25 filmes com temática LGBT


Em 2005, era lançado O Segredo de Brokeback Mountain, um marco para a representação da comunidade LGBT nas telonas. Para muitos, a imensa popularidade desse filme foi o que fez a indústria cinematográfica diminuir sua relutância em retratar personagens que fugissem da heteronormatividade no cinema mainstream. No entanto, o pioneirismo do romance proibido entre os cowboys não passou muito além desse aspecto.

No começo as cenas não eram muito explícitas - podiam ser apenas dois homens dançando ao som de um violino, como foi em The Gay Brothers de 1895 - mas os personagens LGBT já marcavam presença no cinema desde o seu começo. Por exemplo, o primeiro beijo entre personagens do mesmo sexo aconteceu quase 80 anos antes de Brokeback Mountain, no filme Asas, de 1927, que também foi o ganhador da estatueta de Melhor Filme na primeira edição do Oscar.

Apesar de ser mais expressiva hoje, a representação da comunidade LGBT na mídia ainda enfrenta diversos problemas. Há uma massiva retratação de homens gays, enquanto lésbicas, bissexuais, transexuais e outras parcelas da comunidade ficam ofuscadas. Os personagens, quando não caem em estereótipos, estão envolvidos em enredos nos quais os conflitos giram em torno apenas da sua sexualidade – e, na maioria dos casos, esses personagens recebem finais trágicos.

Mesmo com algumas falhas, separamos alguns filmes indispensáveis com a temática LGBT das mais variadas. Antes de começar é válido ressaltar grandes filmes que você provavelmente já assistiu e que não estarão na lista, mas merecem uma menção honrosa e um lugar de destaque: o já citado Brokeback Mountain; o cativante romance Azul é a Cor Mais Quente (2013); o clássico irreverente Priscilla – A Rainha do Deserto (1994); o tocante Orações para Bobby (2009); e a estrondosa produção nacional Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014).


1) Um Canto de Amor

Un chant d’amour | Jean Genet | França | 1950

No curso de sua vida, o dramaturgo francês e gay assumido Jean Genet foi ladrão, mendigo, prostituto e chegou a ficar preso por anos, sendo salvo pelo intelectual Jean Cocteau pouco antes de receber uma pena de morte. Em seu raro e único filme, Genet transforma o sexo em poesia ao contar o relacionamento de dois amantes presidiários cujo único contato se dá por um canudo, por onde trocam a fumaça do cigarro através da parede que separa uma cela da outra. Inspirado pela longa estadia do escritor na prisão, o curta foi banido de vários países por apresentar material explícito.


2) Paris is Burning

Paris is Burning | Jennie Livingston | EUA | 1990

Apesar de ser apenas uma forma de expressão artística, as drag queens sempre foram parte expressiva da cultura LGBT. Esse aclamado documentário se aprofunda no circuito dos "bailes" de Nova York, cidade berço do movimento pelos direitos LGBT nos Estados Unidos. Foram nesses eventos que surgiram costumes que são perpetuados até hoje por artistas como RuPaul: as casas em que se organizam as artistas, a dança vogue e o shade, forma de insulto sutil e bem-humorada. Ponto de encontro para as comunidades marginalizadas da cidade, como a negra e a latina, a produção espirala em reflexões sobre gênero, sexualidade, raça e classes sociais.

3) Dzi Croquettes

Dzi Croquettes | Raphael Alvarez, Tatiana Issa | Brasil | 2010

Dzi Croquettes foi um grupo de teatro brasileiro que revolucionou a arte, não só no Brasil, como fora dele. Em plena ditadura militar, um grupo de homens brincava com os conceitos de masculinidade e feminilidade em performances que eram, no mínimo, subversivas para a época. A trupe enfrentou várias batalhas, desde a censura e os preconceitos sociais até a pandemia AIDS, ao mesmo tempo em que encantava plateias em cidades no mundo inteiro, indo do Rio de Janeiro até Paris. Além de ser narrado em alguns momento pela co-diretora Tatiana Issa, cujo pai fez parte do grupo, a produção conta com entrevistados importantes: as Dzi Croquettes ainda vivas, o cantor Ney Matogrosso, a modelo Elke Maravilha, a atriz Cláudia Raia e a superestrela da Broadway, Liza Minnelli. A irreverência humorística, o culto ao corpo e a fluidez e liberdade sexual expressas no palco das Croquettes são consideradas as fagulhas iniciais para o movimento gay no Brasil.

