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Como já havia feito anteriormente, lançando filmes “menores” após o clímax das suas “fases” anteriores, a Marvel aposta em Homem-Aranha: Longe de Casa para lidar com os desdobramentos dos acontecimentos grandiosos de Vingadores: Ultimato, e Peter Parker (Tom Holland) é o personagem perfeito para isso.
Seu olhar adolescente e sua relação íntima com o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) oportuniza um recorte mais particular e sentimental na examinação das consequências dos eventos do filme anterior. Para Peter, a perda da figura paterna de Tony Stark e o vácuo deixado por ele se apresenta como uma oportunidade de ser uma espécie de sucessor - uma boa metáfora para o amadurecimento necessário na passagem para a vida adulta.
Contudo, após os eventos traumáticos que viveu, Peter está muito mais interessado em viajar pela Europa com seus amigos de colégio e tentar conquistar MJ (Zendaya). Tudo muda quando ele é surpreendido por uma visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson), que o convoca para uma missão onde ele se unirá ao enigmático Mysterio (Jake Gyllenhaal) para enfrentar os Elementais, monstros que podem destruir a Terra.
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O que diferencia a visão de Watts em relação a seus antecessores é a mescla de gêneros cinematográficos, que rendeu a Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2016) um necessário frescor narrativo ao combinar o gênero de filmes de super-heróis com os filmes escolares “coming of age”. Em Longe de Casa, Watts segue a “regra de ouro” das sequências ao aumentar o escopo da trama e repetir os acertos, mas tenta morder mais do que pode mastigar, ao incluir ainda mais gêneros na mistura - filme de espionagem, comédia romântica e road movie.
O resultado é um filme que tem uma montagem atrapalhada e um ritmo ruim em sua primeira metade, pontuada também por personagens descartáveis, um humor excessivo e pouco eficiente, além de uma trama que recicla vários elementos do filme anterior. Apesar de suas ambientações diferenciadas, o filme pouco as explora, relegando os países estrangeiros que visita a meros panos de fundo para as cenas de ação, sendo duas delas bastante repetitivas. O que segura esta primeira porção do filme é a relação de Peter com MJ, personagem que ganha mais espaço nesta sequência e funciona bem.
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Ao final de um filme irregular que nunca atinge os pontos altos de outros da franquia, como Homem-Aranha 2 (2004) e Homem-Aranha no Aranhaverso (2018), a jornada de amadurecimento e formação do personagem aparentemente se conclui. Não mais à sombra de seu mentor, o herói pode ser, de fato, ele mesmo e, a depender da bombástica cena pós-créditos do filme, o futuro de suas histórias é promissor, mas não pode relutar, assim como Peter Parker, em ser o mesmo de antes.
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