A Garota no Trem

Lançado na última quinta-feira, dia 27, A Garota no Trem (The Girl On The Train) foi dirigido por Tate Taylor e trouxe Emily Blunt (O Diabo Veste Prada) no papel principal. O filme é baseado no best-seller homônimo de Paula Hawkins, lançado em 2015. Muitos compararam o estilo de suspense de Hawkins com o de Gillian Flynn, autora de “Garota Exemplar” (Gone Girl), que também foi um sucesso nos cinemas.

O filme traz a história de três mulheres, cada uma lutando seus dramas e demônios pessoais. Emily Blunt é Rachel, Rebecca Ferguson (Missão Impossível: Nação Secreta) é Anna e Haley Bennett (Letra e Música) é Megan.

Anna (Rebecca Ferguson) e Tom (Justin Theroux), ex-marido de Rachel
Logo no início descobrimos que as histórias das três estão entrelaçadas e serão o ponto central do filme. Rachel é uma alcoólatra em negação e pega um trem todos os dias fingindo ir para o trabalho do qual foi demitida há meses por conta dos seus problemas com a bebida. Nessa viagem de trem ela observa Megan e sua vida aparentemente perfeita ao lado de seu marido. Ao mesmo tempo, ela não pode deixar de lembrar da casa onde morava, na mesma rua de Megan, que agora pertence à Anna e Tom, ex-marido de Rachel. 

Uma noite, Megan desaparece. Rachel estava no lugar errado e na hora errada. Sua obsessão pela vida perfeita de Megan e seu problema com álcool fazem dela a principal suspeita do caso. Porém, Rachel tem apenas flashes da noite do desaparecimento de Megan. Mas os flashes dizem que algo muito ruim aconteceu naquela noite. 

Para ser feita a divisão dessas histórias no início do filme, foi utilizada uma tela preta com os nomes das respectivas personagens e o período de tempo, como uma forma de facilitar o entendimento do filme. Mas a narrativa bem construída acaba dispensando a necessidade deste item para compreender a história.
A atriz Haley Bennett, que interpreta Megan, já participou de filmes como "Sete Homens e Um Destino" e "Letra e Música" 
Quando entendemos a relação entre essas três mulheres, a trama se torna mais clara e extremamente cativante. É claro que seus relacionamentos amorosos também são de grande importância para todo o desenrolar do filme. Temos Luke Evans (Os Três Mosqueteiros) no papel de Scott, marido de Megan, e Justin Theroux (As Panteras Detonando) no papel de Tom, ex-marido de Rachel e marido de Anna. 

Um filme com tantas histórias entrelaçadas pode parecer confuso, mas o diretor, Tate Taylor, conseguiu trabalhar muito bem a narrativa do filme. Seu início é mais lento e doloroso, quando acompanhamos a depressão de Rachel e suas bebedeiras. Mas quando Megan desaparece, o frenesi é instantâneo. 
A protagonista, interpretada por Emily Blunt, consegue despertar empatia no espectador
É importante ressaltar a excelente atuação de Emily Blunt. A atriz conseguiu despertar empatia no espectador, mesmo trabalhando com uma personagem desagradável, como é descrita nos livros. Com os olhos sempre inchados e vermelhos, a atriz superou a personagem. 

Já em questões técnicas, é notável que o enquadramento foi intencionalmente feito para incomodar o espectador. Sempre focado no rosto de Rachel, trêmulo e desfocado quando ela estava alterada pela bebida. 
A escritora Paula Hawkins e Emily Blunt conversam no set do filme
Quando falamos da adaptação do livro, eu como leitora, preferi o filme. Como já comentei, Rachel é uma personagem desagradável na maior parte do tempo, e até "chata". Ela não desperta nenhum tipo de sentimento no leitor, nem mesmo pena. Já no filme, a atuação de Emily Blunt tornou a personagem muito mais empática. Outro ponto muito positivo da adaptação é que o suspense central da trama não ficou evidente do mesmo jeito que ficou no livro.

E você? Já viu o filme ou leu o livro? Conte para a gente a sua experiência!

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