4) Madame Satã

Madame Satã | Karim Aïnouz | Brasil | 2002

Negro, pobre e homossexual, João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã, se tornou um emblema da população marginalizada na vida noturna do Rio de Janeiro. Nessa produção extraordinária, toda a contradição e força que fizeram de Madame a lenda que é hoje são encarnadas com maestria por Lázaro Ramos, dono de uma atuação intensa e marcante. Madame Satã é um símbolo de luta e resistência e por isso o filme não funciona só como um retrato biográfico, mas também como uma ferramenta de reflexão.


5) Tangerine

Tangerine | Sean Baker | EUA | 2015

O diretor Sean Baker é conhecido por retratar a vida das classes marginalizadas nos Estados Unidos, e em Tangerine não foi diferente. Ofuscada pelo lançamento de Garota Dinamarquesa, essa dramédia segue duas prostitutas transexuais pelas ruas de Los Angeles na véspera de Natal. O que mais chama a atenção é que o filme foi inteiramente filmado com uma câmera de iPhone e mesmo assim obteve resultados fantásticos - o que impressionou os críticos.

6) Rent: Os Boêmios

Rent | Chris Columbus | EUA | 2005

Como você mede um ano? É essa pergunta que abre a adaptação para os cinemas de um dos musicais mais famosos da Broadway. Ambientado em Nova York nos anos 80, o filme segue um grupo de amigos em sua vida boêmia, ao mesmo tempo feliz e conturbada. A produção aborda diversos temas que marcaram a época, como o desemprego, a AIDS, as drogas e a revolução sexual. Não importa o dilema, a resposta para a indagação levantada na abertura é a mesma, cantada das mais diversas formas: “meça em amor”.

7) Velvet Goldmine

Velvet Goldmine | Todd Haynes | Reino Unido | 1998

O filme leva uma música do David Bowie como título e não é sem motivo: o longa tem como inspiração direta a trajetória dessa lenda do rock britânico, sendo quase biográfico em certos aspectos. Brian Slade, interpretado por Jonathan Rhys Meyers, é um cantor excêntrico que, sem saber lidar com toda a sua fama, simula sua própria morte. Anos depois, Christian Bale encarna Arthur, um jornalista que tem a missão de investigar o desaparecimento do cantor que um dia tinha sido seu ídolo. O elenco conta também com Ewan McGregor - Trainspotting - no papel de rival musical e interesse amoroso de Brian. Com uma trilha sonora excepcional, o enredo não se poupa quando o assunto é sexualidade, abusando da androginia que marcou o estilo glam rock dos anos 60 e 70. Uma das frases mais célebres do roteiro resume bem o espírito da produção: “Todo mundo sabe que a maioria das pessoas é bissexual”. 

8) Entre a Lei e o Salto Alto 

Hai-hil | Jin Jang | Coreia do Sul | 2014

Yoon é uma detetive implacável que esconde um segredo maior do que os da máfia que ela combate: sua identidade de gênero. Essa produção sul-coreana realmente quebra padrões de gênero e, nesse caso, estamos falando do cinematográfico. Sendo um filme de ação e comédia, o roteiro trata com seriedade o assunto delicado que é a transição clandestina pela qual a protagonista passa, sempre trazendo um contraste entre a virilidade que impressiona os mafiosos e a feminilidade que a personagem reprime. A paletade cores bem vibrantes esconde a obscuridade do enredo, que apesar de divertido em alguns momentos, tem a tragédia como ameaça constante, não só no aspecto físico como psicológico.

