Diretoras Brasileiras: Anna Muylaert

Já ouviu falar do Nino, um garoto com 300 anos de idade? Ele era aprendiz de feiticeiro e morava em um castelo com seus tios. E o Lucas Silva e Silva, que usava um gravador para criar histórias sobre como gostaria que as coisas fossem, você conhece? Aposto que do Menino Maluquinho, que adorava usar uma panela na cabeça, você se lembra! Esses três personagens eram protagonistas de séries que provavelmente fizeram parte da sua vida: Castelo Rá-Tim-Bum, Mundo da Lua e Um Menino Muito Maluquinho

Mas o que você não sabe é que por trás dessas produções está um nome bem conhecido no cinema brasileiro: Anna Muylaert! A diretora de “Que Horas Ela Volta?” (2015) participou como roteirista desses programas que marcaram a infância de muita gente.

Formada em cinema pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, além dessas séries, Anna também participou da equipe de criação do Disney Club (1998), quando o mesmo passou a ser exibido pelo SBT, e também escreveu “O Menino, a Favela e as Tampas de Panela” (1995), episódio brasileiro da série “Open a Door”, que reunia curtas de vários países em parceria com a BBC.

Na televisão, Anna também contribuiu para os roteiros das séries “Filhos do Carnaval” (2005) e Alice (2007), além de ter dirigido dois episódios de Preamar (2011), todas da HBO. Ainda como roteirista, ela trabalhou nos filmes “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (2006) e “Quanto Dura o Amor?” (2009).
Glória Pires e Paulo Miklos em "É Proibido Fumar" (2009), da diretora brasileira
Já como diretora no cinema, a lista de curtas e longas-metragens é extensa: “Rock Paulista”, “A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti” (1996), Durval Discos (2002), que levou o prêmio de melhor filme e melhor diretora no 30º Festival de Cinema de Gramado, “É Proibido Fumar” (2009), “Chamada a Cobrar” (2012), “Que Horas Ela Volta?” (2015) e, por fim, “Mãe Só Há Uma” (2016).
Elenco de "Quero Horas Ela Volta?" ao lado da diretora Anna Muylaert, de preto. Foto: Pandora Filmes
Que Horas Ela Volta?” foi escolhido pelo Ministério da Cultura, em 2015, para representar o Brasil no Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O longa não foi indicado à premiação, mas acabou sendo escolhido como um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano pela organização norte-americana National Board of Review, além de ter entrado na lista dos 100 melhores filmes brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). No Festival de Berlim, o filme também venceu o troféu do público na Mostra Panorama, que destaca filmes estreantes e de diretores renomados.

Também no Festival de Berlim, em 2016, “Mãe Só Há Uma” recebeu um dos troféus da 30ª edição do Teddy Awards, nome dado à mostra independente Berlinale, voltada às produções com temática LGBT
Naomi Nero interpreta Pierre/Felipe, protagonista de "Mãe Só Há Uma" 
E foi neste mesmo ano que Muylaert foi convidada, juntamente com outros 11 brasileiros, a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que elege as melhores produções para ganhar o Oscar. Quase metade dos convidados que se uniram à organização incluiu mulheres, negros e outras minorias étnicas, como uma ação da Academia para diversificar a cerimônia. A lista completa dos convidados pode ser conferida aqui. Ainda em 2016, a 11ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo homenageou a cineasta, tendo exibido 21 obras dirigidas e/ou roteirizados pela mesma.

Em entrevista ao Estação Plural, da TV Brasil, Anna Muylaert falou sobre suas produções, filmes que marcaram e os desafios para produção cinematográfica no Brasil. Confira:



O que você acha da carreira de Anna? Já conhecia o trabalho dela como roteirista? 
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