![banner em tons de amarelo com a hashtag #valorizeocinemanacional com imagens de vários filmes brasileiros no fundo](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFAoproH2dR2c0Ock9i5hOmmi7eHQqdAvzHAgGHgLpb5AYXZJJAMcA5rabwI-tYOB84J67j91m0h64JQIisK6TKRqq-4hz709OvI_Afofj9a58IYpstn8JUE04Vf0twGq34euk6IwWspxS/s1600/365-Filmes-Valorize-o-Cinema-Brasileiro.jpg)
Dia 19 de Junho é Dia do Cinema Brasileiro! Como amantes confessos e em homenagem à data, listamos 25 filmes, de diferentes épocas e gêneros, que ilustram a diversidade e riqueza de nossas produções.
Cultura vasta e plural que encontra no cinema uma
forma de expressão. Sim, nós produzimos e continuamos produzindo obras
encantadoras. Há uma imensidão de filmes a seres explorados para além
das grandes bilheterias, e a internet vem nos ajudar no acesso a estas
obras, muitas vezes relegadas a um papel coadjuvante.
Dedicamos esta
lista tanto a quem está dando seus primeiros passos no conhecimento do
Cinema Brasileiro como a quem já tem por ele um grande apreço. Ao final,
deixe também suas sugestões!
1. O Lobo Atrás da Porta
(Fernando Coimbra, 2013)
![personagens do filme lobo atras da porta em cena de close da face da personagem principal com homem ao fundo](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Lobo-Atras-Da-Porta.jpg?7916232164199441020)
Pérola recente do cinema brasileiro, premiado nacional e
internacionalmente, O Lobo Atrás da Porta - longa de estreia do
promissor Fernando Coimbra - inspira-se no famoso caso policial da Fera
da Penha pra criar um suspense dramático de final assustador.
Protagonizado por uma Leandra Leal madura, o longa encontra grande força
na individualização de seus personagens e mantém-se envolvente em toda
sua duração.
2. Doméstica
(Gabriel Mascaro, 2012)
![quatro cenas em sequencia do filme doméstica onde a camera parece estar escondida filmando a personagem principal](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Domestica-Gabriel-Mascaro.jpg?3562039517295857161)
Documentário essencial do prodígio cineasta pernambucano
Gabriel Mascaro (Um Lugar ao Sol, Ventos de Agosto). Foram entregues
câmeras a sete adolescentes para que registrassem sua empregada
doméstica por uma semana, e o resultado expõe as relações de trabalho no
ambiente familiar com um olhar intimista que se converte, em muitos
relatos, como este, em uma experiência inquietante.
3. Elena
(Petra Costa, 2012)
![mulheres boiando na água em cena do filme elena](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Elena.jpg?3562039517295857161)
Dirigido por Petra Costa em memória à sua irmã, Elena é um
documentário poético com uma linguagem bem intimista e própria,
intercalando arquivos pessoais com belíssimos textos e imagens. Além de
toda a viagem reconstruindo os passos de Elena, o documentário ainda dá
margem a um olhar delicado sobre o suicídio. Passou por diversos
festivais e foi ovacionado em sessões mundo afora.
4. O Som ao Redor
(Kleber Mendonça Filho, 2012)
![cabeça de um homem imersa em uma cachoeira de sangue em cena do filmes o som ao redor](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Som-Ao-Redor.jpg?3562039517295857161)
O prolífico cenário cinematográfico
pernambucano vem produzindo obras grandiosas. Entre elas está o premiado
"O Som ao Redor", o primeiro longa de Kleber Mendonça Filho (Aquarius), que se
consagrou na função de crítico, na realização de curtas e média
metragens ficcionais e documentais e no gerenciamento do Cinema da
Fundação em Recife.
O filme
lança um olhar sobre a ascendente classe média brasileira, seus medos e
anseios. Ainda que ambientado em Recife, a trama retrata uma realidade
do cenário urbano das grandes cidades do país. O reconhecimento
internacional ajudou a projetá-lo no mercado interno, mas a obra teve,
infelizmente, uma distribuição modesta.
