permanente serviço.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqbZ8JDXOpHtEc7WrwF74irYZWPiaN18LGZzLAi7Utqi3tEOH8InhhlvjdpYxgETc_5XV7oI4NEEYPAN2gu3Z1naAWAy8qzIEMXCBDzx6ubTYALTPeqCEhdlk9bnvsCmbRcKsXg9x2k0/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Oscar-2019-Alfonso-Cuaron-Roma-Yalitza-Aparicio-Marina-de-Tavira-Mexico-Netflix-5.jpg" /></div>
Em sua primeira hora, Roma investe em desenvolver o universo em que se passa o filme para depois descarregar uma verdadeira tormenta de angústia. A partir do momento em que Cleo é abandonada por seu namorado no cinema e recebe a confirmação de que está grávida, ela se sente cada vez mais sufocada, sem deixar a subserviência. O mundo a sua volta a acompanha, as agonias de todos correm simultaneamente. Em uma obra como Roma, não se deve reduzir o filme a continuidade linear das situações, quando cada olhar, cada ordem da casa para Cleo que o autor coloca em cena e especialmente em cada vez que Cuarón funde a inocência dela com a das crianças - Toño, Paco, Sofi e Pepe – tem muita importância para assimilar toda a vida em ocorrência. Num momento especial, a empregada canta <b>“Eu gostaria de ter tudo para colocar aos seus pés, mas nasci pobre e você nunca vai me amar”</b> enquanto trabalha, antes de se fingir de morta e “gostar” ao brincar com Pepe.</div>
<div style="text-align: justify;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTTZoZ7IIPGe8N-GGTXKNRS-LtKK9CKu-jfaaGxGj8xNpvn8PA65AJeefDRQEgd1Y_ufHFZYjeDJaLRhyE2yU7hJZg39D-UxVHBPKRpZSU4xRysRS4b62pKLlk2Wi2_jOAVW_8ng558N8/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Oscar-2019-Alfonso-Cuaron-Roma-Yalitza-Aparicio-Marina-de-Tavira-Mexico-Netflix-2.jpg" /></div>
Mesmo que apresentado e comentado por parte da crítica como um filme mais técnico que qualquer outra coisa, Roma é um retrato da vida abaixo dos trópicos que se abre para uma discussão sempre conveniente – acerca de nosso respeito para o próximo e de como esse comportamento vulgar pode se fazer raiz de nossos principais males enquanto sociedade. Mesmo que se tratando das memórias de seu autor, a família de Roma, nos anos 70 (período marcado pela repressão em todo o continente), é um perfeito microcosmo de como a ibero-américa ainda lida com a desigualdade e as relações humanas. Ao que parece, há muito o que ser discutido, sobre Roma e sobre nossas vidas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.365filmes.com.br/" target="_blank"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipEC_arvWjoagJwcBnttwrezlSUBdYmYi1MIIh6HIvVH2i3G059geLBqB3K3LLRkTpKfYpQMRQUPj-whkDKSZt5mLDzv-ITJsESjRRYc5Z_5ZQFpEzSoZEyjzSlldDNOGr_JmeOs4TIQQ/s1600/Banner-Loja-365-Tres-Meia-Cinco-Filmes.png" /></a></div>
</div>
Gabriel Caetanohttp://www.blogger.com/profile/15526826140511483765noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-51553683707204903322019-02-08T23:11:00.002-02:002019-02-08T23:11:57.429-02:00Uma juventude perdida e efervescente: "Mid90s" é sobre Ser e Pentencer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7z5SB30RboIt0UX8z7Ujcd2WlUrRlqVTnyiEvyqDzFMETZioK3hsTGzJfOf1du7qSPujdbZXkdfpTYaX12XeSnPRpqvmDZ-KMFxrk2mus97_lvrr_LbIajrOioVcyCom-erv_-J8hPBE/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Jonah-Hill-Mid90s.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das necessidades básicas da humanidade é o <b>sentimento de pertencimento</b>. Precisamos de quem nos acolha, nos entenda e nos aceite exatamente como somos. Na infância ou adolescência, é quando esse sentimento emerge de maneira mais profunda. É a fase onde somos capazes de cometer as maiores irresponsabilidades em função de agradar os amigos ou uma paquera. Em seu primeiro filme como diretor, <b>Jonah Hill</b> nos traz essa reflexão sob a perspectiva de uma criança (<i>Sunny Suljic</i>), <b>Stevie</b>, que cresce em meio a uma gangue de skate. <b>Mid90s</b> é um belo <i>coming of age</i>, cativante e que explora uma gama incrível de sentimentos do espectador, mas ainda assim enfrenta problemas de concepção.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mid90s</b> não se escora em qualquer nostalgia para contar uma história
