"A brutal morte de Emmett Till nas mãos de pessoas brutas e ignorantes expõe que o sul dos Estados Unidos, na era das Leis de Jim Crow, dava uma permissão implícita para esse tipo de racismo sem que se tivesse medo de repercussões. Hoje, com o retorno de um desenfreado e incontestável racismo, faz-se necessário contar a história de Emmett Till mais uma vez."
Essas foram as palavras de Whoopi Goldberg ao anunciar a produção junto a Keith A. Beauchamp e Frederick Zollo (Mississipi Em Chamas) de um longa sobre o assassinato do adolescente negro Emmett Till, considerado um dos crimes racistas mais marcantes da história dos Estados Unidos. “Till”, como será chamado, terá como base o documentário “The Untold Story of Emmett Louis Till” (2004), do próprio Beauchamp, e o livro "Simeon's Story: An Eyewitness Account of the Kidnapping of Emmett Till", de Simeon Wright.
Emmett foi assassinado em 1955, aos 14 anos de idade, em Sunflower County, Mississipi, por supostamente assoviar para uma mulher branca. Isso teria enfurecido toda a cidade. Dias depois do acontecido, ele foi sequestrado pela própria mulher e mais algumas pessoas que o espancaram, torturaram e mutilaram antes de atirar sobre o corpo e joga-lo no rio.
Durante o funeral do garoto, sua mãe optou deixou o caixão aberto para que todos pudessem ver a brutalidade que o filho havia sofrido. Com a absolvição dos réus pelo júri, as fotos logo correram o país e se tornaram o pontapé inicial da luta pelos direitos civis dos cidadãos negros no país.
O anuncio do filme que ainda não tem data de estreia, aconteceu poucas semanas depois que Jay-Z e Will Smith confirmaram a produção de uma minissérie para a HBO abordando exatamente a história do jovem.