5. O Palhaço
(Selton Mello, 2011)
![selton melo vestido de palhaço com o nariz de mentira na testa em cena do filme o palhaço](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Palhaco_5f148f38-7eb5-458c-980d-a9db747ee57d.jpg?3562039517295857161)
“Eu faço todo mundo rir, mas quem é que vai me fazer rir?”
O
segundo longa de Selton Mello (Feliz Natal, 2008) narra a crise do
palhaço Benjamim (papel que foi cotado para Wagner Moura e Rodrigo
Santoro, mas que devido à agenda cheia dos atores, ficou com o próprio
Selton), do itinerante Circo Esperança, que acredita ter perdido a
graça. O diretor e ator comentou que a ideia para o filme veio de uma
crise na carreira de ator vivida em 2009.
6. As Melhores Coisas do Mundo
(Laís Bodanzky, 2010)
![adolecentes reunidos em uma festa em cena do filme as melhores coisa do mundo](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-As-Melhores-Coisas-Do-Mundo.jpg?2334723538492032052)
Poucos filmes conseguiram abordar tão bem a fase da adolescência como esta obra de Laís Bodansky (Bicho
de Sete Cabeças). Fase de transformações, dúvidas, descobertas, amores e
primeiras experiências sexuais. Clichês aqui são não só bem vindos como
necessários a uma trama honesta que emociona e diverte. Preciosidade e
grata surpresa de nosso cinema.
7. Jogo de Cena
(Eduardo Coutinho, 2007)
![fernanda torres em eum teatro vazio em cena do filme jogo de cena](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Jogo-De-Cena.jpg?15134095288675386840)
Com um simples anúncio em um jornal, Eduardo Coutinho nos
convida a um jogo em que atrizes interpretam mulheres "comuns" atuando.
Todas as histórias são narradas por mulheres e trazem casos dramáticos
de força e persistência.
O diretor mais uma vez se reinventa e
consegue quebrar barreiras entre a verdade e a ficção, brincando com a
curiosidade do espectador e com a regra da representação da verdade do
gênero documental.
8. Estômago
(Marcos Jorge, 2007)
![mulher engasgada enquanto cozinheiro a acode em cena do filme estomago](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Estomago.jpg?2334723538492032052)
Com histórias em momentos diferentes contadas simultaneamente,
Estômago vai ganhando corpo enquanto conhecemos e somos cativados pelo
personagem Nonato (João Miguel), tal como as pessoas a seu redor foram. Nonato foi
para a cidade grande buscar uma vida melhor, e lá conseguiu o trabalho
de faxineiro em um bar. Seu talento para a cozinha foi reconhecido pelo
dono de um restaurante italiano, que o contrata para desenvolver seus
dotes culinários. A história então se desenrola sem caminhar para uma
romantização típica de filmes de culinária. O prazer e a arte de
cozinhar estão ali, coroados com uma bela trilha, mas os contrastes
sociais dão outro tom para este excelente filme.
9. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
(Cao Hamburguer, 2006)
![menino olhado pela janela traseira de um fusca azul em cena do filme o ano em que meus pais saíram de férias](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Ano-Em-Que-Meus-Pais-Sairam-de-Ferias.jpg?14053491061570966820)
Cao Hamburger, que já havia ganhando experiência e reconhecimento na
direção da série Castelo Rá-Tim-Bum, tem em mãos um tema delicado.
Abordar questões de grande relevância histórica – a ditadura militar –
pela ótica de uma criança. Sua experiência na direção de elenco mirim
foi sem dúvidas determinante para se chegar a um resultado tão bem
executado. Poucos filmes obtiveram êxito em abordar esta temática com
tamanha sutileza.
10. Cinema, Aspirinas e Urubus
(Marcelo Gomes, 2005)
![dois homens de braços cruzados a noite em cena do filme cinema, aspirinas e urubus](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Cinem-Aspirinas-e-Urubus_36b28438-5d66-4068-af3c-654507c13ad8.jpg?14053491061570966820)
"- Esse lugar é pobre e seco.
- Pelo menos, não caem bombas do céu".