honesta sobre como a juventude pode ser inquieta entre as festas e decepções. O roteiro e a cinematografia
do filme captam muito bem um espírito noventista de MTV, mostrando uma juventude enérgica,
porém desnorteada e sem qualquer vínculo com a realidade. Crescer naqueles anos era
também dedicar parte do tempo aos sonhos (de ser rockstar, jogador de futebol,
estrela do cinema...) que certamente iriam se concretizar. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1WJ6hj13kVegEjyO-512bCei3fhAF-pRAQI2veN2fvScRnW8XrnoT10aX_Ps8IyQDWzWiwDF6rMEca-A0fa0Gk8Ai6hQDl-pQoXCh03zYeSy3q4K58v9smJMU-RUMri3lB6__-TzMUKQ/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Jonah-Hill-Mid90s-2.jpg" /></div>
<span style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><i>Ray</i></b></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> (Na-Kel Smith)</i> é o personagem mais interessante da história, um
skatista amador que vislumbra uma carreira no esporte e, destoando de seus
companheiros, enxerga a vida de maneira responsável. Ele age como a consciência
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stevie</i>, aconselhando o pequeno
amigo que, normalmente, se sente injustiçado e tenta a todo momento se auto afirmar
pela rebeldia. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ray</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stevie</i> desenvolvem uma relação
interessante contrapondo especialmente dois de seus parceiros: <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Fuckshit</b> (Olan Prenatt)</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Ruben</b> (Gio Galicia)</i>. Há também <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Fourth Grade</b></i> (Ryder McLaughlin), o mais
calado e alheio deles, e o irmão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stevie</i>,
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Ian</b></i>, vivido por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lucas Hedges</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mesmo que a tendência a associação
e agrupamento seja um comportamento comum ao longo de toda a vida, é na
juventude que isso exerce um papel fundamental na construção da imagem do
indivíduo. Para viver a adolescência, o jovem confronta sua família, desafia
autoridades e pinta o que for necessário em busca de reconhecimento e aprovação
social. É nessa transição de fases que começamos a experimentar as alegrias e dores que estão por vir. Aos olhares dos personagens de Mid90s, eles estão vivendo o grande
momento de suas vidas – e o que eles têm para eles, são uns aos outros.
Contando sua história, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jonah Hill</i>
encarna o machismo tóxico em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ruben</i>;
em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fuckshit</i>, há a irresponsabilidade
mais autodestrutiva de todas; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ray</i> tem uma visão de mundo séria e centrada, sabe a hora de brincar e a de falar sério<i style="mso-bidi-font-style: normal;">; Fourth Grade</i>
sabe de suas limitações, mas vive a paixão pelas filmagens e se dedica a ela; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stevie</i> só quer ser amigo dessas pessoas.
