Brightburn: Filho das Trevas (2019) foi vendido como uma inovadora mescla de dois gêneros bastante populares no cinema atual: “filmes de super herói” e terror. Produzido por James Gunn, é o segundo longa-metragem do pouco conhecido diretor David Yarovesky e tem um argumento promissor, ainda que derivado de um questionamento não tão original: “E se o Super-Homem usasse seus poderes para o mal?”.
A resposta vem na forma de Brandon Bryer (Jackson A. Dunn), um bebê alienígena que cai no terreno de um casal que não conseguia ter filhos. Por conta disso, o casal decide criá-lo, mas ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói, o garoto passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive.
A resposta vem na forma de Brandon Bryer (Jackson A. Dunn), um bebê alienígena que cai no terreno de um casal que não conseguia ter filhos. Por conta disso, o casal decide criá-lo, mas ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói, o garoto passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive.
O argumento em si já sugere certos rumos para a narrativa, mas Brightburn infelizmente executa toda sua história da forma mais previsível possível, tanto na narrativa quanto na estética. Há uma incômoda sensação de familiaridade que transforma a sua modesta duração em um estranho déjà-vu.
O produto final é um tanto estranho, pois mesmo o envolvimento de alguém com a experiência de James Gunn, reconhecido por seu trabalho em ambos os gêneros explorados no filme, é incapaz de elevar o material e oferecer rumos mais interessantes à trama. Assim como seu protagonista, o filme desperdiça seu potencial ao ambicionar tão superficialmente, desperdiçando boas atuações - com destaque para Elizabeth Banks como Tori, a mãe de Brandon - e perdendo chances de aprofundar a carga dramática do filme e explorar seus potenciais temas, que parecem estar escondidos à plena vista.
Todo herói tem um ponto fraco, mas Brightburn tem vários. A isto, não há super poder que resista.