9) Meninos Não Choram

Boys Don’t Cry | Kimberly Price | EUA | 1999
O estupro e assassinato de Brandon Teena, um jovem transexual, ainda é um dos crimes de ódio mais chocantes nos Estados Unidos, sendo até hoje lembrado pela comunidade LGBT do país. Em um filme onde tudo podia dar errado, a então estreante Kimberly Price achou o tom certo para perpetuar essa história brutal. Sem sensacionalismo, o filme trabalha com nuances: o filme humaniza desde os assassinos ao assassinado, o que deixa o roteiro ainda mais impactante. A produção ganhou um Oscar pela performance arrebatadora de Hilary Swank no papel principal. 

10) Meu Nome é Jacque

Meu Nome é Jacque | Angela Zoé | Brasil | 2016

Jacqueline Rocha Côrtes é um exemplo de luta e superação. Você pode até não conhecê-la, mas ela já chegou a ser representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje, casada, mãe de dois filhos e dona de uma vida pacata numa cidade do interior, Jacque é uma mulher transexual e portadora do vírus da Aids que tem uma vida marcada por diversas batalhas. Essa trajetória marcante é contada nesse documentário sensível e intimista da diretora Angela Zoé.

11) De Gravata e Unha Vermelha

De Gravata e Unha Vermelha | Miriam Chnaiderman | Brasil | 2015

Vencedor do Prêmio Félix – destinado a filmes de temática LGBT – no Festival do Rio, o documentário vem para questionar o binarismo que domina as questões que envolvem sexualidade e gênero. A ideia da diretora é retratar a imensa diversidade encontrada pelas pessoas para construir e respeitar o próprio corpo. A produção conta com depoimentos de personalidades, como o cantor Ney Matogrosso, a cantora Mel da Banda Uó, a atriz Rogéria e a cartunista Laerte


12) Toda Forma de Amor 

Beginners | Mike Mills | EUA | 2010

Toda Forma de Amor emociona pela sua sutileza. Sua narrativa se passa em dois momentos distintos. No presente, Oliver (Ewan McGregor) é um homem conturbado que, marcado pela morte do pai, foge do convívio social. No passado, o protagonista tem que encarar Hal (Christopher Plummer), seu excêntrico pai que, aos 75 anos e com uma doença terminal, decide se assumir gay. Ao mesmo tempo em que vemos Oliver desenvolver um relacionamento amoroso incerto, vemos Hal se engajar romântica e politicamente na comunidade gay. A ideia de recomeços, mesmo quando parece tarde demais, é o que move o enredo do começo ao fim, interligando passado e presente de uma forma sublime.


13) Orgulho e Esperança

Pride | Matthew Warchus | Reino Unido | 2014

A luta por direitos da comunidade LGBT no Reino Unido tomou rumos inesperados. Em 1984, os trabalhadores da indústria carvoeira – uma das principais no país – entraram em greve por causa das condições desumanas do trabalho e do governo de Margaret Thatcher, que se negava a ajudar o movimento trabalhista. Em apoio a eles, um grupo de militantes LGBT londrinos criou a aliança “Lésbicas e Gays Apoiam os Mineiros”. Esse drama indicado ao Globo de Ouro mostra, de forma bem humorada, as dificuldades dessa união pouco usual que mudou a história dos movimentos sociais no país. 


14) Milk: A Voz da Igualdade

Milk | Gus Van Sant | EUA | 2008

Harvey Milk foi o primeiro gay assumido a ser eleito para um cargo público de importância nos Estados Unidos. Sua campanha se baseou em alianças com os mais diversos e improváveis setores da sociedade norte-americana. O diretor Gus Van Sant volta para um estilo mais do cinema popular nessa biografia do ativista. O elenco conta com Sean Penn (O Franco-Atirador) na pele do carismático protagonista, James Franco (127 Horas) como o namorado dele e Josh Brolin (Sicario) como o supervisor da cidade de São Francisco que dificulta a vida de Harvey.