Entre os passeios de skate, batidas policiais e festas com as garotas, eles
fazem escolhas, e todas elas trazem consequências.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtOwhRCHC3w0F4H4iyZux0-2cYCfz0pR-sM9IfGV4u0x6lsnJldXNX6ATgQ62W8gu1abCMi2zRnyqknXg79CuUDplUucFrBn7N2gd5uzmFFFJX5Q_MMt_nQzZpy580BRGphSWHM32YWV0/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Jonah-Hill-Mid90s-3.jpg" /></div>
É verdade que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mid90s</b> não é bem o melhor filme que
poderia ser, mas é bem estruturado e em seus pouco menos de 90 minutos explora
bem as vontades e incertezas que até hoje vivem intimamente com quem passou por aqueles anos. É agridoce, tal qual sua proposta. Como obra, havia mais o que se desenrolar, a execução de ar
documental não é tão bem sucedida e presta um serviço banal ao tratar do modo como <i>Stevie </i>se sente. Isso empobrece o que o filme tem de melhor – que são os laços da juventude com a inocência. Todavia, seus pontos favoráveis são maiores que isso. <i>Jonah Hill </i>soube trabalhar com competência os ares da vida antes da internet e desenvolver uma história bem resolvida sobre o entendimento do adolescente para sua (ir)responsabilidade com vida e as pessoas ao seu redor.</div>
Gabriel Caetanohttp://www.blogger.com/profile/15526826140511483765noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7671861043713676566.post-21227755992208126602019-02-08T21:29:00.000-02:002019-02-08T22:33:58.602-02:00A Trajetória de Hannibal Lecter no Cinema<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6B_6L93wKWCoz4XkWnFxbG-pUqbXfiq9QHz4Q4Q0aRChL5PzAIBNojaTNKnGy5PL7QRdMIThDPSJshqEkgPKSkc-qgMw9VbbBfDqPkgRKWP4EOOkE2N2dOxXrGyWFSYFhWAbQ_4QvSVo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins.jpg" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>Hannibal</b>, ou respeitosamente dizendo, <b>Doutor Lecter</b>, é um perfeito exemplo de personagem antagônico do cinema. Dividindo opiniões do público desde sua primeira exibição, Hannibal foi tão bem construído e desenvolvido que desperta ódio, compreensão e até mesmo pena nos espectadores. Mas como um personagem com tantas... peculiaridades e feitos dignos de um psicopata conseguiu se tornar um anti-herói e ainda conquistar carisma? A resposta é a mesma que fez <b>Clarice Starling</b> ficar dividida em suas decisões: apesar de toda criatividade para perversidade, Hannibal carrega traços de humanidade. E mais para frente, depois da trilogia estrelada por <b>Anthony Hopkins</b>, tivemos um <i>prequel</i> (<a href="http://www.blog.365filmes.com.br/2017/05/spin-off-reboot-sequel-prequel-remake-entenda-a-diferenca.html">falamos sobre essa e outras terminologias aqui</a>), ou seja, um filme exclusivo para contar a “história antes da história”, que mostra a juventude de Hannibal, onde se esforçam para explicar suas motivações.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH2ePIuVUFKCVm6l8S2h7-pmJmeR9McGUsSlRCcCs9Xcw3YGZBGZSjHsMnjA6szzMbx83WP_JbWaEhI-di9kVV2BgA5eSZwZsO2WDJknSmMF-UNWMNk32cVZwEKM8zTRLYgnmnUXEcaE8/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-Brian-Cox-.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O ator escocês <b>Brian Cox</b> vive Hannibal nessa primeira adaptação para o cinema.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Sua carreira é longa. A aparição inicial de Hannibal nas telas foi em 1986, em um papel secundário. Se tratava da primeira <b>adaptação</b> de <b>Dragão Vermelho</b> – ou <b>Caçador de Assassinos</b>, como veio para o Brasil. O livro já tinha sido lançado em 1981 pelo autor responsável por toda série do Dr. Hannibal Lecter, <b>Thomas Harris</b>. Ao todo são quatro livros, que ganharam adaptações cinematográficas na ordem em que foram sendo lançados, mas que não é a ordem cronológica da história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa estreia do personagem no cinema, sua notoriedade é ofuscada pela presença de <b>Will Graham</b>. O filme prioriza o agente do FBI e seu esforço na caça de um serial killer que está amedrontando toda cidade e desafiando a polícia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIuUWBPBmWB_fDts-d1v_LkTQuOvjeaqyO3DENDT4qvLiFK7xjxfS4pHpptNGe94rieDrV8grNu8ZqwnZOKxSmlqrPkMUv0278Usay2knU7-RqetLB0Nnh3tNjo5a5NRf1gIgcGXc8YiM/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-Silencio-dos-Inocentes.