"Real: o Plano Por Trás da História": diretor comenta produção do filme

Em maio de 1993, o Brasil passou por uma das piores crises econômicas da sua história. Após vários planos fracassados e sucessivas trocas monetárias, Fernando Henrique Cardoso, na época ministro da Fazenda, procurou elaborar um plano que fosse capaz de controlar a inflação. Até que no dia 1º de Julho de 1994, o Brasil adotou o “real”, que se constituiu como uma moeda estável para o país. Mas como tudo aconteceu por trás dessa ideia?

Protegida em um bunker contra pressões políticas, uma equipe econômica teve a responsabilidade de criar o Plano Real e salvar o país da crise financeira. E é sobre os bastidores dessa missão que o filme "Real: O Plano Por Trás da História", dirigido por Rodrigo Bittencourt, irá tratar.

Com estreia marcada para o dia 25 de maio, o longa foi inspirado no livro "3000 dias no bunker: um plano na cabeça e um país na mão", de Guilherme Fiúza. Curiosamente, o pai de Rodrigo era fã do livro, e chegaram a conversar sobre dirigir um filme que abordasse a história do país.
O diretor Rodrigo Bittencourt tem história curiosa sobre o longa 
Um dia, os dois estavam em um restaurante quando Fernando Henrique Cardoso entrou no mesmo. O pai de Bittencourt chegou até mesmo a conversar com o político. “Assim que meu pai voltou à mesa, me disse que queria me ver dirigindo um filme importante para o Brasil. Falou do ‘3.000 dias no bunker’, que era seu livro preferido, e eu li por causa do meu pai”, conta o diretor. “Muitos anos se passaram e recebi o convite para dirigir, especificamente, esse filme, seis meses depois do meu pai morrer. Esse filme tem um sentido vital para mim e para a minha história, como pessoa, artista e como um homem que ama e defende o Brasil”, diz Rodrigo.

O diretor explica que o longa tem como propósito fazer com que a sociedade repense seu papel. “O filme é positivo, fala de uma grande conquista nossa como povo. Recuperar uma parte da história do nosso país que foi tão vitoriosa traz de volta aos nossos corações a certeza de que podemos ser grandes”, afirma Bittencourt.
Emílio Orciollo Neto interpreta Gustavo Franco, um dos economistas por trás do Plano Real
Rodrigo também é escritor e músico, e costuma construir suas obras através do ritmo. Em "Real: o Plano por trás da História", por exemplo, o rock serviu de base para o trabalho do diretor. “Ritmo é tudo. Sempre que leio um roteiro, seja meu ou de outro roteirista, antes de tudo, em cada cena, eu decepo o ritmo dela pra mim. O que eu quero no ritmo dos atores, o que eu quero no ritmo da câmera, o que eu quero quando for montar”, explica. “No Real, eu fiquei na cabeça que queria fazer um ópera rock e fiz. Tudo no filme tem isso dentro, esse veneno do rock, essa vibração... estávamos passando por uma situação limite no país naquele momento, uma atmosfera de muita pressão”.
Cássia Kiss integra o elenco de "Real: o Plano por trás da História"


Além de se fundamentar na música, Rodrigo explica que buscou trabalhar um “jogo de olhares” entre o elenco, trazendo uma “atmosfera Shakesperiana” nas atuações, algo que, segundo o diretor, está em falta no cinema brasileiro. “Eu fui atrás disso, desse silêncios e dessas respostas que um olhar pode te dar".

O elenco do longa conta com grandes nomes da televisão brasileira, como Emílio Orciollo Neto, Paolla Oliveira, Tato Gabus Mendes, Cássia Kiss, Juliano Cazarré e Klebber Toledo. Confira o trailer abaixo:

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