Astracã: quando realismo fantástico e cobiça se encontram


Astracã significa "pele de cordeiro recém-nascido ou morto à nascença, usada na confecção de artigos de luxo como luvas e agasalhos". No filme da diretora estreante Victoria Vic, faz referência à uma de suas principais temáticas: a cobiça.

Com características do realismo fantástico, a história de Astracã se passa em uma vila onde vivem comerciantes e músicos, em um litoral do Atlântico Sul. Pérolas extraordinárias ressurgem na trama, as mesmas que cem anos antes teriam levado à extinção das caçadoras de pérolas - ofício e tradição que perdurou por mais de dois mil anos no Japão - e ao início das fazendas de cultivo do material. As pérolas geram um fascínio incomum, e um jovem “beatnik”, imune à cobiça, é chamado para levá-las de volta ao seu lugar de origem.

Em Astracã, os diálogos e textos foram gravados por um elenco vocal, que se sobrepõem aos atores em cena, sendo também o ambiente sonoro a principal evidência da perda de controle dos personagens. “O som no filme desempenha o papel de perturbação da imagem - evoca memória, sentimentos, sensações - enquanto a imagem é somente o registro do que aconteceu”, explica Daniel Joppert, produtor do longa metragem.

Teaser de Astracã

Para cuidar da parte sonora, Astracã conta com profissionais como Pedro Lima, responsável pelo desenho de som do filme “O Invasor” (2002) e da animação “O Menino e o Mundo” (2013), indicada ao Oscar desse ano. A trilha sonora original é assinada por Arthur Decloedt e o grupo Música de Selvagem, com mixagem de Guilherme Saldanha. 

O longa está em fase de pós produção, faltando apenas processos de finalização como tratamento de cor, mixagem da trilha sonora original, desenho de som, animação e efeitos 3D. O projeto busca financiamento coletivo para poder chegar aos cinemas. 


“O filme foi realizado sem leis de incentivo, inteiramente com recursos próprios, o que exigiu da produção a capacidade de tecer acordos de parceria utilizando a visão artística do projeto como plataforma para atração dos parceiros e colaboradores”, diz Joppert. “Agora, além do financiamento sendo viabilizado via crowdfunding e com parcerias, a distribuição é o desafio maior, chegar ao maior número de pessoas possível com abrangência nacional e internacional”, finaliza.


Quer ajudar a equipe do Astracã nessa fase final? Acesse o link e faça sua contribuição financeira. Além de incentivar as produções audiovisuais independentes, você pode ter seu nome nos créditos do filme e acesso a conteúdo exclusivo como ingressos, cartões postais, pôsteres e muito mais.

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