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foi pelo papel do Dr. Lecter que Hopkins conquistou seu <b>Oscar</b> de <b>Melhor Ator</b>.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O sucesso de Hannibal acontece de fato em <b>O Silêncio dos Inocentes</b>, de 1991 (primeira e única adaptação do livro de 1988). Indicado a <b>sete categorias do Oscar </b>e vencedor das cinco principais, o longa é até hoje o único do gênero suspense a levar a estatueta de Melhor Filme. <b>Jodie Foster</b> protagoniza um dos papéis mais memoráveis de sua carreira, a eterna detetive <b>Clarice Starling</b>. Dirigido por <b>Jonathan Demme</b>, a produção também ficou conhecida por não poupar cenas de grande destaque para chocar o espectador, acompanhadas por diálogos intensos e sagazes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Anthony Hopkins se preparou para o papel com tudo o que teve direito: visitou prisões, estudou os arquivos que disponibilizaram acesso sobre assassinos em série e participou de julgamentos referentes a casos de serial killer. O ator assumiu com maestria o personagem e, mesmo ficando em cena por cerca de <b>apenas 17 minutos</b> em todo filme, Hopkins desenvolveu características particulares e marcantes para o antagonista, como a escolha por piscar poucas vezes em cena, com o propósito de mostrar o quanto o psicopata é observador e atento às expressões, movimentos e detalhes que o cercam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ator conseguiu criar um arco dramático tão interessante e cheio de particularidades para o canibal que "O Silêncio dos Inocentes" influenciou outras produções do gênero suspense moderno e o personagem, com insanas oscilações de humor dentro da sua loucura, provou que nem sempre o vilão precisa mostrar seu lado humano, injustiçado ou sofredor para ganhar a simpatia do público.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC435X-RMtSPvIJKgS_eYL6_G7R-DhTgMJlwuarrKsx284y4U_V3COI-JHps0aDiasoHvtZoGGKbQUPmM4qoQccmWcvP9BXovwAJO_1Vn23UIqoxWrelqEhdsvhUCUkqvVG0RLIRBlV2Y/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-3.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hannibal, mesmo em meio a sua insanidade, demonstra em poucas cenas uma certa afeição por Clarice.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O autor-criador de Hannibal, Thomas Harris, demorou 10 anos para lançar a sequência de "O Silêncio dos Inocentes". Só em 1999 foi apresentado ao público o livro “Hannibal”, no qual, enfim, Dr. Lecter assume o protagonismo. A história parte do contexto onde deixou em aberto: Hannibal está há sete anos foragido da polícia, trabalhando confiante e despreocupado na biblioteca de uma rica família na Itália. Já Clarice Sterling nunca mais se esqueceu de suas conversas com o psicopata, e vive sendo atormentada pela lembrança da voz de Hannibal em sua mente. No entanto, para o milionário <b>Mason Verger</b>, uma vítima sobrevivente ao ataque do psicopata, também é impossível se esquecer do criminoso, já que carrega marcas pelo corpo e um rosto totalmente desfigurado. Verger nunca desistiu de se vingar, e a partir de sua constante investigação, ele descobre que a única maneira de encontrar Hannibal é usando Clarice como isca.</div>
</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