15) Versos de um Crime

Kill Your Darlings | John Krokidas | EUA | 2013


Estrelado por Daniel Radcliffe no papel do poeta Allen Ginsberg, o drama biográfico foca nos anos de faculdade dos primeiros membros do movimento beatnik, assim como no assassinato que os envolveu e moldou a obra deles. Apesar de amplamente elogiado, a produção recebeu algumas críticas por romantizar em excesso a realidade, e deixar certos assuntos problemáticos de lado – como a natureza extremamente abusiva do relacionamento entre o escritor Lucien Carr (Dane DeHaan) e seu professor David Kammerer (Michael C. Hall). Ainda que um pouco falho na parte documental, o filme captura bem o clima da Geração Beat para contar essa história um tanto desconhecida. 


16) Felizes Juntos

Chun gwong cha sit | Wong Kar-Wai | Hong Kong | 1997

Três anos antes do lançamento do que seria a sua obra-prima – “Amor À Flor da Pele” – o hongkonês Wong Kar-Wai arrancou elogios da crítica nesse longa-metragem. A história do casal que sai de Hong Kong e viaja pela Argentina em busca de renovar o relacionamento teve muitas dificuldades para chegar às telonas. Durante as gravações, a equipe enfrentou condições precárias por alguns meses, o roteiro mudou constantemente e uma grande quantidade de personagens foi cortada da versão final do filme. Ainda assim, o resultado desse drama é sensacional. Em nenhum momento a trama se prende apenas ao fato de que é um relacionamento entre dois homens. ugindo de estereótipos narrativos, Felizes Juntos é uma história universal de um amor turbulento.

17) Carol

Carol | Todd Haynes | EUA | 2015 

Existe aposta mais arriscada que o amor? A tocante história de duas mulheres que se apaixonam e vivem seu amor proibido nos anos 50, colocando tudo a perder, já é considerada a obra-prima do diretor Todd Haynes, e não é por menos. O roteiro sutil, baseado num romance de Patricia Highsmith lançado em 1952, constrói uma sociedade de época sem caricaturas ou romantizações. Cate Blanchett (O Curioso Caso de Benjamim Button) e Rooney Mara (Os Homens que Não Amavam as Mulheres) são responsáveis por atuações que deixariam qualquer um atordoado. A parte técnica também não deixa a desejar, já que o filme encantou a crítica desde sua direção de arte à sua fotografia, sendo indicado a seis categorias do Oscar.

18) Fireworks

Fireworks |Kenneth Anger | EUA | 1947

Um sonhador insatisfeito e um flagrante. Kenneth Anger ficou famoso pelos seus curtas-metragens experimentais, já tendo lançado mais de quarenta desde o seu primeiro, em 1937. Com temas ocultistas, surrealistas e homoeróticos, seus filmes quase fizeram o cineasta ser preso. Protagonizado pelo próprio diretor, Fireworks é um dos primeiros trabalhos de Anger e foi filmado dentro de uma semana na sua própria casa, enquanto os pais estavam viajando. Trabalhando com a ideia de sonho e de proibição, o curta é de certa forma autobiográfico, e funciona como uma crítica ao conservadorismo norte-americano, personificado pelos marinheiros.


19) Eu Matei a Minha Mãe

J’ai tué ma mère | Xavier Dolan | Canadá | 2009

A filmografia do canadense Xavier Dolan é composta quase exclusivamente de narrativas com temática LGBT. Nesse drama semibiográfico, vemos a relação conturbada de amor e ódio entre Hubart, interpretado pelo próprio diretor, e sua mãe Chantele (Anne Dorval). As performances de Xavier e Anne são o que roubam a cena e fazem com que as discussões absurdas dos personagens sejam intensas e até mesmo bem humoradas. Essa foi a estreia do diretor que, na época, com apenas 19 anos, recebeu três prêmios no Festival de Cannes e foi ovacionado de pé por oito minutos após a sua primeira exibição no festival.

20) Pariah

Pariah | Dee Rees | EUA | 2011 

Alike (Adepero Oduye) é uma jovem tímida, estudante exemplar e aspirante a poeta que nunca foi beijada. Filha de uma mãe religiosa e um pai policial, ela já aceitou sua atração por mulheres, mas ainda não assumiu para sua família. No entanto, isso não quer dizer que seus parentes não saibam. Pariah retrata uma situação familiar que é realidade comum para muitos: algo que há muito tempo foi percebido, mas que nunca é realmente reconhecido. Com atuações tocantes, essa impressionante produção é a estreia de Dee Rees como diretora e roteirista. 