Nos anos 40, um alemão refugiando-se da 2ª Guerra Mundial vendendo
aspirinas no interior do Brasil e um nordestino querendo sair daquele
“fim de mundo onde nem a bomba chega” compartilham uma viagem pelo
sertão nordestino, muito bem representado em uma fotografia crua e
intencionalmente estourada. Este Road Movie convidativo conquista por
sua simplicidade.
11. Edifício Master
(Eduardo Coutinho, 2002)
![mulher olhando pela janela com prédios ao fundo em cena do filme edifício master](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Edificio-Master.jpg?15574627669252772661)
Uma das obras-primas do gênero documental no Brasil, a ideia do
filme é muito simples. Durante 3 semanas, o cineasta Eduardo Coutinho e
sua equipe ficaram hospedados num tradicional edifício em Copacabana,
que abriga diversas famílias de classe média. Nessas 3 semanas, Coutinho
entrevistou diversos moradores, que contaram para a câmera suas
histórias de vida, trajetórias, dores e conquistas, mostrando a
complexidade e particularidade do ser humano, cada um um pequeno
universo no mosaico da vida. O resultado é uma experiência única e
emocionante. Imperdível!
12. Bicho de Sete Cabeças
(Laís Bodansky, 2001)
![dois prisoneiros usando drogas no primeiro plano e um terceiro lavando as mãos em uma torneira ao fundo em cena do filme bicho de sete cabeças](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Bicho-de-Sete-Cabecas.jpg?15574627669252772661)
O primeiro longa ficcional de Laís Bodanzky, que permanece como um
dos grandes nomes da direção no país, foi um dos principais holofotes
para a então promissora carreira de Rodrigo Santoro - que de uns anos
para cá vem se consagrando no cenário internacional. A produção teve dificuldade para conseguir financiamento
para o filme devido à sua temática, que envolve drogas e um hospital
psiquiátrico. A obra ajudou a trazer o debate em torno dos métodos de
tratamento destas instituições.
13. Lavoura Arcaica
(Luiz Fernando Carvalho, 2001)
![homem e mulher dançando dentro de uma roda de dança em uma festa em cena do filme lavoura arcaica](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Lavoura-Arcaica.jpg?10241127743561502228)
Com quase 3 horas de duração, Luis Fernando Carvalho, diretor da
telenovela O Rei do Gado, encontra sutileza e imagens poéticas para
adaptar o romance de Raduan Nassar, de onde maior parte das falas foi
mantida. Simbolismos e metáforas preenchem a poesia visual que encantam e
comovem por sua beleza, fotografada magistralmente por Walter Carvalho,
que utiliza dramaticamente o jogo contrastante de luz e sombra.
14. Abril Despedaçado
(Walter Salles, 2001)
![homem em um balanço de madeira gangorrando e sorrindo com o ceu crespuscular ao fundo](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Abril-Despedacado.jpg?15574627669252772661)
Depois do aclamado Central do Brasil (1998), Walter Salles retoma sua
parceria com o diretor de fotografia Walter Carvalho na adaptação do
romance do escritor albanês Ismail Kadaré adaptado por Karim Aïnouz
(Praia do Futuro) e protagonizado por Rodrigo Santoro, que alavancou sua
carreira internacional após esse longa.
O grande fator do sucesso
de Abril Despedaçado se deve à exímia habilidade no olhar de um Walter
Carvalho mais maduro, e da equipe de arte, liderados por Cássio
Amarante, que trouxeram a aridez do local e dos personagens à tona. As
questões de honra, tradição e vingança em um sertão nos anos 20 mostram
um lado do país que mesmo muitos anos depois consegue perdurar até hoje.
15. Terra Estrangeira
(Walter Salles, 1996)
![homem e mulher em uma praia com um navio naufragado ao fundo em cena do filme terra estrangeira](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Terra-Estrangeira_abeb2d61-9992-4095-8072-4ba6da98ef44.jpg?15134095288675386840)
Coprodução Brasil/Portugal, Walter Salles divide a direção do poético
Terra Estrangeira com Daniela Thomas. Com Fernando Alves Pinto,
Fernanda Torres, Laura Cardoso e Alexandre Borges no elenco, o filme se
passa nos anos 90, em meio a crise da era Collor, quando Paco, após a
morte da mãe, decide viajar para Portugal e se envolve em um esquema de
contrabando. A inquietante sensação de não pertencimento em uma terra
estrangeira dá o tom do filme visualmente impecável (Walter Carvalho
agindo mais uma vez), e abraça a voz de Gal Costa com seu "Vapor
Barato".