O filme foi lançado em 2001 e teve mudanças radicais no corpo da produção, Jonathan Demme decidiu não assumir a continuação por considerar a história mais violenta que a anterior, e Jodie Foster preferiu ficar de fora justificando que tinha projetos para dirigir um filme seu – mas existem rumores sobre a atriz não ter aprovado o final da história e o destino de sua personagem. Demme foi então substituído por <b>Ridley Scott</b> (de "Blade Runner" e "Alien"), e <b>Julianne Moore</b>, superando fortes candidatas como <b>Cate Blanchett</b> e <b>Sandra Bullock</b>, ficou com o papel da detetive.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre há algum comprometimento com a produção quando um personagem já marcado no imaginário do público é substituído pela imagem de outro ator na continuação. O papel de Clarice Starling é disparadamente mais otimizado nesse filme e sua relação com Hannibal é posta como paradoxal, colocando constantemente a prova os valores da personagem. Ridley Scott procura seguir a qualidade do filme anterior, e consegue, na medida do possível, entregar ao público uma sequência coerente com ênfase no que os espectadores tanto esperavam que fosse mais exposto e desenvolvido: a inteligência macabra de Hannibal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvp0bZ7InuhBkG8IuOUpqGUL_XEcX8BHVtERRwQcYf3FW5Loq0L_BmU7cdsS4msc6l3VmuUuXcyZgYgT1R_NDxAXoRXBNHDk8qqo7TrJ7YRXqFT3EJIolnixtGC43zR4TIxVF-TcpcQLk/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-edward-norton-red-dragon-dragao-vermelho.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As duas versões de Dragão Vermelho tiveram o mesmo diretor de fotografia, <b>Dante Spinotti</b>.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Com receio de dispersar o público – já cansado por esperar 10 anos para uma continuação -, e incrédulos com o lucro que a sequência arrecadou (cerca de US$ 350 milhões cobrindo rapidamente o orçamento de US$ 80 milhões), os produtores decidem por fazer um <b>remake</b> de "Dragão Vermelho". Estreado em 2002, o longa se trata de um <i>prequel</i>, contando a história que antecede ao "Silêncio dos Inocentes". O detetive do FBI, Will Graham (<b>Edward Norton</b>), é o responsável por prender o ex-psiquiatra Hannibal, mas quase é morto pelo psicopata na tentativa de capturá-lo. Após o incidente, Will se afasta da agência onde trabalhava, mas se vê obrigado a voltar ao cargo quando uma série de assassinatos começa a apavorar a população e não há nenhum policial capaz de encontrar um suspeito. O detetive sabe que a única maneira de achar o criminoso conhecido como “Fada do Dente” (<b>Ralph Fiennes</b>) é contando com a ajuda de Hannibal para compreender o raciocínio desse serial killer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Brett Ratner</b> ("X-Men 3", "Hércules") assume a direção. O filme é o de menor sucesso e reconhecimento da trilogia estrelada por Anthony Hopkins, mas o papel desempenhado por ele segue o mesmo “padrão de qualidade” dos anteriores. Nessa última aparição de Hopkins com Hannibal, ele divide o protagonismo com Will Graham. A relação entre os personagens é um ponto forte na trama, o detetive parece estar sempre ligado na perspicácia do psicopata que, por sua vez, também enxerga inteligência em Graham.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A interdependência entre os dois também é desenvolvida na série de TV “Hannibal”, de 2013 – disponível na Netflix. O drama abre espaço para relançar o universo de Hannibal, mas a produção procura explorar a relação entre as duas fortes personalidades <b>psicopata-detetive</b>. O objetivo do roteirista <b>Bryan Fuller</b> era usar como pano de fundo a premissa de Dragão Vermelho, mas potencializar o jogo de gato e rato, trazendo novamente uma personalidade já consagrada no imaginário das pessoas, com a finalidade de reafirmar a empatia do público pela figura, explorar os jogos mentais do psicopata e desvendar a relação perturbadora entre os dois personagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="MsoHyperlink"><o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq1FLKpjnUnlKy8GE6CaCAFb_VsuYE707loA4eZsefU43DBsjDx9liaBDP-3jzNZ1wOwh0tjXCKUUhcwcr8GOEtVU01nwQNgrgvW47nzUOvnACfdGV6W4FibCnXujGGmv4_hlzEDK1Vpo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Gaspad-Ulliel.