21) Change

Change | Jeff McCutheon, Melissa Osborne | EUA | 2011

No mesmo dia em que os Estados Unidos elegeram Barack Obama, seu primeiro presidente negro, o estado da Califórnia escolheu banir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Change é um curta-metragem premiado que gira em torno de Jamie, um jovem negro, que, em meio a essa confusão política, tem que encarar seus medos em relação à sua orientação sexual para ajudar um colega de classe gay assumido que é ameaçado pelos seus amigos. 

22) Além da Fronteira

Out in the Dark | Michael Mayer | Israel | 2012


Retratando o amor proibido entre um jovem israelita e um jovem palestino, Além da Fronteira vai muito além do romance e funciona como uma analogia política. O conflito Israel-Palestina afeta a vida da população em esferas mais pessoais que se possa imaginar e é isso que a produção quer retratar. A diplomacia falha é um empecilho tão grande para o relacionamento do casal quanto o preconceito em relação à orientação sexual deles.

23) Tatuagem

Tatuagem | Hilton Lacerda | Brasil | 2013 

Ambientado em 1978, quando a ditadura militar já mostrava sinais de fraqueza, cabaré e quartel se encontram nas telonas nessa premiada estreia do pernambucano Hilton Lacerda. De família religiosa, Fininha (Jesuíta Barbosa) é um jovem recruta obrigado a viver uma rotina sufocante. No outro lado do espectro, Clécio (Irandhir Santos) é um artista que encena espetáculos subversivos com a trupe Chão de Estrelas. O mundo cinzento do militar e o mundo colorido do ator vão colidir e se misturar numa época em que a liberdade, apesar de próxima, ainda não se fazia presente no dia-a-dia.


24) Doce Amianto

Doce Amianto | Guto Parente, Uirá dos Reis | Brasil | 2013

Doce Amianto é uma história de transformação e esperança. A sonhadora Amianto (Deynne Augusto) vive em um mundo de fantasia, um refúgio de sua vida profundamente melancólica. Após ser rejeitada pelo seu grande amor, ela passa a encontrar abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche (Uirá dos Reis). Num tom experimental, Doce Amianto é um conto de fadas brasileiro que faz a audiência mergulhar num filme tão fantasioso que mais parece um delírio da protagonista.

25) The Rocky Horror Picture Show

The Rocky Horror Picture Show | Jim Sharman | EUA | 1975

Apesar de algumas concepções que hoje são consideradas arcaicas, como a não distinção entre travestis e transexuais, Rocky Horror é até hoje um marco cultural. Considerado impróprio para a sua época, o filme só era exibido nas sessões da meia-noite e logo virou uma espécie de refúgio para as minorias excluídas da sociedade. O musical criou a tradição das sessões interativas onde o público reage ao filme de forma quase roteirizada, com direito a pistolas de água em determinadas cenas e até mesmo performances simultâneas na frente da tela, pelo chamado “elenco sombra”. Até hoje alguns cinemas norte-americanos dedicam algumas salas para essa tradição. O filme foi um fracasso nas bilheterias quando lançou, mas hoje é um grande sucesso cult.

26) Menção honrosa: San Junipero

Black Mirror 3x04 | Owen Harris | Netflix | EUA | 2016

Seguindo a linha cada vez mais cinematográfica das séries de TV, Black Mirror apresenta em cada episódio uma história independente que busca questionar, acima de tudo, a nossa sociedade cada vez mais tecnológica. Nesse tocante episódio, acompanhamos a primeira visita da tímida jovem Yorkie (Mackenzie Davis) à San Junipero, uma cidade festiva e temática usada como refúgio para muitas pessoas. Mas a cidade não é exatamente o que parece. Aos poucos vamos descobrindo mais sobre a natureza estranha do lugar enquanto Yorkie vai libertando-se das suas amarras e desenvolvendo um relacionamento com Kelly (Gugu Mbatha-Raw).

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