16. A Hora da Estrela
(Suzana Amaral, 1985)
![foto de busto de uma mulher sorrindo com um vestido de babados em cena do filme a hora da estrela](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-A-Hora-Da-Estrela.jpg?15574627669252772661)
Adaptação do romance de Clarice Lispector (bem antes de sua
popularização), o universo muito particular de Macabéa ganha as telas
com uma simplicidade encarnada pela talentosa Marcelia Cartaxo, premiada
no Festival de Berlim e Brasília. O entrosamento entre a atriz e o ator
José Dumont garantem uma empatia instantânea. A Hora da Estrela é um
filme ímpar, com participação especial de Fernanda Montenegro e direção
de Suzana Amaral.
17. Eles Não Usam Black-Tie
(Leon Hirszman, 1981)
![familia fazendo uma refeição à mesa em uma residencia humilde em cena do filme eles não usam black tie](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Eles-Nao-Usam-Black-Tie_213de94b-e18c-4166-adfd-80b7f020f8e5.jpg?11994984687650017099)
“15 anos de ditadura é fogo, marca a gente”.
Ambientado no início dos anos 80, quando os movimentos
sindicais ganham força no Brasil, o filme do talentoso Leon Hirszman
problematiza questões político-sociais vigentes. Uma família dividida. O
pai Otávio, velho militante que já havia sido preso, encabeça novo
movimento sindical enquanto o filho Tião, preocupado com o emprego e o
casamento, decide furar a greve e denunciar os envolvidos. Com um elenco
afiado – Bete Mendes visceral – “Eles Não Usam Black-Tie” se mantém um
filme indispensável.
18. Pixote
(Hector Babenco, 1980)
![trs jovens, um com uma faca e dois com portando pistolas, apontando suas armas para a câmera em cena do filme pixote](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Pixote-a-Lei-do-Mais-Fraco.jpg?11994984687650017099)
Dirigido por Héctor Babenco, argentino naturalizado brasileiro,
Pixote é um filme cru, violento e chocante, que aborda uma realidade do
Brasil pouco vista, e discute falhas no sistema através dos olhos de um
garoto. O filme foi um marco nacional, ganhou diversos prêmios
nacionais e internacionais e ainda nos apresentou Fernando Ramos da
Silva, o jovem ator que interpreta Pixote, cuja trágica história real de
vida virou filme mais tarde.
19. O Bandido da Luz Vermelha
(Rogerio Sganzerla, 1968)
![homem dirigindo um conversível e gargalhando em cena do filme o bandidi da luz vermelha](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Bandido-da-Luz-Vermelha.jpg?17000148758425132212)
Rogério Sganzerla, então crítico estreante na direção, revolucionou
conceitos estéticos do cinema que se produzia no Brasil nos anos 60,
sendo o expoente máximo do que se intitula “cinema marginal”, em
sintonia com a cultura marginal que explodiu no país na época, da música
a literatura. Com escárnio, deboche e verborragia, Sganzerla bebe muito
do cinema produzido por Godard e Welles, que se encontram homenageados
nesta obra. Um dos mais importantes filmes de nosso cinema.
20. São Paulo S/A
(Luís Sérgio Person, 1965)
![silhueta de mulher na janela em cena do filme são paulo s.a.](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Sao-Paulo-SA.jpg?18279470817417293781)
21. Deus e o Diabo na Terra do Sol
(Glauber Rocha, 1964)
![cena do filme deus e o diabo na terra do sol onde o cangaceiro está de pé com a peixeira e a espingarda levantadas enquanto um homem está ao chão](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Deus-e-o-Diabo-na-Terra-do-Sol.jpg?17000148758425132212)
Marco do movimento do Cinema Novo, o filme dirigido por Glauber
Rocha foi indicado à Palma de Ouro em Cannes, e tornou-se um clássico
nacional ao mostrar uma história com personagens enraizados na cultura
local - o sertão nordestino. Apresentando uma linguagem inovadora e
tratando de questões sociais, tema caro ao movimento que buscava
encontrar no cinema uma forma de revolução social, Deus e o Diabo na
Terra do Sol é uma das maiores obras já produzidas em nosso cinema.
