Cidade dos Mortos: e se uma epidemia zumbi surgisse em São Paulo?

E se uma epidemia zumbi surgisse em São Paulo? A cidade iria parar imediatamente? A doença se espalharia tão rápido, que logo o país todo só seria habitado por zumbis? "Se um dia, de fato, os zumbis aparecessem, a civilização entraria em colapso como costumamos ver nos filmes?” Foi pensando nessa pergunta que “Cidade dos Mortos” surgiu, um longa-metragem ambientado na cidade de São Paulo.

Para a equipe, as pessoas provavelmente continuariam vivendo suas vidas. A ideia surgiu em 2008 pelo produtor e roteirista Rodrigo Prata, e narra um dia na vida de uma mercenária profissional, Joana, contratada para caçar e exterminar zumbis. Na trama, os zumbis são pessoas contaminadas com uma doença infecto-contagiosa, transmitida por meio da saliva ou do contato com o sangue. A doença afeta o sistema nervoso central, lentamente tornando seus portadores em criaturas irracionais e violentas, que atacam quando estão com fome ou assustados. 

Segundo Fernanda Gonçalves, que interpreta a protagonista, a narrativa faz, de certa forma, “um paralelo com os problemas sociais - como a questão do crack - que é muito forte nos centros urbanos brasileiros”.


“No universo que criamos, essa doença se espalharia pela cidade de forma gradual, ou seja, o caos não se instauraria imediatamente. As pessoas ficam apreensivas, mas continuam estudando, trabalhando, seguindo o curso normal de suas vidas, apenas com um pouco mais de cuidado, talvez”, explica Fernanda. “O que a gente quer mostrar no filme é isso: a tentativa de barrar o avanço desse surto epidêmico, antes que o apocalipse aconteça. Portanto, nossa história se passa num cenário pré-apocalíptico, ao contrário da maioria dos filmes de zumbi”.
Ter Joana como protagonista não era a ideia original de “Cidade dos Mortos”. ​Quando Rodrigo Prata tirou o roteiro da gaveta, ano passado, para finalmente fazer a história virar filme, ele teve a ideia de transformar o protagonista, que era homem, em uma mulher. “Esse é um fenômeno cada vez mais comum em Hollywood: personagens que no roteiro são homens, mas acabam sendo interpretados por mulheres. Isso é outra coisa que a gente quer mostrar com ‘Cidade dos Mortos’, que o protagonismo feminino pode acontecer em filmes que não necessariamente tenham sido escritos pensando em atrizes, e que os filmes de gênero, com heroínas fortes e 'badass' não precisam ter uma protagonista sexualizada para fazerem sucesso entre o público”, explica Fernanda.

Para interpretar Joana, a atriz tem feito aulas de tiro, muay thai e estudado filmes com a temática e personagens que se assemelham à protagonista. “Eu nunca havia tido contato com armas ou lutas, minha formação pessoal e artística vêm de outro lugar. No entanto, estou me envolvendo cada vez mais com o universo da Joana e comprometida a me esforçar ao máximo para interpretá-la da forma que o roteiro pede”, conta.


Os cinco primeiros minutos do roteiro já estão gravados, contando como um filme promocional de “Cidade dos Mortos”. A equipe pretende chamar a atenção ao projeto, viabilizando o desenvolvimento do longa, enquanto também consideram o grande público brasileiro que se interessa por suspense, terror, fantasia, ficção científica, e as poucas produções nacionais desses mesmos gêneros. “Para fazer bem feito, com boa qualidade técnica e possibilitando explorar as qualidades artísticas de cada um dos membros da equipe, era preciso investir dinheiro no projeto. No entanto, o dinheiro que tínhamos não era suficiente para produzir (e pós-produzir) o filme inteiro. Por isso surgiu a ideia de fazer esse teaser: para introduzir o universo que queremos explorar e o conceito estético que será trabalhado no longa. Quem sabe assim conseguimos chamar a atenção do público interessado nesse tipo de conteúdo e, por consequência, de distribuidoras interessadas em viabilizar a produção do filme”, diz Fernanda. 

Saiba mais sobre o projeto pelo site oficial de "Cidade dos Mortos"e pela página  no Facebook.

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