Com mais de 27 horas de projeção gratuita de filmes, a 16ª edição do Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades se encerrou na noite de sábado (28/10), com premiações para as mostras competitivas Regional e Mercocidades. “Trabalhar com cultura e arte é praticamente sinônimo de resistência”, afirma o coordenador geral do evento, Aleques Eiterer, explicando o tema proposto pela edição de 2017: “Cinema Resistência”.
O festival movimentou Juiz de Fora durante a semana, de 23 a 28 de outubro, algo que Aleques destaca como crescimento cultural para o município. “Sempre é muito difícil fazer festival, nós sempre temos muitos empecilhos para que aconteça, mas quando rola é muito legal, você sente que está fazendo uma coisa que está enriquecendo a cidade, enriquecendo as pessoas e trazendo novas propostas”.
Além da exibição de produções cinematográficas ao longo da semana, o Primeiro Plano também trouxe oficinas de atuação, direção de arte e direção de fotografia. Foram cerca de 300 inscritos para participar dos cursos. “Sinal de gente que está a fim de participar do festival não só vendo os filmes, mas querendo fazer filme também”, diz Nilson Alvarenga, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e um dos organizadores do Primeiro Plano, que associa a procura e o êxito do evento como uma forma de resistência a um momento de “cerceamento à cultura” no país. “Todos que estamos relacionados à produção da arte cinematográfica deveríamos estar preocupados em resistir a esse movimento de forças que estão pensando reacionariamente sobre a arte no Brasil, e em produzir cultura para resistir a esses preconceitos todos”, explica Nilson.
Durante o festival, também foi realizado o 2º Laboratório Latino-Americano de Curta-Metragens e o Encontro sobre Produção em Cinema com Acessibilidade Comunicacional. Este último aconteceu na Câmara de Vereadores de Juiz de Fora, com o objetivo de debater propostas para produção audiovisual mais inclusiva.
Premiações
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| "Filé", de Natália Reis, levou o prêmio Incentivo Primeiro Plano |
Os prêmios do Festival Primeiro Plano são divididos entre as mostras competitivas Mercocidades e Regional. O mais esperado do evento é o Incentivo Primeiro Plano, da mostra Regional, que oferece apoio à equipe vencedora para produzir um filme a ser exibido na abertura da próxima edição. Neste ano, o curta-metragem vencedor foi “Filé”, de Natália Reis.
Na Mostra Competitiva Mercocidades, o grande vencedor foi "Deus", de Vinicius Silva, que levou os prêmios de melhor filme, do Júri Jovem e também foi o escolhido do Voto do Público. Abaixo, você pode conferir a lista completa das categorias e seus vencedores.
Mostra Competitiva Mercocidades
Melhor Filme: Deus, de Vinicius Silva
Melhor Direção: Maximiliano Gallo, por Minha tristeza não é minha/Mi tristeza no es mía
Melhor Roteiro: Madiano Marcheti, por Essa barra que é gostar de você
Melhor Concepção Fotográfica: Pedro Nishi, por Retratos para você
Melhor Concepção Sonora: Manon Ribat, por Mercadoria
Melhor Montagem: Mariana Barreiros, por Autópsia
Melhor Direção de Arte: Constanza Cortéz, por Lady
Melhor Trilha Musical: Gu Siqueira, por Essa barra que é gostar de você
Melhor Interpretação: Sandra Mangano, por Minha tristeza não é minha/Mi tristeza no es mía
Prêmio Especial do Júri (interpretação): Roseli Isabel da Silva, por Deus
Menção Honrosa (interpretação): Barbara Aires, por Mercadoria
Melhor Interpretação mirim: Maria Fabrislene, por Meninos e reis
Melhor Primeiro Plano: Mercadoria, de Carla Villa-Lobos
2° Laboratório Latino-Americano de Curtas-Metragens: MC Jess, de Carla Villa-Lobos
Menções Honrosas: Redoma, de Julia Leite; El tratado del mar, de Bárbara Montaña; Luiz vai buscar pão, de Bruna Schelb Correa
Júri Jovem: Deus, de Vinicius Silva
Menção honrosa: Mercadoria, de Carla Villa-Lobos
Voto do Público: Deus, de Vinicius Silva
Prêmio Aquisição Cinebrasil TV: VHS, de Rômulo Veiga
Mostra Competitiva Regional
Incentivo Primeiro Plano: Filé, de Natália Reis
Menções honrosas: O vampiro da ocupação, de Bruna Schelb; O moço de vestido, de Guilherme Gwd e Heron Alves
Prêmio Luzes da Cidade: Pele de monstro, de Bárbara Maria
Menção honrosa: Vitrine, de Caio Parizi
Prêmio José Sette: O vampiro da ocupação, de Bruna Schelb Correa
Voto do Público: Íris da Candinha, de Matheus Silva
Prêmio Aquisição Cinebrasil TV: A luta, de Bruno Bennec