22. Vidas Secas
(Nelson Pereira dos Santos, 1963)
![freira, menino e cachorro descansando em cena do filme vidas secas](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Vidas-Secas_de95382d-2eb6-40c8-95f2-1065adf7b7dc.jpg?12708353421409851729)
Clássico da literatura, de Graciliano Ramos, Vidas Secas ganhou as
telas com direção de Nelson Pereira dos Santos, um dos mais importantes
cineastas do Cinema Brasileiro. Com forte influência neorrealista, o
filme traz a realidade dura e desoladora, pela lente crua de Luiz Carlos
Barreto, da família de retirantes e sua cadela Baleia (que teve de ser
levada ao Festival de Cannes – onde o filme recebeu indicação em 64 –
para mostrar que ela não havia sido maltratada, vide a força das
imagens) pelo sertão nordestino. O filme é também um dos expoentes do
movimento do Cinema Novo no Brasil.
23. O Pagador de Promessas
(Anselmo Duarte, 1962)
![close de homem e mulher com um outro homem de terno ao fundo em cena do filme o pagador de promessas](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-O-Pagador-de-Promessas.jpg?12543078690445621641)
Obra prima do Cinema Brasileiro, O Pagador de Promessas sobreviveu
muito bem ao tempo e permanece atual. Tendo em seu cerne conflitos
plurais de uma vasta cultura miscigenada como a brasileira, Anselmo
Duarte, que impressionou ao voltar de Cannes com a vitória do filme a
Palma de Ouro, parte da adaptação da peça teatral de Dias Gomes. A
princípio um enredo extremamente simples: Zé do Burro é um homem humilde
do interior que ao ver seu Burro adoecer faz uma promessa de repartir o
pouco que tem com os mais pobres e carregar uma pesada cruz até uma
igreja em Salvador. A partir daí afloram inúmeras questões como
intolerância religiosa, o sensacionalismo da mídia e conflitos rurais e
urbanos.
24. Maria 38
(Watson Macedo, 1959)
![mulher dando a mão com criança e homem ao fundo em cena do filme maria 38](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-Maria-38_071fe17d-eaab-4f16-8ec1-f8967dee1b58.jpg?13700374217880031023)
Com roteiro e direção de Watson Macedo – cineasta que alavancou
a popularidade de Grande Otelo e Oscarito – a comédia policial ‘Maria
38’ ganha destaque pelo protagonismo feminino, pouco usual na época.
Maria é uma vigarista da Lapa que finge ser babá para por em prática o
plano de sequestrar o filho de uma família de classe alta. Nesse meio
tempo, ela acaba por criar laços com o menino e precisa evitar o
sequestro sem ser descoberta.
25. A Grande Vedete
(Watson Macedo, 1958)
![close de mulher com expressão trágica em cena do filme a grande vedete](https://cdn.shopify.com/s/files/1/0752/2409/files/365-Filmes-Cinema-Brasileiro-A-Grande-Vedete_778368a3-05b2-4fb1-97ee-2e49cb38e2bb.jpg?12543078690445621641)
Vedete. “1. Mulher que canta e dança
em teatros-revistas e musicais. 2. atriz principal de espetáculo teatral
ou cinematográfico”.
O nome
não poderia ser mais literal. Dercy Gonçalves, a rainha do palco que
conquistou o país, também fez uma extensa e notória carreira em
produções cinematográficas, em especial nos anos 50. No cômico ‘A Grande
Vedete’, também de Watson Macedo, Dercy interpreta uma vedete que após
anos de muito sucesso, começa a ver sua idade pesar enquanto uma nova
geração de dançarinas surge.
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