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Take do filme "Hannibal - A Origem do Mal", no qual o ator <b>Gaspard Ulliel</b> remete a clássica cena de "O Silêncio dos Inocentes".</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O escritor foi desenvolvendo o personagem conforme escrevia os livros, por isso as obras não são em ordem cronológica. A fim de trazer uma motivação aos atos de Hannibal, em 2006 Thomas Harris lança "<b>Hannibal – A Origem do Mal</b>", que logo vira produção cinematográfica, estreada em 2007. O ator <b>Gaspard Ulliel</b> (protagonista de Saint Laurent) fica responsável por dar vida ao jovem Hannibal, e <b>Peter Weber</b> (diretor de "Moça com Brinco de Pérola") tenta guiar essa filmagem. A premissa é simples: após nosso protagonista vivenciar um episódio traumático, ele sai irreconhecível desse acontecimento, todo o resto do longa metragem tem como finalidade justificar o perfil psicopata de Hannibal. Numa tentativa de dizer “ele é louco, mas nem sempre foi assim” o autor prejudica a saga e foge totalmente da construção que Anthony Hopkins tanto pleiteou para termos do personagem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com vilões sem motivação, romance forçado e excesso de sentimentalismo, o filme soa como uma fanfic ou até, talvez, de um ponto de vista positivo, como uma história nova, sem nenhuma ligação com as anteriores. Rompendo totalmente com o universo de "O Silêncio dos Inocentes", podemos consumar elogios no esforço de Gaspard Ulliel em recriar os gestos de Hopkins e no fato do filme ser tecnicamente razoável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eternizado como Hannibal, Anthony Hopkins revelou em uma entrevista em 2016 à revista americana Entertainment Weekly que se arrependeu de ter aceitado fazer Hannibal. 10 anos depois de "O Silêncio dos Inocentes", o ator ainda diz que deveria ter ficado apenas no primeiro filme da saga. É inegável que o serial killer é o principal personagem de sua carreira, e esse é o ônus por interpretar um antagonista com absurda competência, assim com <b>Jack Nicholson</b> o fez em "O Iluminado" e <b>Anthony Perkins</b> em "Psicose". O papel será sempre associado ao ator e seu espetáculo de performance ultrapassará gerações, o que podemos supor ser improvável que o público aceite uma nova atuação que ouse substituir Hopkins em um possível remake.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivD6rGdw12cPF6llm7uEVj0VdMrKKoNJIUkubp9pTZlFvssvBoeCxR3AYN7CISl-a6QpQ9YEOiCZlSk3GDrB9Tup472S0N7PERqouSox_-0GXQMlAIgEQWWTdNvJXQGKiplHGWD-M3GIo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivD6rGdw12cPF6llm7uEVj0VdMrKKoNJIUkubp9pTZlFvssvBoeCxR3AYN7CISl-a6QpQ9YEOiCZlSk3GDrB9Tup472S0N7PERqouSox_-0GXQMlAIgEQWWTdNvJXQGKiplHGWD-M3GIo/s1600/365-Filmes-Tres-Meia-Cinco-Trajetoria-Hannibal-Lecter-Cinema-Anthony-Hopkins-2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Como um dos vilões mais temidos de todos os tempos, Hannibal permanece na fantasia dos fãs. O serial killer cheio de singularidades, mesmo depois de anos, continua divergindo pontos de vista sobre seu temperamento, e como personagem bom é aquele que manipula o próprio público, ele é lembrado pelos cinéfilos como o exemplo perfeito de vilão contraditório, inspirando novas figuras do gênero e movendo análises que tentam explicar o efeito Hannibal com o mundo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.365filmes.com.br/" target="_blank"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="723" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipEC_arvWjoagJwcBnttwrezlSUBdYmYi1MIIh6HIvVH2i3G059geLBqB3K3LLRkTpKfYpQMRQUPj-whkDKSZt5mLDzv-ITJsESjRRYc5Z_5ZQFpEzSoZEyjzSlldDNOGr_JmeOs4TIQQ/s1600/Banner-Loja-365-Tres-Meia-Cinco-Filmes.png" /></a></div>
</div>
</div>
Talita Saviohttp://www.blogger.com/profile/16443614728744308405noreply@blogger.com